Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha em profecia

 

Introdução

Nos próximos anos estão a ponto de ocorrer dramáticos eventos no mundo. Estes irão envolver violentamente os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a Europa Ocidental e o Médio Oriente. Já é bastante tarde para que o mundo desperte de sua letargia e se dê conta do significado real detrás dos acontecimentos que a diário sucedem no mundo! Por quê os dirigentes mundiais não vêem o que se aproxima? Por quê as mentes mais brilhantes do mundo estão cegas? Por quê não o podem perceber os chefes de estado, os cientistas, os educadores, os escritores, analistas das notícias, banqueiros, industriais, dirigentes do mundo dos negócios e o comércio? Eles o ignoram totalmente! Por quê?

Porque eles têm sido falsamente educados e os enganos, fecharam suas mentes para não discernir as verdadeiras causas que atuam detrás dos acontecimentos e as tendências do mundo. A humanidade foi educada com mentiras que a levam a ignorar as causas para assim tratar com os efeitos. Todos os problemas e os males do mundo obedecem à lei de causa e efeito. Há uma causa que tem produzido conflitos e guerras; pobreza, miséria e desigualdade; crime, enfermidade e aberrações mentais. Mas os líderes não sabem!

Um mundo a ponto de explodir

Os líderes mundiais são a elite educada, mas não foram educados nas verdades básicas—no fundamento do conhecimento correcto. O conhecimento necessário não foi ensinado! Eles não sabem o que é o homem—nem por quê existe! Não conhecem o propósito nem o significado da vida! Não aprenderam a distinguir entre os valores verdadeiros e os falsos. Eles não aprenderam as reais causas—o caminho da paz, a felicidade, a abundância universal; nem as causas da guerra, a infelicidade, a desigualdade e o caos mundial.

Desconhecem por completo o grande propósito que se está desenvolvendo aqui na Terra. Por isso, guiam a humanidade por um caminho errado, contrário a esse propósito, e ao fazê-lo estão destroçando uma humanidade desorientada, infeliz e sem esperança. Ao não conhecer o caminho da paz o mundo não tem paz. Os dirigentes falam de paz, professam trabalhar pela paz, clamam por paz—e ao mesmo tempo aprovam e aceitam cegamente o caminho que os conduz à guerra!

O mundo simplesmente se tem conduzido pelo caminho errado!

Nossa sociedade adota, aceita e aprova os caminhos que são as causas de todos os seus males.

E agora nos aproximamos rapidamente da grande e estrondosa explosão final, a qual vai sacudir a mente dos homens para além dos limites da loucura. Há forças que estão desenvolvendo planos, programas, conspirações e movimentos que pronto culminarão numa explosão mundial de violência e caos como jamais houve antes, nem voltará a haver depois. Os seres humanos estão brincando com forças da natureza que eles mesmos carecem da prudência, conhecimento, capacidade e sabedoria para controlar.

Na insensatez da ignorância educada, pôs-se de moda e produz satisfação intelectual, negar a grande causa básica de todas as coisas, o propósito que se está levando a cabo na Terra, bem como o plano mestre para o seu desenvolvimento; e o invisível mas Supremo Poder que pronto intervirá para alterar drásticamente o curso da história—antes que a humanidade se destrua a si mesma da face da terra.

Embora parece irreal para aqueles empapados nos enganos da educação moderna, há 2.500 anos o Poder Supremo do universo inspirou a um homem chamado Isaías a citá-lo, dizendo: “Eu sou Deus, e não há outro Deus, e nada há semelhante a mim, que anuncio o por vir desde o princípio, e desde a antiguidade o que ainda não foi feito; que digo: Os meus planos permanecerão, e farei tudo o que Eu quero” (Isaías 46:9-10). As grandes potências mundiais formulam as suas políticas—desenham os seus planos. Mas em poucos anos verão uma série de acontecimentos que ocorrerão de maneira muito diferente ao que planearam essas nações! Por quê?

Nunca falha

Porque existe um grande Deus, que diz: “O Eterno frustra o plano das nações, e anula as maquinações dos povos. Mas o conselho do Eterno permanecerá para sempre; os desígnios de seu coração por todas as gerações … Desde o alto dos céus olha o Eterno; vê a todos os filhos dos homens; desde o lugar da sua morada observa a todos os moradores da terra. Ele modelou o coração de cada um, e conhece a fundo todas as suas ações” (Salmos 33:10-15).

Este mesmo Eterno Deus disse: “A quem, pois, me fareis semelhante ou me comparareis? - diz o Santo. Levantai ao alto os vossos olhos, e olhai: quem criou estas coisas?” E também: “Eis que as nações lhe são como a gota de água de um balde, e como grão de pó nas balanças lhe são estimadas … Como nada são todas as nações diante dele” (Isaías 40:25-26, 15, 17).

Mediante os seus inspirados profetas, Deus fez escrever há uns 2.500 anos e conservar por escrito até aos nossos dias, profecias que enchem aproximadamente um terço da Bíblia. Nelas nomeou todas as cidades importantes daquela época e também todas as nações. Predisse exactamente o que ocorreria a cada cidade e a cada nação ao longo dos anos. Em todos os casos, essas profecias se cumpriram!

Aquilo que foi profetizado efectivamente aconteceu à Babilônia, a Tiro, Sidón, Ascalón, Asdod, Egipto, Assíria, Caldeia, Pérsia, Grécia e Roma. Nunca falhou! Essas profecias foram precisas.

E agora, em outras profecias, o próprio Deus Supremo predisse exactamente o que ocorrerá aos Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, as nações da Europa Ocidental, do Médio Oriente e outras!

As mentes mais brilhantes o ignoram

No entanto, as mentes mais brilhantes do mundo ignoram totalmente o cataclismo sem precedentes que vem sobre a Terra. Por quê estas profecias não foram compreendidas nem cridas? Porque a chave que abre as profecias ao nosso entendimento, tem estado perdida. Essa chave é a identidade dos povos dos Estados Unidos e Inglaterra dentro da profecia bíblica.

Agora essa chave foi encontrada! Nós a apresentamos neste livro, para aqueles que estejam dispostos a ver sem preconceitos.

Os eventos profetizados para os povos da América do Norte e Inglaterra nos próximos anos, ocorrerão com absoluta segurança!

Deus diz: “Certamente o Senhor Eterno não fará nada, sem que revele os seus desígnios aos seus servos os profetas” (Amós 3:7). Estes acontecimentos colossais, que farão que as duas guerras mundiais se vejam insignificantes, acontecerão … mas não até que a advertência tenha estado ao alcance daqueles olhos que estejam dispostos a ver.

Chapter 1: A chave mestra foi encontrada

Isto pode soar como algo incrível, mas é verdade. Os directores da imprensa, os jornalistas e os correspondentes internacionais ignoram o verdadeiro significado das notícias que escrevem, analisam e avaliam. Os chefes de governo não têm a menor idéia do que significam os acontecimentos internacionais em que eles mesmos participam. Não têm a mais remota idéia do desenlace final que terão tais acontecimentos. Incrível? Talvez, mas verdadeiro!

Ante o congresso dos Estados Unidos, o grande estadista britânico Senhor Winston Churchill declarou: “Certamente, muito cega deve ter a alma aquele que não veja que aqui na Terra se está desenvolvendo um grande propósito e desígnio, do qual nós temos a honra de sermos os fiéis servidores”. Mas nem ele mesmo compreendia este propósito. É um propósito que foi desenhado há muitíssimo tempo pela Mente Suprema do universo.

Existe um propósito

Esta é uma verdade, ainda que ninguém a reconheça: A humanidade foi colocada na Terra para um propósito! E o Construtor do homem enviou com ele um “livro de instruções” que revela esse propósito e orienta ao homem para que o cumpra. Mas o homem recusou a revelação e a direcção divina, e preferiu seguir tropeçando na escuridão dos seus próprios e inúteis raciocínios.

Aproximadamente a terça parte deste Livro de Instruções está dedicada ao ensino básico, isto é, revela ao homem os fundamentos do conhecimento que lhe são necessários e que de outra maneira não podia descobrir: conhecimento do que é o homem, porquê existe, aonde o pode levar o seu destino, como atingí-lo e como entretanto viver feliz. Revela o conhecimento dos valores verdadeiros em contraposição com os falsos. Revela o caminho da paz, a felicidade, o bem-estar e a abundância. Em outras palavras, revela o conhecimento mais necessário de todos, aquele que forma a base sobre a qual se podem estruturar os demais conhecimentos que o homem descobre por si mesmo.

Outra terça parte, aproximadamente, está dedicada à história: os factos e as experiências no cumprimento do plano mestre durante os primeiros quatro milênios da era do homem mortal, como exemplos para nos orientar e advertir hoje.

Depois fica aproximadamente uma terça parte—entenda-se bem!—uma terça parte da revelação do nosso Construtor para a humanidade, dedicada à profecia, que é a história de acontecimentos futuros, escrita antes de que estes ocorram. Estes factos prognosticados revelam o grande propósito que se está desenvolvendo, sendo levado ao seu cumprimento.

Por quê esta ignorância?

Agora vejamos porquê os chefes de estado, os analistas de notícias e as mentes mais brilhantes dos nossos tempos falham tanto ao tratar de compreender o significado dos eventos mundiais que vão tomando forma dia a dia.

O conhecimento racional e correcto do grande propósito, do plano mestre do Criador, em que ponto estamos hoje dentro destes acontecimentos graduais e predestinados, e dos principais acontecimentos que segundo as profecias, estão ainda por cumprir-se—este conhecimento é a base essencial para a compreensão e verdadeiro significado das dinâmicas notícias do mundo actual. Quem careça deste conhecimento básico e vital, quer seja alguém no mundo das notícias ou nos círculos governamentais, não poderá entender os factos que ocorrem hoje no mundo nem muito menos onde estes nos conduzem. Das pessoas que levam sobre os seus ombros a administração dos governos e a difusão das notícias, nenhuma tem esse conhecimento! Porquê?

Por duas razões primordiais: 1) Caíram sob o engano da educação errônea que apela à vaidade intelectual e fomenta a rejeição desdenhosa e parcializada dessa revelação divina, a única que pode dar esta classe de conhecimento; e 2) a chave mestra para abrir as portas da profecia bíblica, tem estado perdida.

As grandes potências mundiais da nossa época foram e são os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a Rússia, a Alemanha, a França e outros países da Europa Ocidental. Esta chave vital que tem estado perdida, é simplesmente a identidade destas grandes potências mundiais dentro da profecia bíblica! Os acontecimentos catastróficos que muito pronto sacudirão o mundo e o deixarão atônito, desconcertado e surpreendido, estão relacionados directa e estreitamente com os Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Europa Ocidental e a União Soviética.

Ignorantes de como e onde aparecem mencionadas especificamente ditas nações, os círculos da elite educada do mundo se acham totalmente cegos, incapacitados para entender o claro e simples significado da profecia. Esta chave perdida, mais do que qualquer outra coisa, foi a causa de que a Bíblia caísse em descrédito e fosse recusada pelo sistema educativo do mundo. A teoria da evolução, que não foi nem pode ser comprovada, ocupou o seu lugar como conceito fundamental para o que se considera o enfoque racional do conhecimento.

É uma tragédia colossal! Nesta era de suposto racionalismo e progresso do pensamento universal, os povos, educados dentro da falsidade e do engano, se encontram perdidos, vacilando na escuridão da ignorância, do equívoco e da confusão, fatalmente desconhecedores do cataclismo global para o qual o mundo se dirige vertiginosamente.

Assim, os povos da terra esqueceram o seu Criador e se afastaram Dele. Fecharam os seus olhos e fizeram ouvidos surdos à sua dinâmica revelação que, para aqueles que sim a ouvem, é uma clara advertência aos que ocupam as posições de comando e poder!

Será demasiado tarde? Estarão os nossos dirigentes tão cegos e imbuídos na sua educação falsa, tão adormecidos que não podem despertar? Deus nos ajude agora! O tempo se está acabando rapidamente!

Mas a importante chave mestra foi encontrada!

Esta chave é o conhecimento da identidade dos povos Americanos e Britânicos—bem como da Alemanha—nas profecias bíblicas. Esta identidade pasmosa é uma prova contundente da inspiração e autoridade da Bíblia Sagrada. Ao mesmo tempo, é uma demonstração muito clara da existência e actividade do Deus vivo!

Uma exitante e vital terça parte da Bíblia é dedicada a profecia, e aproximadamente 90 por cento dessa profecia se refere aos nossos dias, nesta segunda metade do século 20. É uma advertência para nós—os povos de língua Inglesa—uma advertência de vida ou morte. Uma vez aberta a porta da profecia com esta chave mestra, ela cobra vida palpitante. Este livro abrirá, ante os olhos dispostos a ver, essa terça parte da Bíblia que até agora era impossível de compreender. Nenhuma história de ficção foi jamais tão estranha, tão fascinante, tão absorvente, tão transbordante de interesse e suspenso, como esta história insólita sobre a nossa identidade—e a dos nossos antepassados.

Nesta profecia, o Deus Todo Poderoso nos faz uma advertência formidável! Os que a leiam e façam caso dela, poderão salvar-se da tragédia cataclísmica sem precedentes que muito pronto açoitará o mundo. Se os povos da terra e seus governos despertarem, escutarem e se voltarem novamente para o Deus vivo, então as nações poderão salvar-se. Deus nos ajude a compreender!

Chapter 2: Profecias seladas até agora!

Cabe perguntar, as profecias bíblicas não estavam fechadas e seladas? Certamente o estavam—até agora! E mesmo agora, somente podem entendê-las aqueles que possuam a chave mestra para as decifrar. Mas já nos acercamos ao final de seis mil anos de história bíblica. Ao final de uma era! Estamos nos começos da crise mundial que dará fim à civilização actual. Estamos enfrentando hoje condições que nunca antes tinham existido no mundo. O nosso grande problema hoje é de sobrevivência! Pela primeira vez na história do mundo, existem armas de destruição em massa capazes de eliminar toda a vida do nosso planeta. Escutamos a chefes de governo e a cientistas famosos dizer públicamente que o homem tem que se adaptar a viver sob a sombra ameaçante das armas de destruição em massa, sem que tenha solução à vista!

Aqueles que menosprezam e estão cheios de preconceitos contra a Bíblia, eu digo: Ela é a nossa única esperança! A ciência não oferece soluções. Os políticos e chefes de governo não têm respostas. Somente na Bíblia encontramos as notícias, dadas por adiantado, daquilo que certamente vai ocorrer—e ocorrerá antes que a humanidade se aniquile a si mesma por completo!

Mas talvez outro objector pergunte: Não são a maioria das profecias simplesmente velhos escritos do Antigo Testamento, dirigidos exclusivamente à antiga nação de Israel? Não são coisas passadas que não nos interessam nem nos incumbem a nós? A resposta é um enfático não! A maior parte destas palpitantes e dinâmicas profecias não foram nunca dadas à antiga Israel.

Um livro chave

A pura verdade é que estas profecias foram escritas para os nossos tempos e não para—tempos ou povos prévios. Elas se referem às condições do mundo actual e nunca antes se tinham podido entender.

Um dos principais livros proféticos é o de Daniel. Em realidade, o profeta Daniel não foi o autor do livro que leva o seu nome. O autor foi o Deus vivo! A mensagem foi transmitida a Daniel por um anjo de Deus e Daniel o colocou por escrito para conservar até aos nossos dias o que ele escutou.

Ao final do livro, Daniel escreveu: “E eu ouvi, mas não entendi. E disse: Senhor meu, qual será o fim destas coisas? Ele respondeu: Segue o teu caminho Daniel, pois estas palavras estão fechadas e seladas até o tempo do fim … e nenhum dos impíos entenderá, mas os sábios entenderão” (Daniel 12:8-10).

De maneira que as profecias de Daniel estiveram fechadas e seladas até agora! Mas hoje estamos vivendo “nos tempos do fim”. Hoje os “sábios” sim compreendem. Quem são os “sábios”? Somente aqueles que temem e obedecem a Deus, e que têm a chave mestra para abrir as profecias seladas. Deus diz: “O temor do Eterno é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que praticam os seus mandamentos” (Salmos 111:10). A maior parte dos que se dizem “cristãos” se negam rotundamente a fazer isso. Com razão não conseguem entender!

E não esqueçamos, que a chave específica que abre a profecia é o conhecimento definitivo de qual é a identidade real das nações Britânica e Norte Americana tal como são mencionadas nestas profecias.

Detenhamo-nos a pensar um momento. Se Daniel não pôde compreender as profecias que ele mesmo escreveu, se estavam “fechadas e seladas até ao tempo do fim”—até à segunda metade do século 20—tal como disse o anjo e como Daniel escreveu, então estavam seladas também para os antigos Israelitas dessa época; não continham mensagem alguma para os tempos de Daniel.

Pensemos um pouco mais.

Estas profecias não podiam ter sido dadas para ou conhecidas pelo antigo Reino de Israel. Daniel as escreveu durante a época da invasão e do cativeiro do Reino de judá, pelo rei Caldeu Nabucodonosor (604 a 585 A.C.). Mas o Reino de israel tinha sido invadido e conquistado muito tempo antes, 117 a 133 anos antes que Daniel escrevesse—e os seus habitantes levados da Palestina e transportados como escravos à Assíria—entre os anos 721 e 718 A.C. (2 Reis 17:18, 23-24). Anos antes que Daniel escrevesse o seu livro, a maior parte dos Assírios tinha emigrado do seu país para o Noroeste da Europa, levando consigo aos Israelitas como escravos. Quão longe chegaram—onde se localizaram finalmente—isto não se sabia ainda. Eles se tornaram conhecidos, como as Dez Tribos Perdidas.

Mas hoje nós o sabemos!

Hoje, tal como escreveu Daniel (12:4), a ciência [o conhecimento] tem aumentado. O paradeiro das Dez Tribos Perdidas, é um dos antigos mistérios que hoje já está decifrado. Mas nos dias de Daniel elas tinham desaparecido—como se a terra as tivesse engulido.

Não para o Israel do Antigo Testamento

A profecia de Daniel não foi, pois, uma mensagem para o Reino de Israel do Antigo Testamento.

Pensemos um pouco mais!

Também não foi uma mensagem para o antigo Reino de Judá. Quando Daniel escreveu, os Judeus já eram escravos em Babilônia. Daniel era um dos principais príncipes de Judá, escolhidos especialmente para servir no palácio real na Babilônia (Daniel 1:3-6). A pesada carga de trabalho que tinha que desempenhar Daniel ao serviço do rei Gentio não lhe permitiu levar esta mensagem fechada e selada aos Judeus escravizados e dispersos. Os Judeus, reduzidos à escravatura, não tinham nenhum sistema de reunião religiosa—não tinham sacerdócio. Não existia tal coisa como a tipografía—não havia maneira de distribuir literatura. Além disso, Deus tinha “fechado e selado a profecia até ao tempo do fim”—até aos nossos dias, agora! O livro de Daniel não foi uma mensagem para os Judeus do Antigo Testamento!

Por último, compreendamos: É claro que estas profecias não se referem a nenhuma época além da nossa, este século vinte!

Além disso, saiba isto:

O livro mais misterioso de toda a Bíblia, para a maioria das pessoas, tem sido o livro de Apocalipse. Mas o livro de Daniel é a chave que abre o entendimento de Apocalipse. Este último, por si só, é o único livro que nos apresenta os acontecimentos mundiais mencionados em outras profecías, correlacionados em ordem, seguindo uma sequência cronológica. O livro de Apocalipse, pois, contém a chave para unir todas estas profecias na sua correcta ordem cronológica. Mas este livro também estava fechado e selado—até aos nossos dias. Devemos entender que Jesus Cristo é o Revelador—que Ele retirou os selos e abriu este livro misterioso para que possamos compreendê-lo.

Aonde tudo isto nos conduz? Ao facto, que na generalidade a profecia foi escrita e conservada para os nossos dias actuais! Aproximadamente 90 por cento das profecias se referem realmente a esta segunda metade do século vinte. E a chave principal para as entender, é a identidade dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha em profecia.

Estas profecias não podiam pertencer a outro tempo prévio ao nosso incerto presente!

Quiçá isto poderia passar-se por alto, mas nem a Grã-Bretanha nem os Estados Unidos se tornaram grandes potências mundiais até ao século 19. De repente, a começos daquele século, as duas nações que até então eram pequenas e de menor importância, tiveram um auge vertiginoso, multiplicando sua riqueza, seus recursos e seu poderio como nenhuma outra nação.

Em 1804 Londres se havia convertido no eixo financeiro do mundo. Os Estados Unidos tinham saído súbitamente de seu período infantil (as 13 colônias originais), tinham adquirido o enorme território da Luisiana e tinham empreendido um desenvolvimento veloz que os levaria a ser a nação mais forte e capitalista de todos os tempos. Mas a Inglaterra alcançou a grandeza primeiro, e até às duas Guerras Mundiais foi o império ou comunidade de nações maior de toda a história.

Poderíamos nös ser ignorados?

Entre eles, os povos da Grã-Bretanha e da América, adquiriram mais de dois terços—quase três quartos—de todas as fontes físicas cultiváveis e de riqueza mundial. Todas as restantes nações em conjunto possuíam pouco mais de um quarto. A Grã-Bretanha dominou os mares—e o comércio mundial foi transportado por mar. O sol nunca se pôs sobre as possessões Britânicas.

Agora pense!

Poderíam os povos Britânicos e Americanos ser ignorados nas profecias sobre as condições mundiais que preenchem um terço da Bíblia—quando cerca de 90 por cento dessas mesmas profecias falam de acontecimentos nacionais e internacionais para os nossos dias de hoje?

Surpreendente?

Em realidade é. No entanto, precisamente como foi profetizado, a Grã-Bretanha está agora acabada. Da mesma forma, as mesmas profecias que anunciaram antecipadamente a grandeza da Grã-Bretanha, também revelam que ela já foi reduzida a um poder mundial de segunda ou terceira categoria.

E os Estados Unidos? Hoje a América é herdeira simplesmente de todos os problemas e dores de cabeça que afectam este mundo caótico e violento, deixados como consequência da Segunda Guerra Mundial. E os Estados Unidos já venceram a sua última guerra—até mesmo o pequeno Vietname do Norte conseguiu resistí-los. Muitas outras nações do mundo esgotam o poder da América, “e ele não o sabe,” tal como Deus profetizou!

Na cena mundial nada é tão importante agora do que como sabermos onde os povos de raça branca e de língua Inglesa são identificados em dezenas de profecias—profecias que descrevem vívidamente o nosso súbito levantamento como poder nacional e que revelam as causas dessa grandeza; profecias que mostram com grande clareza, o nosso dilema internacional actual; profecias que abrem totalmente os nossos olhos para vermos aquilo que espera em breve as nossas nações—e aquilo que finalmente nós seremos.

Chapter 3: A grandeza nacional prometida a Israel—no entanto os Judeus nunca a herdaram—por quê?

Antes da segunda Guerra Mundial, os povos Britânicos e Norte Americanos tinham adquirido mais de dois terços das riquezas e dos recursos cultivados do mundo. E tudo isto o adquiriram com uma incrível rapidez, a partir do ano de 1800. Nunca antes na história tinha ocorrido algo semelhante. Nunca antes um povo ou uma nação se tinha estendido nem tinha crescido tão rápida e repentinamente até atingir semelhante poder e magnitude nacionais.

No entanto, vemos ante os nossos olhos a diminuição e o desaparecimento desta grandeza nacional, riqueza e poder. No caso da Grã-Bretanha, o país se está desintegrando ainda mais rapidamente do que se desenvolveu! Quase da noite para o dia a Grã-Bretanha ficou privada das suas colônias e das suas possessões—fontes da sua riqueza—e ficou reduzida a uma potência de segunda ou terceira categoria. Por quê? Existe uma razão! Uma razão que tem muito que ver com a história e com as promessas divinas feitas a Israel. Promessas nunca herdadas pelo povo Judeu. E agora, a menos que o povo e o governo dos Estados Unidos escutem e actuem imediata e drasticamente, a nação Americana está destinada a cair ainda mais rápidamente na ignomínia, perdendo todo o seu poder, grandeza e riqueza nacional.

E pela mesma razão!

É nossa tarefa e para o nosso próprio bem, devemos ler e entender essa história e abrir os nossos olhos às promessas e às advertências divinas que passaram inadvertidas aos povos da Terra. Esta história bíblica é clara e simples e conduz ao incrível conhecimento da identidade dos povos de língua inglesa. É a história mais pasmosa, mais fascinante e mais estranha que alguma vez você tenha lido. Mais estranha que ficção—no entanto verdadeira!

Porquê temos nós a Bíblia de Israel?

Embora que poucos se dêem conta ao ler a Biblia, há séculos que esta mesma grandeza nacional, riqueza e poder foram prometidas pelo Todo Poderoso a Abraão. É necessário que entendamos um facto peculiar. A Bíblia Sagrada é o Livro particular de uma nacão definida—os filhos de Israel.

Isto é inegável! A Bíblia, desde o Gênesis até ao Apocalipse, é primordialmente a história de uma só nação ou povo—Israel. As demais nações são mencionadas somente quanto se relacionam com Israel. Todas as profecias bíblicas se referem também primordialmente a este povo de Israel e às demais nações, somente quando elas tenham contacto com Israel. A Bíblia nos fala a história destes Israelitas e do seu Deus. Foi inspirada pelo Deus de Abraão, Isaque e Jacó; foi escrita exclusivamente por Israelitas e foi conservada por estes mesmos Israelitas até depois de ser escrito o Novo Testamento por estes Israelitas. Nas suas passagens sagradas nós lemos que todas as promessas e alianças de Deus, a adopção como filhos e a glória, pertencem exclusivamente a Israel (Romanos 9:4).

No entanto nós temos de enfrentar o pasmoso facto de que os nossos povos brancos de língua Inglesa—não os Judeus—foram quem herdou as fases nacionais e físicas dessas promessas!

Como poderia isto ter sucedido?

A Bíblia é um livro Israelita, proeminentemente sobre e para a nacão de Israel, inspirado pelo seu Deus através dos seus profetas. Não é pois estranho que os povos de língua Inglesa sejam hoje os maiores crentes e expositores do livro do povo Hebraico; de que entre todas as nações, nós sejamos os principais adoradores do Deus e do Messias de Israel—em nome e forma e talvez também em verdade e obras?

Quanto mais estes factos são compreendidos, mais aparente se torna, que um conhecimento total desses Israelitas é necessário, para entender a Bíblia Sagrada de forma correcta, a qual diz respeito principalmente a esse povo. E este conhecimento se torna muito mais importante se nós entendermos a posição dos povos Americano e Britânicos no mundo actual —e a sua relação sem precedentes para as condições deste mundo nesta hora fatídica! Recordemos, ao começar esta fascinante história, que a Bíblia não somente fala de coisas espirituais mas também de coisas materiais, carnais e nacionais. Não dêmos carácter espiritual às coisas nacionais, nem nacionalizemos as coisas espirituais. Entendamos a Sagrada Palavra de Deus tal como ela é!

Nação que principiou com um homem

Antes de Moisés, não havia nenhuma nação na terra que fosse conhecida como nação particular de Deus. Antes de Moisés, não havia Palavra de Deus escrita; não havia Sagradas Escrituras inspiradas; não havia Bíblia Sagrada. Pense nisto! Durante mais de 2.500 anos—dois milênios e meio—a humanidade seguiu o seu curso sem nenhuma revelação escrita de Deus! O único registro histórico que refere a Deus tratando com os homens antes da existência do povo de Israel, é o que nos revela a Bíblia. E o que é ainda mais assombroso—somente os onze primeiros capítulos de um total de cinquenta, no Gênesis, são dedicados à narração do que foi toda a história do mundo antes de Abraão, pai dos Israelitas!

Surpreendente? A Bíblia dedica somente os primeiros onze capítulos do seu primeiro livro para relatar a história dos primeiros 2.000 anos—aproximadamente um terço da vida da humanidade.

Deus começou este mundo com um só homem—Adão. Tudo o que Deus faz mediante os seres humanos começa de uma forma muito pequena e cresce como o grão de mostarda. Com este primeiro homem, Deus se comunicava directa e pessoalmente. A ele Deus lhe revelou todo o conhecimento essencial que de outra maneira seria inacessível para a mente humana. A essência básica de todo o conhecimento—o que é o homem?—por quê está ele aqui?—qual é o propósito da vida?—qual é o caminho de vida que produz paz, saúde, prosperidade, felicidade e alegria?—qual é o fim do homem—o seu destino? Deus revelou esta base de todo o conhecimento ao primeiro homem.

Deus se revelou a si mesmo ante Adão—como o Criador e Governante Eterno da Terra e de todo o universo. Deus revelou a Adão que ele, à diferença dos animais, tinha sido criado na forma e semelhança do seu Criador, com poderes mentais que nenhuma outra criatura física possuía; além disso, contava com o potencial de aplicar o seu livre arbítrio para desenvolver o próprio carácter de Deus e herdar a vida eterna no Reino de Deus. Deus lhe revelou o caminho de vida que lhe daria tudo o que ele pudesse desejar: paz, vida agradável, felicidade e abundante bem-estar.

Com o propósito de que estas bênçãos se produzissem e conseguissem o efeito desejado, Deus tinha posto em acção as suas leis espirituais inexoráveis. Mas Adão escutou a Satanás e preferiu fazer caso ao seu próprio entendimento humano. Portanto, Adão desobedeceu a Deus, rejeitou o caminho que teria conduzido aos resultados desejados e se lançou pelo caminho humano do egoísmo, da cobiça e da vaidade.

A humanidade rejeita o caminho de Deus

Quando a espécie humana começou a multiplicar-se, os filhos de Adão seguiram esse caminho da natureza humana inspirada por Satanás. A Bíblia somente menciona a três pessoas anteriores a Abraão que aceitaram o caminho de vida de Deus—somente três durante mais de um terço da história da humanidade! Abel foi chamado justo; Enoque caminhou com Deus; e Noé foi pregador de justiça, o qual significa simplesmente obediência ao governo de Deus (Salmos 119:172). Além destes três e talvez possivelmente Sem, nenhum outro é mencionado antes de Abraão, que se houvesse entregue ao governo do Eterno.

Em tempos de Abraão, já os homens tinham perdido todo o conhecimento do verdadeiro Criador e Governante, da revelação do Seu propósito e do caminho de Deus que conduz à paz, à felicidade e vida eterna. O homem prosseguiu os seus próprios caminhos e projectos, caminhando contrariamente às leis espirituais de Deus. O pecado e a violência encheram a Terra.

Deus começou a Sua nação com um homem

Era num mundo assim, que se tinha afastado para longe de Deus e do conhecimento dos gloriosos benefícios do governo de Deus e adoração ao verdadeiro Deus, que vivia um homem honesto e recto, submisso e dócil, forte e motivado. Deus lhe deu uma ordem para provar a sua obediência. A este indivíduo, Abrão—Deus lhe ordenou: “Sai da tua terra e da tua parentela, e da casa de teu pai, e vai à terra que te mostrarei. E farei de ti uma grande nação …” (Gênesis 12:1-2).

Esta foi uma ordem que encerrava ao mesmo tempo uma condição e uma promessa: a promessa se realizaria desde que a condição de obediência fosse cumprida.

Por conseguinte, como Deus tinha iniciado o mundo com um só homem, Ele começou também a sua própria e peculiar nação com um só homem—Abraão. Tal como o mundo, que se desviou para longe de Deus e das bênçãos que poderia alcançar ao submeter-se a Ele e a adorá-Lo, começou com um homem que se rebelou contra Deus e rejeitou o Seu governo, também a própria nação carnal de Deus, da qual tem de renascer o Reino de Deus, começou também com um homem que aceitou a autoridade de Deus e obedeceu à Sua autoridade divina sem vacilar.

Será que Abraão se deteve a discutir e a raciocinar? Será que ele disse: “Um momento, vamos pensar um pouco; Eu estou aqui na Babilônia, no coração do comércio, da sociedade e da alegria. Por que não me podes dar esta promessa aqui mesmo, onde tudo é tão agradável e atraente? Por que tenho eu que abandonar tudo e ir para uma terra incivilizada?”

Será que Abraão discutiu, se revoltou, resistiu ou se opôs?

Certamente que não!

A Escritura nos diz simplesmente: “E Abrão partiu”. Não se pôs a discutir com Deus. Não raciocinou humanamente para argumentar que Deus estava totalmente errado. Também não fez perguntas néscias como: “Porquê tenho eu que sair daqui? Não posso eu fazer o que quero?” Não parou para dizer, “Bom aqui está o que eu penso.”

“E Abrão partiu.” Obediência absoluta, imediata, sem vacilação!

De maneira que Deus estabeleceu a este indivíduo, cujo nome mudou para Abraão, como progenitor da Sua nação, Israel! A Abraão e aos seus descendentes foram dadas todas as promessas. E nós temos que ser como Abraão. Por meio de Cristo, temos de nos converter em filhos de Abraão, para que possamos herdar a promessa de vida eterna no Reino de Deus.

Sobre a Sua peculiar nação carnal, Israel, o Eterno disse: “A este povo Eu o criei para Mim próprio; a fim de que publique os Meus louvores” (Isaías 43:21). Esta profecia terá ainda—pronto—de ser cumprida!

Duplas promessas a Abraão

Poucos captaram a dualidade que caracteriza todo o plano que Deus está cumprindo aqui na Terra.

Houve o primeiro Adão, material e carnal; depois Cristo, o segundo Adão, espiritual e divino. Houve a Antiga Aliança, somente material e temporária; agora a Nova Aliança, espiritual e eterna. Deus fez ao homem mortal e físico, do pó da terra e pertencente ao reino humano; mas mediante Cristo ele pode ser gerado por Deus para se converter em ser espiritual, imortal e membro do Reino de Deus.

Do mesmo modo, as promessas que Deus fez a Abraão também tinham duas fases—uma material e nacional, a outra espiritual e individual. A promessa espiritual do Messias e da salvação através Dele, é bem conhecida por qualquer estudante da Bíblia. Sabe-se que Deus deu a Abraão a promessa espiritual do Cristo que seria seu descendente—e que a salvação nos vem através de Cristo. Mas—parece inacreditável, mas no entanto verdadeiro—quase ninguém sabe o que essa salvação é; nem quais são as promessas de salvação que podemos receber através de Cristo; nem como podemos nós recebê-las, nem quando—soa incrível. Mas essa verdade será tema de outro livro.

O essencial dentro do tema deste livro é o facto que Deus também fez outra promessa completamente diferente, a mais surpreendente promessa nacional e material feita a Abraão e que tem passado quase totalmente inadvertida.

Vejamos de novo como Deus chamou a Abraão e notemos a natureza dupla das suas promessas: “Mas o Eterno tinha dito a Abrão: Sai da tua terra e da tua parentela, e da casa de teu pai, e vai à terra que te mostrarei: E farei de ti uma grande nação … e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12:1-3).

Note-se a dupla promessa: 1) “Farei de ti uma grande nação”—a promessa material, nacional, de que os seus filhos carnais se converteriam numa grande nação—é uma promessa de raça. 2) “… e em ti serão benditas todas as famílias da terra—Esta é a promessa espiritual da graça. Esta mesma promessa é repetida em Gênesis 22:18: “E na tua semente serão benditas todas as nações da terra.” Esta “semente” se refere a Cristo, como o afirma claramente Gálatas 3:8, 16.

Este é o ponto onde aqueles que professam ser “cristãos”—e os seus mestres—têm caído no erro e na cegueira escritural. Não captaram a dupla promessa feita por Deus a Abraão. Eles reconhecem a promessa messiânica da salvação espiritual através da “semente”—que é Cristo. E crêem falsamente que as promessas seriam de o ser humano ir para o céu ao morrer.

Este é um ponto chave. Este é o ponto onde os professos “cristãos” e os seus mestres se desviam da verdade. Aqui se afastam do caminho que os levaria à chave mestra que falta para decifrar as profecias. Não se dão conta do facto que Deus deu a Abraão dois tipos de promessas: uma concernente a raça física e outra à graça espiritual.

Deve ficar muito claro que a promessa da “grande nação” se refere a raça—e não é a promessa da “semente” de Gálatas 3:16, a qual foi Jesus Cristo, Filho de Abraão e Filho de Deus. A promessa da “grande nação” se refere à múltipla descendência natural e carnal—isto é confirmado mais tarde, quando Deus repete as Suas promessas com maior detalhe.

Vejamos cuidadosamente! E entendamos estas promessas!

“E sendo Abrão da idade de noventa e nove anos, lhe apareceu o Eterno e lhe disse: Eu sou o Deus Todo Poderoso; caminha diante de mim e sê perfeito. E Eu farei uma aliança entre tu e Eu, e Eu te multiplicarei em grande maneira e tu serás pai de muitas nações. E não se chamará mais o teu nome Abrão, mas serás chamado Abraão; porque como pai de muitas nações te coloquei” (Gênesis 17:1-5).

Note que a promessa aqui é condicional: depende de que Abraão leve uma vida de perfeita obediência. Note que a “grande nação” se converte agora em muitas nações—(plural, mais de uma). Isto não pode referir-se a uma só “semente”, Cristo, como o demonstra os seguintes versículos.

E te multiplicarei em grande maneira, e farei nações de ti, e reis, (mais do que um) sairão de ti” (versículo 6). Note que estas nações e reis sairão de Abraão—esta é uma geração física—uma multidão de descendentes, não somente um descendente através do qual indivíduos dispersos podem converter-se em filhos de Abraão ao serem gerados espiritualmente através de Cristo (Gálatas 3:29). Os Cristãos individuais, dispersos, não formam nações. É verdade que a Igreja é chamada “um sacerdócio real, nação santa” (1 Pedro 2:9), mas a Igreja de Cristo não está dividida em “muitas nações”. Aqui está falando de raça, não de graça.

“E Eu estabelecerei a minha aliança entre tu e Eu, e os teus descendentes depois de ti nas suas gerações … E te darei a ti e aos teus descendentes depois de ti, a terra das tuas peregrinações onde és estrangeiro, toda a terra de Canaã [Palestina] em herança perpétua; e serei o seu deus” (Gênesis 17:7-8)

Note-se que a terra—possessão material—é prometida aos descendentes, no plural, da qual Ele é o “seu”, não “teu”, Deus. O pronome pessoal “suas” no plural, é usado outra vez no versículo 9: “e à tua descendência depois de ti, nas suas gerações.” Mas agora examinemos esta promessa cuidadosamente!

O futuro de grandes nações depende das promessas que o Eterno Criador fez a Abraão. A única esperança de vida depois da morte para qualquer indivíduo—qualquer que seja a sua raça, nacionalidade ou religião—está dependente da fase espiritual dessas promessas feitas a Abraão—a promessa da graça através da “semente”—Jesus Cristo, o Messias!

Quanta terra—que tamanho de nações?

Estas não são promessas casuais e carentes de importância. São básicas—são a fundação de grandes potências mundiais; a base da salvação espiritual pessoal; são a única esperança de vida eterna para todo o ser humano. Estas são promessas magníficas. O Deus Criador baseou nelas o futuro de toda a humanidade.

Jesus Cristo veio “para confirmar as promessas feitas aos pais” (Romanos 15:8) os quais foram Abraão, Isaque e Jacó.

Uma pessoa cínica, com uma mente hostil a Deus e às Suas promessas, propósitos e caminhos, subestima estas profecias, dizendo: “Mas, quais são essas nações? Nações ao estilo do século 20? Nações de 100 milhões de habitantes? Não sejamos tontos. Os homens que escreveram a Bíblia não tinham noção alguma de países grandes, tais como os que existem na actualidade. Eles somente se referiam a países pequenos como os que existiam então, países pequenos, cujos habitantes não somavam mais dos que uma aldeia de hoje!

E além disso, que área estava compreendida na promessa? Supõe-se que Deus prometeu em herança a terra de Canaã, como se menciona no versículo 8 de Gênesis 17. Então, ao prometer a terra novamente a Jacó, a única extensão incluída foi “a terra em que tu estás deitado” (Gênesis 28:13). Qual era a sua extensão? Não mais de um retângulo pequeníssimo, quiçá de dois metros de comprido por um de largura”.

Um objector cínico se atreveu a lançar semelhante argumento.

Vamos pois responder a este cínico de mente fechada! Vejamos cuidadosamente o que foi prometido na fase das promessas relacionadas com a raça (a descendencia de Abraão), as promessas físicas, materiais e nacionais. A fase espiritual a explicaremos em outros livros e artigos.

Quanta terra foi prometida?

Um cínico argumenta

Mas primeiro escutemos a mencionada refutação do cínico: “Essa promessa a respeito das nações foi escrita em Hebraico, e a palavra Hebraica traduzida em português como “nações” ou “muitas nações”, é goi, e a palavra no plural é goiim, para indicar mais de uma. Esta palavra Hebraica significa simplesmente povos—poderia ser apenas uma mão cheia de filhos e netos de Abraão”.

Fazemos menção disto porque um chamado “estudioso” fez esta mesma ridícula afirmação, rejeitando toda esta importante verdade, baseado primariamente nestes argumentos. Se o leitor se der ao trabalho de procurar o significado da palavra Hebraica goi, se dará conta de que significa “nação”—ou no plural “nações” ou “povos”, qualquer que seja a magnitude da população. Esta é a palavra mais frequentemente usada—realmente centenas de vezes no Antigo Testamento—para assinalar as diferentes nações do mundo, incluindo as maiores. Na profecia de Joel 3:2, Deus diz que reunirá a “todas as nações”. Essa profecia se refere a um tempo futuro, neste século 20—e a palavra Hebraica que ali é usada, é goiim. Aí a palavra goiim, inclúi nações tais como a Rússia, Alemanha, Itália, China, Índia—nações bastante grandes.

Mas Deus prometeu que os descendentes humanos, carnais, de Abraão, se converteriam em “uma grande nação” (Gênesis 12:2); Ele lhe disse: “Eu te multiplicarei grandissimamente” (Gênesis 17:2); e que “serás pai de muitas nações” (versículo 4), e que “Eu te farei frutificar grandissimamente e de ti farei nações” (versículo 6). À medida que formos lendo outras profecias e promessas, veremos que a linguagem bíblica está falando de nações grandes e poderosas.

E quanto território? Em Gênesis 17:8, Deus prometeu “toda a terra de Canaã”, mas em outras passagens prometeu muito mais ainda. Gênesis 15:18 nos diz: “Naquele dia fez o Eterno uma aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência darei esta terra, desde o rio do Egipto [Nilo], até ao grande rio, o rio Eufrates.” O Eufrates fica bastante longe, na antiga terra da Babilônia que é hoje o Iraque—consideravelmente a leste da Palestina.

Por último, todos os argumentos deste objector são desbaratados e ridicularizados, ao ler o versículo que segue àquele que ele citou, quando sustentou que a promessa incluía somente um pedacinho de terra de dois metros por um: “E a tua descendência será como o pó da terra e te estenderás ao ocidente, ao oriente, ao norte e ao sul” (Gênesis 28:14).

Aqui o tamanho das “nações” ou da “multidão de gentes” se compara com o número de partículas de pó que há no mundo. Em outras passagens, Deus compara as populações destas nações prometidas, com os grãos de areia na praia e com as estrelas—uma multidão incontável.

À medida que prossigamos, a magnitude e a realidade destas promessas se tornarão muito mais evidentes.

Não se cumpriu nos Judeus

Notemos de novo muito cuidadosamente—os Judeus nunca foram mais de uma nação. Eles não são, nem nunca foram muitas nações. Eis pois aqui, uma profecia muito importante, uma promessa solene do Deus Todo Poderoso que não se cumpriu em Cristo, nem nos Cristãos, ou nos Judeus. Temos que procurar várias nações que não sejam nem a Igreja, nem o povo Judeu. Ainda que pareça incrível ou nós o fazemos, ou negamos as promessas de Deus.

Deus submeteu Abraão à prova de fé e Abraão obedeceu—até ao ponto de estar disposto a sacrificar o seu próprio filho se fosse necessário. E depois disso, a aliança deixou de ser condicional. A partir desse momento ela se tornou incondicional.

“Por mim mesmo jurei, diz o Eterno, que porquanto fizeste isto e não me negaste o teu filho, o teu único filho; que deveras te abençoarei, e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia que está na orla do mar e a tua descendência possuirá as portas dos seus inimigos”. Até aqui, são promessas nacionais de raça, materiais. “E na tua semente [Cristo] serão benditas todas as nações da terra [esta promessa é espiritual, da graça], porquanto obedeceste à minha voz” (Gênesis 22:16-18).

A promessa é agora incondicional. Deus jurou e o cumprirá. Deus não promete fazer estas coisas, se Abraão ou os seus filhos fizerem outras. Ele promete fazê-las porque Abraão já cumpriu a sua parte do acordo. Se estas promessas pudessem anular-se ou incumprir-se, então não haveria nenhuma promessa firme na Bíblia!

Estas promessas não se podem incumprir nem anular, pois Deus disse: “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão” (Lucas 21:33). Agora Deus tem que cumprir a sua parte, sem falhar.

Note-se um detalhe adicional na promessa—as nações que têm de ser formadas pela descendência racial de Abraão, possuirão as portas dos seus inimigos. Uma porta é um passo estreito por onde se entra ou sai. Em termos nacionais, uma “porta” seria um passo tal como o Canal do Panamá, o Canal do Suez ou o Estreito de Gibraltar. Esta promessa é repetida em Gênesis 24:60 à nora de Abraão: “Sê tu, mãe de milhares de milhares e possuam os teus descendentes a porta dos que te aborrecem”.

Note que, os descendentes de Abraão seriam donos dos passos estratégicos vitais dos seus inimigos—“as portas dos seus inimigos”. Isto não o cumpriram os Judeus, nem poderá cumprir-se depois que regresse Jesus Cristo para governar as nações e estabelecer a paz mundial. A promessa só pode cumprir-se no mundo actual; caso contrário teríamos que negar a Bíblia como a Palavra revelada de Deus. Temos que procurar um povo que forme mais de uma nação—no entanto um só povo, filhos de Abraão—que possuam ou tenham possuído na história, as portas e os passos estratégicos do mundo, ou caso contrário, invalidaríamos a Palavra de Deus. Esta é uma prova da inspiração da Bíblia e do poder de Deus para governar este mundo!

Uma nação e um conjunto de nações

Estas tremendas promessas foram reprometidas a Isaque e a Jacó. Ismael e os demais filhos de Abraão foram eliminados deste direito de primogenitura. Esaú, filho de Isaque e irmão gêmeo de Jacó, vendeu esse direito e foi rejeitado como primogênito. A promessa, tal como foi confirmada a Isaque, aparece em Gênesis 26:3-5, “Habita como forasteiro nesta terra, e eu estarei contigo, e te abençoarei; porque a ti e à tua descendência darei todas estas terras e confirmarei o juramento que fiz a Abraão, teu pai; e Eu multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu e darei à tua descendência todas estas terras …” Note! Duas vezes Deus prometeu “todas estas terras.” Uma extensão que tem que ser muito grande, maior do que aquela que o cínico “intelectual” dizia que era. Também disse que os descendentes de Isaque teriam de “multiplicar-se como as estrelas do céu.” Isso é milhares de vezes maior que uma pequena “aldeia.”

A Jacó lhe foi repetida a promessa em Gênesis 27:26-29, onde se adiciona a bênção de prosperidade material e abundância da terra, com a profecia de que as nações gentias seriam governadas, pelas nações de Israel possuidoras da primogenitura. “Deus pois, te dê do orvalho do céu, e dos lugares férteis da terra e abundância de trigo e de mosto. Sirvam-te povos e nações se inclinem a ti; sê senhor sobre os teus irmãos e se inclinem ante ti os filhos da tua mãe. Malditos os que te amaldiçoarem, e benditos os que te abençoarem.”

Espalhar—se mundialmente

Novamente encontramos as promessas em Gênesis 28:13- 14, com o detalhe adicional de que estas nações de Israel se estenderiam por todo o mundo: “E eis aqui, disse … o Eterno, Eu sou o Eterno Deus de Abraão teu pai e o Deus de Isaque; a terra em que estás deitado te darei a ti e à tua descendência. Será a tua descendência como o pó da terra e te estenderás ao ocidente, ao oriente, ao norte e ao sul …”

A palavra Hebraica original traduzida como “estenderás” significa “ir mais além”. Esta promessa não põe limites à distância para onde os descendentes de Jacó se estenderiam rumo ao norte, sul, oriente e ocidente. Assim indica que se estenderiam ao redor do mundo. Isto mesmo é confirmado em Romanos 4:13: “Porque a promessa a Abraão ou à sua descendência, de que ele seria herdeiro do mundo …”

Mas isto não é uma promessa de que os descendentes de Abraão herdariam e seriam donos e possuidores de toda a terra sem deixar nada aos Gentios—isto é, antes da nova terra—mas sim que nos anos e séculos vindouros, se estenderiam e ocupariam diferentes partes do mundo. No entanto a nova terra—depois do milênio—será habitada unicamente por aqueles que se convertam espiritualmente, através de Cristo, em filhos de Abraão (Romanos 4:13).

Existe uma fase desta profecia completamente ignorada—nunca antes entendida. De facto, estas nações Israelitas, donas da primogenitura, se expandiram e ocuparam várias áreas em diferentes partes do mundo. Isto ocorreu depois dos anos 721 a 718 A.C., quando Israel foi capturada e conduzida para longe da sua própria terra prometida de Samaria, hoje Palestina. Os seguintes versículos em Gênesis 28 completam esta fase da profecia: “Eis que”, continuou Deus, “Eu estou contigo e te guardarei por onde quer que fores [Deus não se refere aqui a Jacó pessoalmente, mas sim aos seus descendentes que tinham de expandir-se em todas direcções] e voltarei a trazer-te a esta terra; porque não te deixarei até que tenha feito o que te disse” (versículo 15).

Esta profecia, cheia de significado mas escassamente compreendida, se cumprirá na Segunda Vinda de Cristo. Jeremías 23:7-8 e 50:4-6, 19-20, tal como outras profecias, explicam isto com maior detalhe.

Reprometido a Jacó

Mais tarde, Deus apareceu a Jacó, cujo nome foi mudado para Israel, e definiu mais precisamente a composição das “muitas nações” nos seguintes termos: “Também lhe disse Deus: Eu sou o Deus Omnipotente: cresce e multiplica-te; uma nação e um conjunto de nações procederão de ti e reis sairão dos teus lombos” (Gênesis 35:11). A tradução Moffatt o traduz como “uma nação e um grupo de nações. Assim, as “muitas nações” incluiríam uma grande nação, rica e poderosa—e um outro conjunto de nações—um grupo, ou uma mancomunidade de nações.

Note cuidadosamente este facto crucial! Isto é necessário, se você quiser compreender a mais importante chave de toda a profecia—a que revela o significado dos acontecimentos mundiais de hoje! Esta promessa jamais foi cumprida nos Judeus. Não se pode “espiritualizar” interpretando-a como algo herdado somente através de Cristo. Não pode referir-se à Igreja, pois há uma só Igreja verdadeira reconhecida pela Bíblia e esta não forma uma nação nem um conjunto de nações senão um corpo de pessoas dispersas entre muitas nações e chamadas individualmente. No entanto, esta profecia tem que ter o seu cumprimento, pois caso contrário estaríamos negando a Bíblia e a Palavra sagrada de Deus!

Aqui está o enigma de todos os tempos! É esta uma profecia divina não mantida? Thomas Paine e Robert Ingersoll perderam a fé em Deus e rejeitaram a Bíblia, por terem acreditado que estas promessas nacionais jamais foram cumpridas.

Da resposta a esta pergunta insólita—depende a prova e a autoridade da Bíblia como Palavra revelada de Deus—e a evidência da existência do próprio Deus. O povo Judeu não cumpriu estas promessas. Elas não se referem à Igreja. O mundo com os seus grandes dirigentes eclesiásticos não tem notícia de que se tenha dado cumprimento à promessa. Será que Deus falhou? Ou cumpriu a Sua formidável promessa sem que o mundo se tenha dado conta? A resposta a esta incógnita é a revelação mais assombrosa da verdade bíblica, da profecia e da história irreconhecida pelos homens!

Chapter 4: A separação da primogenitura e do ceptro

É necessário a este ponto, fazer uma distinção muito importante. Trata-se de uma verdade bíblica que quase ninguém conhece. Efectivamente, são muito poucos os que notaram que as promessas feitas a Abraão tinham duas partes ou fases. Mas a própria Bíblia faz a distinção clara entre estas duas partes das promessas.

Às promessas espirituais—as promessas da “semente,” Cristo e a salvação através Dele—a Bíblia chama de ceptro. Mas as promessas materiais e nacionais, as que falam de muitas nações, de riqueza, poder e posse da Terra Prometida, a Bíblia chama de—primogenitura.

Raça, não graça

Entendamos bem o significado destes termos:

Primogenitura: Qualidade ou direito do filho primogênito” (Dicionário Larousse); “dignidade, prerrogativa ou direito do primogênito” (Dicionário da Academia Real). A primogenitura é um direito que se tem por nascimento. Ao contrário, a graça não é um direito senão algo que é dado gratuitamente; é o perdão ou o tratamento favorável sem merecimento. A primogenitura, pois, se refere a raça, não tem nada que ver com a graça. As posses da primogenitura passam por herança, como o seu nome indica, do pai ao filho mais velho.

“Ceptro: Cargo régio; poder real; insígnia do poder supremo, símbolo da realeza” (Dicionário Larousse). A prometida linhagem real culmina com Cristo e tem que ver com a graça para todos.

Nós já vimos que Deus fez a Abraão duas promessas incondicionais: a primogenitura, ou direito adquirido por nascimento e o dom gratuito da graça. Depois o Eterno prometeu tanto a primogenitura como o ceptro a Isaque e mais tarde a Jacó. Mas o facto que deveria abrir os nossos olhos para uma verdade nova e maravilhosa, é que desse ponto em diante, as duas promessas se separaram! As promessas do ceptro, ou da linhagem real que culminaria com Cristo e da graça através Dele, foram herdadas por judá, filho de Jacó e pai de todos os Judeus. Mas a espantosa verdade é que as promessas de primogenitura nunca foram dadas aos Judeus!

Repitamos! Compreenda isto! As promessas da primogenitura nunca foram dadas aos Judeus!

Leia estas passagens, leia-as na sua própria Bíblia! “O ceptro não será afastado de Judá …” (Gênesis 49:10). “… Mas o direito de primogenitura foi de José” (1 Crônicas 5:2).

É amplamente conhecido o facto de que, efectivamente, o ceptro foi para Judá e que passou de geração em geração dentro dessa tribo. O rei David foi da tribo de Judá. Todos os reis da sua dinastia que lhe sucederam foram da Casa de David, da tribo de Judá. Jesus Cristo também foi da casa de David e da tribo de Judá.

Uma verdade que muitos ignoram é o facto de que somente uma parte dos “filhos de Israel” eram Judeus.

Leia novamente esse facto pouco entendido!

Esta afirmação se comprovará e se explicará detalhadamente no capítulo 6. Somente eram Judeus, os pertencentes a três tribos: Judá, Benjamim e Levi. Enquanto todos os Judeus são Israelitas, a maior parte dos Israelitas não são Judeus!

Entendamos pois! A promessa da primogenitura não passou para os Judeus! Porém o ceptro—a promessa de Cristo e da graça—sim passou aos Judeus! Jesus disse, “A salvação vem dos Judeus”! (João 4:22). E Paulo escreveu: “Não me envergonho do evangelho de Cristo, porque é poder de Deus para salvação a todo aquele que crê; ao judeu primeiro e também ao Grego” (Romanos 1:16). As promessas de graça foram herdadas pela tribo de Judá!

Sem embargo, as promessas que a Bíblia chama o “direito de primogenitura” passaram totalmente inadvertidas. Muito poucos notaram que Deus fez a Abraão outras promessas, além da promessa do ceptro.

Poucos conhecem o que está na Bíblia!

A primogenitura nunca dada aos Judeus

Menos ainda são os que compreendem que estas grandes promessas materiais e nacionais, jamais foram dadas aos Judeus! O facto assombroso e vital que passou inadvertido é que “o direito da primogenitura é de José” (1 Crônicas 5:2). E como veremos mais adiante, nem José nem os seus descendentes eram Judeus! Por mais espantoso que pareça, é verdadeiro! O conhecimento àcerca deste direito de primogenitura constitúi o ponto essencial de toda esta verdade e nos dará a chave para entendermos toda a profecia! É de suprema importância que tenhamos este ponto muito claro!

A “primogenitura,” tal como se definiu atrás, inclúi só aquilo que se obtém por direito próprio ao nascer. Ninguém pode receber a vida eterna como um direito, por ter nascido. Se fosse nosso direito, algo que herdássemos automaticamente ao nascer, então não seria por graça. A salvação vem pela graça—é um dom gratuito e sem merecimento. Os direitos de nascimento se limitam às possessões materiais. E quando a primogenitura passa de uma geração a outra, a uma descendência que se multiplica cada vez mais, termina por ser uma herança nacional. Confere somente bens, poderes e posição materiais. Não bênçãos espirituais. É questão de raça, não de graça!

Existe outra diferença entre graça e primogenitura que necessitamos de entender. O direito de primogenitura, como dissemos antes, transmite-se do pai ao filho mais velho. O beneficiário não tem que cumprir nenhum requisito nem tem que merecer nada. Ele a recebe como direito próprio pelo simples facto de ter nascido como primogênito do seu pai. No entanto, este filho mais velho pode perder esse direito ou mesmo não o receber.

Sem embargo, o dom de imortalidade que se recebe pela graça, sim tem certas condições! Ninguém tem a prerrogativa ou o direito à vida eterna—ninguém pode reclamar o direito de nascer como filho de Deus—literalmente como membro da família de deus! Se isso fosse assim, os resultados seriam inimagináveis! Um criminoso ou um ateu rebelde poderiam apontar o punho a Deus e dizer: “Ó Deus! Eu te odeio. Eu te desafio! Eu recuso obedecer-te! Mas eu exijo o teu dom da vida eterna! É meu direito! Eu quero nascer dentro da tua divina família—para receber o imenso poder de um filho de Deus, para depois empregar esse poder para me opor a ti! Eu quero causar que a tua família seja uma casa dividida contra si mesma. Eu causarei fricção, hostilidade, ódio e infelicidade entre todos os teus filhos! Eu exijo esse poder, esse teu dom, como meu direito, para poder abusar desse poder—usando-o para fazer o mal!”

A graça é condicional

Muitos dos professos “Cristãos”—e muitos ensinamentos da chamada “Cristandade tradicional”—dizem que não há condições, que nada temos que fazer para receber a graça gloriosa de Deus. Eles negam que Deus requer obediência à Sua lei! Eles torcem a verdade dizendo que se Deus exigisse obediência, significaria que a salvação se pode ganhar com méritos! Eles demandam isso de Deus, enquanto permanecem em rebelião contra Ele e se recusam a cumprir a Sua lei!

Pensemos aonde nos levaria tudo isso! Entenda isto! A vida eterna, certamente, é um dom gratuito de Deus. Nós não podemos ganhá-la nem merecê-la! Mas não é um direito nosso! Não podemos exigí-la de Deus, enquanto nos rebelamos contra o Seu governo e recusamos deixar que Ele governe a nossa vida à Sua maneira! Portanto, Deus impôs condições! O facto de as cumprirmos não nos faz merecedores de nada! Mas Deus o Seu Espírito Santo àqueles que Lhe obedecem (Actos 5:32). Não se trata de um pagamento ou uma recompensa—senão que as Escrituras falam do Espírito Santo, o qual “Deus deu àqueles que Lhe obedecem.” Apesar disso é um dom gratuito!

Suponhamos que um homem rico chama a sete pessoas e lhes diz: “Ao que se adiante a recebê-lo, lhe darei como um dom gratuito uma grande quantidade de dinheiro.” Por suposto, o facto de que as pessoas passem a recebê-lo não as faz merecedoras do dinheiro. É somente a condição requerida para receberem o dom oferecido.

A palavra “graça” significa perdão sem merecimento! Deus perdoa àqueles que se arrependem! E “arrepender-se” é deixar a rebelião, a hostilidade, a desobediência. “Arrepender-se” significa começar a obedecer à lei de Deus. O facto de que Deus escolha, não dar o maravilhoso dom da imortalidade—o qual traz juntamente o poder divino—àqueles que o empregariam para fazer o mal; o facto de que Ele opte por dá-lo somente àqueles que o irão empregar correctamente—não significa que eles o tenham ganho pelas suas obras em vez da graça. Se não houvesse condições, então qualquer um o poderia exigir—e o receberia, não por graça senão por direito próprio!

O simples facto da graça, torna necessárias as condições estabelecidas por Deus. Mesmo assim continua sendo um dom imerecido! A obediência a Deus não nos faz merecedores de nada—é somente o que nós devemos a Deus. Sem embargo, o direito de primogenitura não tem condições. É um direito que se tem ao nascer.

O que incluía a primogenitura?

Poucos entenderam exactamente quais foram os bens materiais herdados pela primogenitura. Trata-se da herança material mais valiosa que jamais tenha passado de pai a filho—a riqueza e o poderío mais colossais que homem ou império algum tenham possuído! A magnitude desta primogenitura é fantástica!

A primogenitura inclui toda a primeira fase das promessas feitas por Deus a Abraão. Este legado garantia incondicionalmente, sob a autoridade de Deus Todo Poderoso, uma população muito grande, riquezas e recursos materiais incontáveis, grandeza nacional e poderío mundial!

Deus não somente tinha prometido que sairíam de Abraão uma potência mundial e um conjunto ou mancomunidade de nações tão populosas como os grãos de areia ou como as estrelas; não somente prometeu que estes descendentes possuiríam as portas das nações inimigas, o qual em si é indicativo de poderío e dominação no mundo; mas também que a primogenitura incluiu também imensas riquezas materiais e recursos naturais ilimitados. Isso se vê claramente na bênção dada a Jacó, como explicaremos mais adiante.

A primogenitura negada a Ismael

O direito de primogenitura passava automaticamente ao filho mais velho em cada geração, excepto nos três casos em que houve intervenção divina.

O Eterno escolheu a Isaque para que herdasse tanto o ceptro, como a primogenitura. Abraão tinha outros filhos, sendo Ismael o mais velho, mas Deus escolheu a Isaque, de maneira que “Abraão deu tudo quanto tinha a Isaque” (Gênesis 25:5). Isaque era o primogênito legítimo de Abraão. Ismael era filho de Agar, a serva Egípcia de Sara.

Abraão amava a Ismael e desejou para ele a primogenitura: “E disse Abraão a Deus: Oxalá que Ismael possa viver diante de ti!” (Gênesis 17:18).

A sua esposa, Sara, era estéril. “E Deus disse, certamente Sara tua mulher te dará à luz um filho e lhe chamarás Isaque: e Eu confirmarei a minha aliança com ele, como aliança perpétua e para os seus descendentes depois dele. E quanto a Ismael Eu … o abençoarei, e o farei frutificar e multiplicar grandemente … e farei dele uma grande nação. Mas a minha aliança, Eu a estabelecerei com Isaque …” (versículos 19-21).

Com respeito à nação que teria de saír de Ismael, o anjo do Eterno tinha dito a Agar: “Ele será homem feroz; a sua mão será contra todos e a mão de todos contra ele; e ao oriente [tradução correcta] de todos os seus irmãos habitará” (Gênesis 16:12).

Aqui nos são dados dois indícios: 1) Os descendentes de Ismael teriam de converter-se numa grande nação, mas não tão grande como as nações da primogenitura; e 2) habitariam ao oriente dos seus irmãos, isto é, dos descendentes de Isaque possuidores da primogenitura. Os filhos de Ismael se converteram nos Árabes de hoje. A nação e conjunto de nações que têm a primogenitura deverão ser, pois, maiores, mais ricas, mais poderosas e devem situar-se geograficamente ao ocidente das nações Árabes.

Abraão foi o tipo humano de Deus Pai e Isaque de Cristo. Existem muitas semelhanças. Mas o espaço não nos permite entrar em detalhes, excepto assinalar que se nós somos de Cristo então somos filhos de Abraão (Gálatas 3:29), e Abraão é “o pai dos fiéis” (Gálatas 3:7); que Abraão foi chamado a sacrificar ao seu único (legítimo) filho e esteve disposto a fazê-lo (Gênesis 22:2), tal como Deus deu ao Seu único filho gerado, Jesus Cristo, pelos pecados do mundo; que Rebeca, a esposa de Isaque, é o símbolo da Igreja e teve que se apaixonar dele e aceitá-lo como esposo antes de o ver com os seus olhos; e que Isaque nasceu por uma promessa e por um milagre de Deus, tal como Jesus nasceu milagrosamente da virgem Maria.

Isaque teve filhos gêmeos, Esaú e Jacó. Esaú foi o primogênito e como tal, o herdeiro legal da primogenitura. Mas ele a subestimou, optando por vendê-la ao seu irmão Jacó.

Esaú vende a primogenitura

Deus tinha escolhido a Jacó, para que possuísse as promessas, antes do nascimento dos gêmeos. Mas Jacó, influenciado pela sua mãe, não confiou no Eterno, recorrendo ao engano para arrebatar as promessas a Esaú.

O Eterno tinha dito a Rebeca, com respeito a Esaú e Jacó, que eles seriam os progenitores de duas nações: “Duas nações há em teu seio, e dois povos serão divididos desde as tuas entranhas; e um desses povos será mais forte do que o outro e o maior servirá ao menor” (Gênesis 25:23).

Os seus descendentes pois, teriam de formar dois povos diferentes. A história de como Jacó adquiriu a primogenitura de forma fraudulenta e prematura, continua em Gênesis 25:27-34.

“E cresceram os meninos: e Esaú se converteu num grande caçador, homem do campo; mas Jacó era varão simples, que habitava em tendas. E amava Isaque a Esaú, porque comia da sua caça: mas Rebeca amava a Jacó. E Jacó havia feito um guisado; e voltando Esaú do campo, cansado, disse a Jacó: Rogo-te que me dês a comer desse refogado vermelho, pois estou muito cansado; portanto, foi chamado o seu nome Edom.

“Edom” significa literalmente “guisado vermelho”. Esta será outra “chave” para compreender as profecias bíblicas e o leitor deve recordar sempre que “Edom” se refere a ESAÚ. Muitas profecias sobre o tempo actual e futuro falam de Edom. Elas somente podem ser entendidas se soubermos que se referem aos descendentes de Esaú, primariamente a actual nação Turca.

“E Jacó respondeu: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura. Então disse Esaú: Eis que eu vou morrer; para que pois, me servirá a primogenitura? E disse Jacó: Jura-me neste dia. E ele lhe jurou e vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó. Então deu Jacó a Esaú pão e o guisado de lentilhas; e ele comeu e bebeu, se levantou e seguiu o seu caminho: assim foi que Esaú rejeitou a sua primogenitura.” Mais tarde, Jacó, subtilmente lhe roubou também a Esaú a sua bênção. A história deste engano aparece no capítulo 27 de Gênesis.

O engano de Jacó

Já Isaque era velho e a vista lhe falhava. Acercando-se ao final da sua vida, chamou a Esaú para lhe pedir que saísse ao campo, trouxesse alguma caça, fizesse um guisado saboroso e lhe desse a ele. Então lhe daria a bênção confirmando o direito de primogenitura.

Mas Rebeca estava escutando e mandou a Jacó que rapidamente trouxesse dois cabritos. Ela os guisou da maneira que Isaque gostava. Depois vestiu a Jacó com roupas de Esaú. Jacó era imberbe e seu irmão peludo; por isso, a sua mãe lhe cobriu as mãos, os braços e parte do pescoço com as peles dos cabritos.

Disfarçado deste modo e com o seu refogado de cabrito, Jacó entrou a receber a bênção de seu pai. “E Jacó disse a seu pai, eu sou Esaú teu primogênito” (Gênesis 27:19).

Isaque se surpreendeu de que ele tivesse trazido a caça tão prontamente e começou a suspeitar. Jacó mentiu de novo, assegurando que o Eterno lhe tinha levado a presa, mas Isaque detectou a voz de Jacó.

“E Isaque disse a Jacó, Acerca-te agora, te peço filho meu para que te toque, para ver se és o meu filho Esaú ou não. E se acercou Jacó a seu pai Isaque, o qual o apalpou e disse: A voz, é a voz de Jacó, mas as mãos, são as mãos de Esaú. E não o reconheceu, porque suas mãos eram peludas tal como as mãos de Esaú: e o abençoou” (versículos 21-23).

O que estava incluído na primogenitura

Agora veja cuidadosamente o que estava incluído nessa bênção!

“E lhe disse Isaque seu pai: Acerca-te agora e beija-me, filho meu. E Jacó se acercou e o beijou; e cheirou Isaque o cheiro dos seus vestidos e o abençoou dizendo: Vês, o cheiro do meu filho, é como o cheiro do campo que o Eterno abençoou; Deus, pois, te dê do orvalho do céu e das gorduras da terra e abundância de trigo e de mosto. Sirvam-te povos e nações se inclinem a ti; sê senhor de teus irmãos e se inclinem ante ti os filhos de tua mãe. Malditos os que te amaldiçoarem e benditos os que te abençoarem” (Gênesis 27:26-29).

Note bem! Materialísticas promessas, todas elas de natureza nacional! Nem uma delas tem a ver com salvação. Não têm que ver com vida depois da morte. Aqui não há nada de índole espiritual! Todas elas dizem puramente respeito a esta presente vida carnal! Prosperidade nacional—chuvas, abundância de trigo e de mosto, as gorduras da terra, (isto é, terras férteis)—possessões, ganhos. “Nações se inclinem a ti!” “Sirvam-te povos.”

Quando Esaú regressou e viu que o seu irmão o tinha suplantado, sentiu grande amargura e suplicou a seu pai que o abençoasse a ele também. Mas Isaque já não podia invalidar a bênção dada a Jacó. Então pronunciou a seguinte profecia sobre Esaú:

“Eis que, a tua habitação será nas [tradução correcta: longe das] gorduras da terra e do orvalho dos altos céus; e pela tua espada viverás e a teu irmão servirás; e sucederá que quando te fortaleças, sacudirás o seu jugo do teu pescoço. E Esaú odiou a Jacó …” (versículos 39-41).

No versículo 39 citado atrás, a preposição Hebraica min deveria traduzir-se, não “nas” mas sim “longe das.” Em realidade, a profecia para Esaú, foi mais uma maldição do que uma bênção. Actualmente as palavras Hebraicas têm um duplo significado e ambos aconteceram aos descendentes de Esaú.

Profecia para a Turquia

Os escassos registros da história, unidos a outras provas, mostram que muitos dos descendentes de Esaú se tornaram conhecidos como Turcos. Portanto, devemos recordar que as profecias para os últimos tempos referindo a Edom ou Esaú, geralmente se referem à nação Turca.

Na profecia de Isaque, pronunciada pouco antes de morrer, ele indicou que chegaria um momento em que os descendentes de Esaú teriam domínio e romperiam o jugo dos Israelitas. Isso aconteceu. Os filhos de Israel, por causa do pecado foram afastados da terra prometida, que era parte da primogenitura. Os turcos atingiram poderío e domínio e durante muitos séculos, possuíram essa terra. Esses descendentes, o povo Turco, ocupou a Palestina 400 anos antes de esta ser tomada pela Inglaterra, em 1917. Os descendentes de Esaú sempre cobiçaram essa terra, a promessa central dos direitos da primogenitura!

Verdadeiramente os Turcos sempre têm vivido pela espada!

Uma lição para nós

Voltando ao fio da nossa história. Antes de que Jacó nascesse Deus tinha revelado à sua mãe que Jacó deveria receber a primogenitura. Mas ela, em vez de esperar que o Eterno realizasse isto à sua maneira, planeou com Jacó a maneira de obter a primogenitura por meio da mentira e do engano.

Aqui está uma lição para nós hoje. Tal como Isaque é, de certa forma, o símbolo de Cristo, também Rebeca é, da mesma forma, o símbolo da Igreja em quem ainda permanece debilidade espiritual e carnalidade.

Às vezes somos demasiado impacientes. Pedimos ao Todo Poderoso algo que Ele promete na sua Palavra e queremos ditar-Lhe a Ele como e quando o deve realizar! Temos que aprender a “esperar a que o Senhor actue.” Ele sempre faz as coisas à Sua maneira e no Seu próprio tempo. Além disso, Ele nos diz, que os Seus caminhos não são os nossos caminhos! Uma vez que deixamos algo em mãos do Todo Poderoso, tenhamos não somente confiança, mas também respeito por Ele e deixemos o assunto nas Suas mãos.

Se Jacó tivesse confiado no Eterno, em vez de tomar as rédeas ele mesmo da forma errada, teria recebido a primogenitura de forma mais honorável. Tal como ocorreu, Jacó cujo nome significa “suplantador”, viu-se em muitas dificuldades—mais do que os seus predecessores—para conseguir a bênção de Deus sobre a desejada posse.

Teve que suportar anos de provas e dificuldades—de lutar toda a noite com um anjo (Gênesis 32:24-29)—de confessar que efectivamente era um “suplantador”—para que por fim Deus lhe desse a Sua bênção, e lhe retirasse o seu vergonhoso nome e lhe desse outro novo nome, sem mancha, Israel—o qual significa “prevalecedor” ou “triunfador com Deus.”

E assim nós vimos como as promessas foram passando de um indivíduo a outro, de Abraão a Isaque e de Isaque a Jacó. Não houve ramificações até aos dias de Jacó. Durante três gerações foi “a nação de um só homem quem recebeu a bênção da primogenitura.” Mas Jacó teve doze filhos e atraves deles se deu origem a uma grande nação e a um conjunto de nações.

Rúben perde a primogenitura

O seguinte herdeiro legal da primogenitura era Rúben, filho mais velho de Israel e da sua primeira esposa Lia. Mas Rúben ao igual que Esaú, também a perdeu. E José, o décimo primeiro filho de Jacó, mas primogênito de Raquel, a sua segunda e verdadeiramente amada esposa, foi quem a recebeu.

A primogenitura pertencia legalmente a Rúben, não a José. A Bíblia nos narra em 1 Crônicas 5:1-2 como ela chegou às mãos de José: “Os filhos de Rúben, primogênito de Israel (porque ele foi o primogênito, mas como violou o leito de seu pai, os seus direitos de primogenitura foram dados aos filhos de José, filho de Israel e a sua genealogia não foi contada como primogênito. Porque Judá prevaleceu sobre os seus irmãos e dele saiu o seu príncipe; mas a primogenitura foi de josé).” A este ponto pois, as duas fases das promessas Abraamicas se separam—por um lado a primogenitura, ou seja as promessas materiais e nacionais e por outro lado o ceptro, ou seja as promessas espirituais e aquelas relativas à linhagem real.

É de primordial importância recordar que a primogenitura, incluindo a terra prometida agora chamada Palestina, tal como a certeza de uma enorme população, prosperidade nacional e predomínio sobre outras nações, foi agora dado a josé e aos seus filhos.

Entenda isto bem! Esta primogenitura não foi herdada por todas as tribos de Israel! Não foi dada aos Judeus! Estas tremendas promessas foram dadas somente a uma parte dos Israelitas—os descendentes de José!

Portanto, as promessas materiais referentes a esta vida, pertencem a uma tribo totalmente diferente daquela que possui a promessa do ceptro, ou seja da linhagem real que culmina com Jesus Cristo, cuja promessa espiritual, pertencia à tribo de Judá!

Para resumir, deve ficar muito claro que houve dois tipos de promessas. As promessas a respeito de Cristo corresponderam a Judá, mas as promessas nacionais e materiais corresponderam a outra tribo totalmente diferente, a de José.

Tenha isto em mente. Esta é uma chave essencial para o entendimento da Bíblia.

Jacó morreu estando com os seus filhos no Egipto. Nós assumimos que o leitor já deve conhecer a história de José, em como os seus irmãos o venderam para o Egipto. Em como ele se tornou encarregado de administrar os alimentos e de seguida primeiro ministro, segundo em linha de comando depois do rei e verdadeiro governante da nação; como houve sete anos de abundância seguidos de sete anos de fome, durante os quais somente o Egipto tinha alimentos, armazenados sob a supervisão de José; como os irmãos de José viajaram ao Egipto em busca de alimento; como José os induziu a trazer ao seu pai e ao seu irmão menor Benjamim; e por último, como José revelou a sua identidade aos seus irmãos, entre pranto e regozijo.

Quão profético foi tudo aquilo! A identidade de José tem de ser revelada novamente aos seus irmãos e ao mundo. Uma identidade que é ainda desconhecida para o mundo!

A primogenitura para os filhos de José

Chegou o momento de transmitir a primogenitura a uma nova geração. Vejamos como ocorreu a dramática cena.

Aconteceu no Egipto, depois de José ter conseguido levar para lá ao seu pai e a todos os seus irmãos. Recordemos que José era primeiro ministro da nação.

José recebeu a notícia de que o seu pai estava doente. Tomando com ele aos seus dois filhos, Manassés e Efraim, filhos de mãe Egípcia, correu ao leito do patriarca moribundo.

“Então se esforçou Israel e se sentou sobre a cama. E Jacó disse a José: O Deus Omnipotente me apareceu em Luz na terra de Canaã e me abençoou. E me disse: Eis que te farei crescer e multiplicar e te porei por estirpe de nações; e darei esta terra à tua descendência depois de ti em possessão perpétua” (Gênesis 48:2-4).

Note cuidadosamente estas promessas!

A primogenitura ia passar a uma nova geração. Repare que nada se diz no sentido de todas as famílias da Terra serem abençoadas na sua semente—uma semente. Nada é dito a respeito de reis. Nada se menciona a respeito de bênçãos espirituais. Estas promessas são da primogenitura. Estas são promessas de muitos descendentes—uma multidão de pessoas e povos—e de possessão da terra prometida. Agora continuemos.

“E agora os teus dois filhos Efraim e Manassés que te nasceram na terra do Egipto, antes que eu viesse a ti à terra do Egipto, meus são; tal como Rúben e Simeão, eles serão meus” (versículo 5).

Desta forma, Jacó adoptou aos dois filhos de José e os tornou legalmente seus filhos. Sem dúvida ele o fez, porque eles tinham sangue Egípcio. Israel os converteu em seus próprios filhos adoptivos para que a primogenitura pudesse passar para eles. Note também, que no primeiro versículo deste capítulo 48 de Gênesis, o nome de Manassés é mencionado primeiro, porque Manassés era o mais velho. Mas agora o ancião Jacó mencionou primeiro o nome de Efraim. Era Deus quem o guiava!

Jacó disse a José: “Acerca-os agora a mim e eu os abençoarei. E os olhos de Israel estavam tão agravados pela velhice, que não podia ver” (versículos 9-10).

Recorde que a primogenitura pertence legalmente ao filho maior, salvo alguma intervenção divina. O herdeiro da primogenitura, ao receber a benção sobre si, deveria ter tido a mão direita de Jacó colocada sobre a sua cabeça. Por isso é que, “José os tomou a ambos, Efraim à sua direita, à esquerda de Israel, e Manassés à sua esquerda, à direita de Israel e os acercou a ele” (versículo 13).

O nome de Israel passa aos filhos de José

Mas novamente o Eterno interveio no momento de conferir este direito de primogenitura! Jacó tinha perdido a vista a tal ponto que não discernia aos moços diante dele, no entanto cruzou as suas mãos e “estendeu a sua mão direita e a pôs sobre a cabeça de Efraim, que era o mais novo e a sua mão esquerda sobre a cabeça de Manassés, colocando assim as suas mãos intencionalmente, porque Manassés era o primogênito. E abençoou a José, dizendo: O Deus em cuja presença andaram os meus pais Abraão e Isaque, o Deus que me mantém desde que eu sou até este dia, o Anjo que me liberta de todo o mal, abençõe a estes jovens; e seja perpetuado neles o meu nome e o nome dos meus pais Abraão e Isaque e se multipliquem em grande maneira no meio da terra” (Gênesis 48:14-16).

Quem teria de multiplicar-se em grande maneira? Quem teria de ter a numerosa descendência que somaria milhares de milhões? Não era Judá o pai dos Judeus—repare nisto!—mas sim Efraim e Manassés! Por quê os dirigentes religiosos e estudiosos da Bíblia não captaram esta verdade exposta tão claramente nas Sagradas Escrituras?

Note que Israel não conferiu esta bênção a um só senão a ambos—”Abençõe a estes jovens,” disse ele. Esta benção foi para eles em conjunto: “Seja perpetuado neles o meu nome” era parte dessa benção. O seu nome era ISRAEL. Portanto, o nome de Israel não passou aos Judeus, descendentes de Judá, mas sim aos descendentes destes jovens. Fica, pois, claro que o nome Israel teria de ser atribuído a Efraim e a Manassés! Um facto chocante—mas no entanto provado, diante dos seus próprios olhos! E recorde que estas passagens não requerem “interpretação” nem escondem nenhum “significado especial” ou “simbolismo oculto” para que você as entenda! Trata-se de uma afirmação clara e firme de que o nome de Jacó, mudado para Israel, se tornaria possessão e propriedade—o rótulo que identificaria os povos de Efraim e de Manassés!

Então, quem é segundo a Bíblia, o verdadeiro Israel de hoje (racial e nacionalmente)?

Efraim e Manassés!

Juntos, Efraim e Manassés receberam o direito ao nome de israel. Este teria de converter-se no nome nacional dos seus descendentes. E os seus descendentes nunca foram os Judeus! Fixe este facto firmemente na sua mente!

Portanto, muitas das profecias a respeito de “Israel” ou “Jacó” não se estão referindo aos Judeus nem às nações formadas pelos descendentes de outras tribos Israelitas. Marque isso bem! Poucos são os teólogos, religiosos ou estudiosos da Bíblia que na actualidade conhecem esta verdade. Muitos deles recusam reconhecê-la!

Em conjunto, os descendentes destes dois jovens, Efraim e Manassés, teriam de converter-se numa grande multidão prometida—uma nação e um conjunto de nações. Essas bençãos materiais são derramadas sobre eles em conjunto. Estas são bênçãos colectivas para ambos—mas não para as outras tribos!

Jacó cruza as mãos

Nesse momento José notou que Jacó não tinha a sua mão direita sobre a cabeça do primogênito. Então tratou de a mudar.

E disse José a seu pai, “Não assim meu pai, porque este é o primogênito: põe a tua mão direita sobre a sua cabeça.” Mas o seu pai não quis e disse, ” Eu sei, filho meu, eu sei; mas também ele [Manassés] se tornará um povo e será grande também; mas o seu irmão menor será maior do que ele e a sua descendência formará uma multidão [ou, um conjunto] de nações. Assim os abençoou naquele dia, dizendo: Em ti abençoarei Israel, dizendo: Deus te faça como a Efraim e como a Manassés. E pôs a Efraim antes de Manassés” (Gênesis 48:18- 20). A este ponto as promessas deixam de ser colectivas, já não se fazem conjuntamente aos dois jovens. Jacó profetiza agora com as bençãos para cada um, individualmente.

Como vimos no capítulo anterior, a descendência numerosa teria de formar “uma nação e um conjunto de nações.” Agora vemos que a “nação” que se tornaria verdadeiramente grande, sairia de Manassés, filho de José. O conjunto de nações sairia de Efraim. Note que antes das promessas serem divididas, esta bênção profética indica claramente que os descendentes destes jovens permaneceriam juntos e que juntos cresceriam até formar uma multidão, para depois se separarem. Manassés se converteria numa grande nação e Efraim num maior conjunto de nações.

Este é outro detalhe das futuras características nacionais destes povos. O cumprimento desta profecia não se acharia nos filhos de Judá. Nem nos descendentes de nenhuma das outras doze tribos.

A promessa de uma futura grande nação e de um conjunto de nações, que em união formariam uma grande multidão com enorme prosperidade material e nacional e possuiriam as “portas” das outras nações da terra, se aplica unicamente a estes dois jovens e às tribos que deles saíram.

Nós devemos adicionar também aqui, que as tribos de Efraim e Manassés nunca atingiram tal superioridade em tempos da história Bíblica. Alguns pensarão que a casa de Judá foi a nação e as 10 tribos o conjunto de nações. Mas nenhuma destas promessas foi para Judá. Nem teriam de ser cumpridas em nenhuma das outras tribos, excepto a dupla porção de José, as duas tribos de Efraim e Manassés!

Foi Efraim que se converteu num conjunto, ou multidão de nações e Manassés quem teria de se converter numa única e grandiosa nação. E estas profecias nunca se cumpriram neles em tempos Bíblicos. Portanto, temos que procurar o seu cumprimento entre o final do relato histórico da Bíblia e o tempo actual!

Profecia para hoje

Estando ainda em espírito de profecia, Jacó reuniu os seus 12 filhos para lhes dizer como seria a descendência de cada um deles nos “últimos dias.”

Estas profecias devem ajudar-nos a identificar aos actuais descendentes das tribos de Israel—porque certamente estes são os últimos dias! Por falta de espaço, falaremos aqui somente de Judá e José. Os descendentes de José estavam divididos em duas tribos, Efraim e Manassés e a Bíblia costuma chamá-los por estes dois nomes em vez de “José.” O facto de que aqui se nomeie a estas duas tribos como “José,” indica claramente que a profecia se aplica a ambos.

“E chamou Jacó aos seus filhos e disse: Juntai-vos e vos declararei o que vos tem de acontecer nos dias vindouros … Judá, a ti te louvarão os teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço dos teus inimigos; os filhos de teu pai se inclinarão a ti. Judá é um leãozinho; da presa subiste, filho meu. Encurva-se e se deita como leão e como um leão velho: quem o despertará? O ceptro não se afastará de Judá, nem o legislador de entre os seus pés, até que Siló venha; e a ele se congregarão os povos” (Gênesis 49:1, 8-10). A palavra Siló aqui se refere ao Messias, o Príncipe da Paz ou a “semente” de Abraão.

Promessa para José

Com respeito a José, as tribos conjuntas de Efraim e Manassés, Israel profetizou para os nossos tempos: “Ramo frutífero é José [isto reflete a promessa das multidões incluídas na primogenitura], ramo frutífero junto a uma fonte, cujos ramos se estendem sobre o muro” (Gênesis 49:22).

Portanto, temos de encontrar aos filhos de José nos últimos tempos convertidos num povo numeroso, uma grande nação e um conjunto de nações, cujos ramos ou filhos “se estendem sobre o muro”—isto é, se estendem para além das fronteiras nacionais—em outras palavras, como um povo colonizador! Depois a profecia continua com José para estes “últimos dias”: “… o Deus Todo Poderoso, … te abençoará com bênçãos dos altos céus, com bênçãos do abismo que está abaixo, com bênçãos dos seios e do ventre. As bênçãos de teu pai excederão as bênçãos de meus pais, até à extremidade dos montes eternos; Elas estarão sobre a cabeça de José e sobre o alto da cabeça do que foi apartado de entre seus irmãos” (versículos 25-26).

Veremos que estes descendentes de José, possuidores das promessas da primogenitura, se converteram efectivamente num povo numeroso e colonizador, eles se estenderam “ao ocidente, ao oriente, ao norte e ao sul” até que cobriram todo o mundo, e possuíram as “portas” das nações inimigas—jamais regressaram a Jerusalém desde a Assíria, para onde foram levados com as dez tribos depois do ano 721 A.C. e nunca mais se misturaram com os Judeus desde esse tempo! Estas são promessas e profecias que nunca foram cumpridas pelos Judeus, pela Igreja, pelos Índios Americanos, nem por nenhum imaginário parceiro do Israel moderno. Mas elas já se cumpriram na actualidade, porque a Palavra de Deus é certa!

Chapter 5: A aliança Davídica

Depois da morte de Jacó e dos seus doze filhos estarem no Egipto durante duzentos e cinquenta anos, os seus descendentes aumentaram a uma população provavelmente de dois a três milhões.

Mas os filhos de Israel foram escravizados: “E morreu José e todos os seus irmãos, e toda aquela geração. E os filhos de Israel frutificaram, aumentaram muito e se multiplicaram e se fortaleceram em extremo, de uma maneira que a terra se encheu deles. E se levantou sobre o Egipto um novo rei que não conheceu a José… E os Egípcios fizeram servir aos filhos de Israel com dureza e amarguraram a sua vida com dura servidão …” (Êxodo 1:6-8, 13-14).

Então Deus levantou a Moisés e o preparou de uma forma especial para retirar os filhos de Israel da escravatura no Egipto.

Quando eles chegaram ao Monte Sinai no deserto peninsular, Deus fez uma aliança com eles e os estabeleceu como uma nação—a Sua nação—de entre todos os reinos do mundo. O Seu governo era teocrático, com leis civis, bem como leis religiosas espirituais, procedentes directamente de Deus. Ele mesmo era o seu Rei e os governava por meio de um sistema de juízes.

O primeiro Rei de Israel foi Deus

Deus era o único Rei de Israel! O reino de Israel era ao mesmo tempo igreja e estado. Actos 7:38 nos diz que os Israelitas formavam a igreja no deserto. A palavra “congregação” de Israel usada por todo o Antigo Testamento, tem exactamente o mesmo significado da palavra “igreja” no Novo Testamento. Portanto, Israel tinha mais de um código de leis. Deus lhe deu uma dupla forma de governo. À congregação ou igreja foram dadas as leis rituais—tal como sacrifícios de animais, oferendas de carnes e bebidas e outras ordens carnais.

Mas Israel também tinha um governo civil, para o qual Deus estabeleceu servidores públicos e leis civis—estatutos e juízos. O grande código central, base tanto do governo civil, como do eclesiástico—o total código espiritual—eram os dez mandamentos, pronunciados pessoalmente por Deus ante toda a congregação e escritos pelo seu próprio dedo em tábuas de pedra.

Depois do êxodo do Egipto, Deus foi seu Rei durante várias gerações! (Esta história se encontra nos livros de Moisés, Josué e Juízes.) Cada tribo vivia separadamente, mas em conjunto formavam uma só nação, da mesma maneira que os Estados Unidos formam uma só nação composta por muitos estados individuais.

Cada tribo ocupava o seu próprio território ou distrito. Os Levitas eram uma tribo sacerdotal e estavam misturados entre as demais tribos, pois não tinham parte na herança da terra, nem território próprio (com excepção de algumas cidades). Para compensar isto, os filhos de José estavam divididos em duas tribos—Efraim e Manassés—distinguindo-se assim em 12 tribos separadas, cada uma com o seu próprio território ou província, além dos Levitas que estavam espalhados entre todas as tribos.

Durante todos estes anos, a primogenitura e o ceptro permaneceram dentro desta nação unida—a primogenitura sendo transmitida através das tribos de Efraim e Manassés e o ceptro em Judá.

Descontentes com Deus

Os filhos de Israel eram humanos, tal como qualquer um de nós. Murmuravam e se queixavam continuamente. As suas mentes carnais eram hostis para com Deus e para com as Suas leis, tal como as mentes humanas actuais (Romanos 8:7). Rapidamente se cansaram de ter a Deus como seu Rei e exigiram a nomeação de um homem, à semelhança das nações Gentias ao seu redor. Assim também hoje nós, queremos ser como os não Cristãos que nos rodeiam, em vez de nos submetermos estrictamente aos caminhos de Deus, tal como somos instruídos na Sua Palavra! A natureza humana sempre tem sido assim.

Quando os anciãos de Israel vieram até Samuel exigindo a nomeação de um homem como rei, isto naturalmente desagradou a Samuel, seu profeta. Mas o Eterno lhe disse: “Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, porque não te rejeitaram a ti, antes a mim me rejeitaram, para que Eu não reine sobre eles … Agora pois, ouve a sua voz, mas adverte-os solenemente e mostra-lhes como os tratará o rei que reinará sobre eles” (1 Samuel 8: 7-9).

Saul foi o seu primeiro rei humano. Ele desobedeceu a Deus e por último, foi rejeitado. Posteriormente foi morto em batalha. O seu único filho sobrevivente, Is-Bosete, foi assassinado depois de ter reinado somente dois anos (2 Samuel 2:10). No entanto, Is-Bosete nunca reinou sobre Judá. A dinastia de Saul terminou depois de um breve reinado sobre uma parte de Israel. Assim foi como Deus o rejeitou a ele. A sua dinastia foi eliminada.

A dinastia de David para sempre

David sucedeu a Saul, sentando-se sobre o trono do Eterno. Salomão, filho de David, o sucedeu e também se sentou sobre o trono de Deus. “E se sentou Salomão por rei no trono do Eterno em lugar de David seu pai” (1 Crônicas 29:23; ver também 2 Crônicas 9:8).

Devo sublinhar aqui um facto muito importante. Antes de Saul, o Eterno tinha sido Rei sobre Israel. Esses reis humanos estavam sentados sobre o trono Dele. O Eterno—“o senhor”—é Jesus Cristo, o qual estava com o Pai desde antes que o mundo existisse (João 17:5; 1:1-2, 14). Jesus é ao mesmo tempo a “raiz” e a “descendência” de David (Apocalipse 22:16). Uma vez que Ele é a “raiz”, o trono já Lhe pertencia antes que David nascesse; portanto, David se sentou sobre o trono do Eterno. Em segundo lugar, já que Jesus Cristo era o filho legítimo e carnal de David, por herança se tornou novamente merecedor daquele trono, continuando assim a dinastia de David. Por isso, quando Jesus Cristo regresse à Terra, terá duplo direito ao trono de David!

Chegamos agora a um facto incrível—fantástico—quase inacreditável, mas verdadeiro! Enquanto David foi rei, Deus fez com ele uma aliança perpétua e incondicional que Deus não pode quebrar jamais! Esta aliança é ainda mais assombrosa e menos entendida, que a aliança incondicional realizada com Abraão!

Há que entender muito claramente e reter na memória, exactamente qual foi a aliança que o Todo Poderoso fez com David. Esta aliança assinala o propósito e a missão de Cristo—é uma chave importante para compreender a Bíblia!

Em 2 Samuel 23:1, 5, lemos o seguinte: “Estas são as últimas palavras de David … Deus … fez comigo uma aliança perpétua, que em tudo será bem ordenada e guardada.” Isto é, uma aliança que tem de perdurar para sempre e que não pode falhar!

Voltemos ao capítulo 7 de II Samuel para alguns detalhes específicos. Deus fez a David esta promessa da aliança, quando David estava preocupado porque o Arca da Aliança permanecia num tabernáculo. David queria construír um grande templo em Jerusalém.

“Aconteceu naquela noite, que veio a palavra do Eterno a Natã, dizendo: Vai e diz ao meu servo David: Assim disse o Eterno: Edificar-me-ás tu uma casa para minha habitação? … quando os teus dias sejam completos e durmas com os teus pais, então eu levantarei depois de ti a um da tua descendência [Salomão], o qual procederá das tuas entranhas e estabelecerei o seu reino. Ele edificará uma casa ao meu nome e eu confirmarei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por pai e ele me será por filho. E se ele transgredir, eu o castigarei com vara de homens e com açoites de filhos de homens; mas a minha misericórdia não se apartará dele como a apartei de Saul, ao qual retirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti: o teu trono será estabelecido para sempre” (2 Samuel 7:4-5, 12-16).

Detalhes a ter em conta

Note cuidadosamente os seguintes pontos:

1) O trono de David foi estabelecido com o seu filho Salomão.

2) O trono de David (versículo 16) foi estabelecido para sempre a partir de Salomão (versículo 13). Em nenhuma parte diz que Deus estabeleceria o trono com Cristo, na Sua vinda, mas sim que ele seria confirmado para sempre em Salomão.

3) E se Salomão ou os filhos de Israel desobedecessem? Cessaria a aliança?

Os versículos 14-15 dizem que se eles cometessem iniquidade, Deus os castigaria com vara de homens, mas não anularia esta aliança. O trono permanecerá para sempre da mesma maneira!

4) Note especialmente, que em caso de desobediência, Deus não tiraria o trono como o retirou de Saul. Como o tirou Ele a Saul? Terminando a sua dinastia! Nenhum filho de Saul se sentou jamais sobre o seu trono. Por outro lado, a dinastia de Salomão não teria final. O castigo pela desobediência seria o castigo às mãos de homens.

5) Deus estabeleceu o Seu trono firmemente com David e com Salomão. Se o trono de David deixasse de existir, ainda que somente pelo espaço de uma geração, poderíamos nós afirmar que ele tinha sido estabelecido para sempre como Deus o prometeu?

Aqui está um facto tão pouco compreendido como qualquer outro na Bíblia! O Deus Todo Poderoso fez uma aliança absolutamente obrigatória—e veremos exactamente quão obrigatória—garantindo incondicionalmente a David que a partir daquele momento, jamais haveria uma geração sem um descendente seu, numa inquebrável dinastia, sentado sobre esse trono de David e governando sobre os filhos de Israel! Era a promessa garantida de uma dinastia contínua e inquebrável—por todas as gerações—para sempre.

Isto é difícil de acreditar! No entanto, Deus assim o prometeu e garantiu. Não houve condições. Nada poderia impedi-lo. Os pecados do povo nada alterariam. A promessa permaneceu imutável!

O final da história

Mas onde se encontra hoje aquele trono?

A história Bíblica apresenta uma série de reis, todos descendentes de David, que perpetuaram uma dinastia contínua até ao Rei Zedequías. Mas no ano 585 A.C. este último rei do relato bíblico que se sentou sobre aquele trono, foi capturado pelos exércitos do rei da Babilônia, Nabucodonosor, os seus olhos lhe foram arrancados e ele foi levado para a Babilônia onde morreu prisioneiro!

Além disso, todos os seus filhos foram mortos! Todos os nobres de Judá que não estavam já presos ou escravizados na Babilônia foram assassinados, de modo que nenhum sobreviveu para ocupar o trono de David! Os Caldeus destruíram Jerusalém, queimaram o Templo e as casas reais e levaram para a Babilônia aos Judeus, cativos e escravos. Certamente não há constância de nenhum rei da linhagem de David que tenha governado sobre Judá desde aquele dia até hoje. No entanto, a linhagem de Joaquím até Jesus—sobreviveu no cativeiro Babilônico—portanto Jesus era descendente de David.

Alguns no entanto dirão, que o trono está hoje estabelecido em Cristo. Mas Ele ainda não tomou posse do trono! Na parábola de Lucas 19:12, Jesus é o nobre que vai a um país longínquo (o céu) para receber o direito a um Reino e depois regressar. Jesus Cristo não se sentará sobre o trono de David, até que venha à Terra pela segunda vez, ainda no futuro!

Mas o que passou durante os 600 anos desde a morte do rei Zedequías até ao nascimento de Cristo? Quem reinou sobre os Israelitas ocupando o trono de David durante todas essas gerações? Se ninguém reinou devemos concluír que Deus não cumpriu a Sua Palavra, ou que a Escritura foi quebrada!

A resposta é um mistério mais incrível do que qualquer história de ficção! A Bíblia o revela, passo a passo.

Mas então, alguns apontarão para a expressão “Eu estabelecerei” (2 Samuel 7:13) e concluirão que talvez Deus quis dizer que na segunda vinda de Cristo Ele estabeleceria esse trono para sempre. Mas isto também não é uma explicação aceitável. Pois se o trono de David deixou de existir durante todos estes séculos, das mãos de quem o receberá Cristo? Deus Prometeu claramente que estabeleceria o trono em Salomão: “Eu estabelecerei para SEMPRE o trono do seu [de Salomão] reino.” Ele não estava falando de o estabelecer em Cristo muitos séculos mais tarde—na Sua segunda vinda. Ele estava falando de Salomão—não de Cristo, pois Deus disse: “E se ele transgredir, eu o castigarei” (2 Samuel 7:14).

Mas existe outra escritura que põe fim a toda a especulação a respeito de quando este trono foi estabelecido: «Ouvi-me, Jeroboão e todo o Israel. Não sabeis vós que o Eterno Deus de Israel deu a David o reino sobre Israel para sempre, a ele e aos seus filhos, por uma aliança de sal?” (2 Crônicas 13:4-5). Aqui se demonstra que o trono foi estabelecido no passado! Deus lhe deu este reino a David e aos seus filhos—não ao seu Filho, Cristo, mas seus filhos, no plural—continuamente e para sempre.

Estabelecido por todas as gerações

“Fiz uma aliança com o meu escolhido e jurei a David meu servo, dizendo: Para sempre confirmarei a tua descendência [dinastia] e edificarei o teu trono de geração em geração” (Salmo 89:3-4). Note isto! Este trono, estabelecido para sempre, foi criado para todas as gerações. Deus estabeleceu esse trono, principiando com David e Salomão. Nós temos a história disso por várias gerações—pelo menos até ao Rei Zedequías em 585 A.C.

Este trono foi estabelecido por todas as gerações de maneira contínua e perpétua, para sempre! O termo “todas as gerações” certamente deve incluír as gerações desde Zedequías até ao nascimento de Cristo. Quem ocupou esse trono durante essas gerações?

Cristo não está agora sentado nesse trono, mas sim no trono do Deus Todo Poderoso, no céu (Apocalipse 3:21).

Então, que sucede com esta presente geração? Onde está um descendente de David sentado em linha de sucessão ininterrupta sobre o trono de David e reinando sobre os filhos de Israel?

Podemos nós estranhar que algumas pessoas tenham perdido a sua fé na Bíblia? Elas podiam ver estas promessas incondicionais, mas não conseguiram reconhecer o seu cumprimento. No entanto, se tivermos paciência, nós o veremos!

Continuemos no Salmo 89, versículo 28: “Para sempre lhe conservarei a minha misericórdia e a minha aliança com ele será firme. Estabelecerei a sua descendência [dinastia] para sempre e o seu trono como os dias dos céus.

Considere por um momento neste sentido, o significado da palavra “descendência”. Esta descendência [dinastia] não é toda a população dos filhos de Israel. Aqui está falando dos descendentes ou filhos de David. Esses filhos teriam de ser reis. David pertencia à tribo de Judá, que possuía o ceptro, não a primogenitura. Portanto a sua “descendência” seria uma linha de realeza. De maneira que literalmente significa a sua dinastia ou uma linhagem sucessiva de filhos.

Enquanto o seu trono permanece por todas as gerações, como os dias do céu, consideremos o seguinte versículo: “Se os seus filhos deixarem a minha lei e não andarem nos meus juízos; se profanarem os meus estatutos e não guardarem os meus mandamentos; então castigarei com vara as suas transgressões e com açoites as suas iniquidades. Mas não retirarei dele a minha misericórdia, nem faltarei à minha fidelidade. Não quebrarei a minha aliança, nem mudarei o que saiu dos meus lábios. Uma vez jurei pela minha santidade e não mentirei a David. A sua descendência [dinastia] durará para sempre e o seu trono como o sol diante de mim. Como a lua permanecerá para sempre e como uma testemunha fiel no céu” (Salmo 89:30-37).

Aqui está falando dos filhos ou descendentes que poderiam desobedecer e afastar-se da lei de Deus. Alguns hoje, desculpando a sua incapacidade para encontrar esse trono, dizem que a aliança era condicional—que foi quebrada pela desobediência dos filhos de Israel e que portanto o trono deixou de existir. Mas que disse o Todo Poderoso? Que se os filhos desobedeciam e transgrediam, seriam castigados pela sua transgressão—mas que a aliança incondicional de Deus com David não seria quebrada!

Há aqueles que afirmam que Cristo se apoderou do trono. Mas não foi assim. Em vez disso Ele foi crucificado, ressuscitou e ascendeu ao céu. Ele virá e muito pronto, para se sentar nesse trono como Rei de reis e Senhor de senhores. Mas como poderá Ele sentar-se sobre um trono que há muito tempo deixou de existir?

Regressará Jesus Cristo a um trono inexistente?

Se o trono de David deixou de existir com Zedequías, significa que já não existe hoje. E se não existe, como se sentará Jesus Cristo sobre um trono inexistente? (Veja Lucas 1:31-32). E uma vez que devia continuar através de todas as gerações, que passou durante todas essas gerações entre Zedequías e o nascimento de Jesus?

O facto muito importante de que o glorificado Rei de reis está vindo para se sentar sobre um trono existente, é afirmado pelo profeta Jeremías. No capítulo 33 está uma profecia sobre acontecimentos que ocorrerão na altura do regresso de Cristo, em supremo poder e glória! O profeta se encontrava preso em Jerusalém quando escreveu esta profecia. Os exércitos de Babilônia estavam levando cativos aos Judeus. Deus disse a Jeremías: “Eu te ensinarei grandes coisas e ocultas que tu não conheces… a respeito das casas desta cidade e das casas dos reis de Judá, que foram derrubadas …” (versículos 3-4).

Jeremías sabia que as casas dos reis em Jerusalém estavam sendo destruídas—que o trono de David estava sendo removido de Jerusalém. Ele seria, tal como mostraremos mais tarde, o enviado de Deus para retirar o trono de Jerusalém. Mas Deus lhe revelou em seguida algo tranquilizador: O trono de David voltaria outra vez, neste tempo do fim a ser estabelecido em Jerusalém. Deus assegurou ao profeta que o trono continuaria a governar contínuamente sobre os Israelitas, até essa altura. Seria a mesma contínua dinastia. O Messias se sentará sobre um trono existente!

Esta é a profecia daquilo que tem de suceder na vinda gloriosa de Cristo para governar: “Eis que virão dias, diz o Eterno, em que Eu cumprirei a boa palavra que falei a respeito da casa de Israel e da casa de Judá” (versículo 14). Note cuidadosamente! Esta promessa da dinastia contínua de David é uma promessa para a casa de Judá, bem como para a casa de Israel. Desde que se dividiram as duas nações, esse trono ou ceptro não tinha tido nenhuma ligação com Israel—somente com Judá. Mas a promessa que se cumprirá quando Cristo regresse, é tanto para Israel, como para Judá!

Continuando: “Naqueles dias e naquele tempo farei brotar a David um Renovo de justiça [o Messias] e ele executará juízo e justiça na terra” (versículo 15). Aqui fala do reinado de Cristo como Rei de reis. Jesus, descendente de David pelo Seu nascimento humano (Romanos 1:3), era o Renovo de justiça, ou ramo de David.

“Naqueles dias Judá será salvo e Jerusalém habitará segura … Porque assim diz o Eterno: Não faltará a David varão que se sente sobre o trono da casa de Israel” (versículos 16-17). Note isto! Aqui não diz que finalmente não faltaria a David quem se sentasse sobre o trono, depois de 2.500 anos. Aqui diz que jamais—em nenhum momento—durante todas as gerações—faltaria a David um descendente que se sentasse sobre o seu trono!

E sobre quem reinaria?

O trono não sobre os Judeus

Não sobre Judá! Leia isso na sua Bíblia! Durante estes 2.500 anos não faltaria a David quem se sentasse sobre o trono da casa de Israel—não de Judá!

Deus revelou esta profecia a Jeremías no momento em que o trono estava sendo arrancado de Judá. Durante estes 2.500 anos até à segunda vinda de Cristo, teria de ser o trono da casa de israel!

É evidente que depois do regresso de Cristo, Israel oferecerá novamente sacrifícios e ofertas de manjares. A profecia de Ezequiel, desde o capítulo 40 até ao final do livro, fala deste período e menciona tais sacrifícios. Mas por essa altura, a tribo de Levi não terá sido destruída, pois viverão ainda os descendentes daquela tribo sacerdotal. Repare em Jeremías 33:18: “Nem aos sacerdotes Levitas faltará varão que diante de mim, ofereça holocaustos e ofertas de manjares e que faça sacrifícios continuamente.”

Isto não quer dizer que se terão oferecido sacrifícios durante todos estes anos anteriores à vinda de Cristo. Outras escrituras demonstram claramente que os Cristãos não devem oferecer sacrifícios depois de Cristo se ter sacrificado a Si próprio e que eles também não foram oferecidos pelos Judeus, depois da destruição do templo no ano 70 D.C. Mas outras profecias anteriores demonstram igualmente que os descendentes de David, reinariam no trono de David durante todas as gerações, começando com Salomão.

É possível que muitos, se não a maioria, dos chamados ao verdadeiro ministério de Jesus Cristo durante todos estes séculos, tenham sido da tribo de Levi, já que muitos dos Levitas ficaram entre as Dez Tribos—tendo perdido assim a sua identidade—ainda que sabemos que muitos outros permaneceram entre os Judeus.

Notemos agora a obrigatoriedade da aliança de Deus com David: “Assim diz o Eterno: Se puderdes invalidar a minha aliança com o dia e a minha aliança com a noite, de tal maneira que não haja dia nem noite a seu tempo, então poderá também invalidar-se-a minha aliança com o meu servo David, para que não tenha um filho que reine sobre o seu trono …” (Jeremías 33:20-21).

O que as pessoas dizem

Continuemos: “Porventura não tens visto o que este povo está dizendo: As duas gerações que o Eterno tinha escolhido, agora as rejeitou? Assim desprezam o meu povo, como se não fosse mais uma nação diante deles” (versículo 24).

Isto é o que as pessoas têm estado dizendo, tal como o foi profetizado! Dizem que os Judeus foram espalhados entre muitas, se não todas as nações—individualmente dispersos—que já não formam uma nação com governo próprio! E que as Dez Tribos estão supostamente “perdidas”, tendo deixado de existir, ou sendo apenas compostas por Judeus individualmente espalhados. Assim o têm afirmado os próprios Judeus—e assim o diz todo o mundo! Mas, o que diz deus?

Continuemos, no seguinte versículo: “Assim, diz o Eterno: Se a minha aliança com o dia e a noite não permanecer e se eu não puser as leis do céu e da terra, também rejeitarei a descendência de Jacó e de David meu servo, para que Eu não tome da sua descendência [dinastia] e governem sobre a descendência de Abraão, de Isaque e de Jacó; porque Eu os farei regressar do seu cativeiro e terei compaixão deles” (Jeremías 33:25-26).

Uma prova da veracidade da Bíblia

Palavras fortes estas! O Todo Poderoso diz que a não ser que consigamos que esta velha Terra deixe de girar sobre o seu eixo—que possamos retirar o Sol, a Lua e as estrelas do céu, não poderemos impedir do que Ele cumpra a Sua aliança para a manter continuamente através de todas as gerações, para sempre, desde os dias de David e Salomão, através de um descendente de David numa dinastia contínua sobre aquele trono!

Esse descendente, não tem necessariamente de governar sobre toda a casa de lsrael, ou sobre os Judeus—mas sim sobre alguns deles, suficientes como para formar uma nação.

Isto não pode ser usado para dizer que não tem havido um trono contínuo, ou que se aplica somente a “uma semente”—Cristo—regressando finalmente para governar. Note que aqui diz especificamente, “… para que Eu não tome da sua descendência e governem [plural] sobre” Israelitas. Aqui está falando de contínuos, ou múltiplos governantes—não de um governante que virá sentar-se num trono, que tenha deixado de existir 2.500 anos antes! A promessa da aliança feita a David é clara e definitiva. Ou a sua dinastia continuou e existe hoje, reinando sobre a casa de israel (não os Judeus) ou a Palavra de Deus falhou!

Recorde outra vez a promessa do ceptro, a qual inclui esta sucessão de reis que culminará com cristo na Sua segunda vinda: “O ceptro não se afastará de Judá, nem o legislador de entre os seus pés, ATÉ que siló [Cristo] venha; e a ele se congregarão os povos” (Gênesis 49:10).

Foi o ceptro afastado de Judá? Deixou o trono de existir? Ou, tal como Deus prometeu, esse trono ainda existe hoje, vigente e contínuo, sobre o qual Jesus Cristo se poderá sentar quando ele regressar à Terra?

A infalibilidade da Bíblia está em jogo! A Palavra de Deus está em jogo!

Chapter 6: Os filhos de Israel forman duas nações

A casa de Israel não é Judia! Os seus membros não são Judeus e nunca o foram! Agora demonstraremos esse facto de maneira definitiva e irrefutável.

Depois da morte de David, o seu filho Salomão sucedeu-o no trono sobre Israel. Salomão impôs tributos excessivos sobre o povo e reinou com grande esplendor, provavelmente jamais igualado desde essa altura.

Tomou esposas Gentias de outras nações e por causa delas queimou incenso e ofereceu sacrifícios a Moloc e a outros ídolos. Como resultado disso, “Assim disse o Eterno a Salomão: Porquanto houve isto em ti, que não guardaste a minha aliança e os meus estatutos que eu te mandei, certamente romperei de ti o reino e o entregarei ao teu servo. No entanto, não o farei nos teus dias, por amor a David teu pai; mas eu o romperei da mão do teu filho. Mas não romperei todo o reino, senão que darei uma tribo ao teu filho, por amor a David meu servo e por amor a Jerusalém, a qual Eu escolhi” (1 Reis 11:11-13).

Israel separada do trono de David

Note isto! É o reino em si e não parte dele, que teria de ser rompido ou separado. Apenas uma parte, uma tribo teria de permanecer. Agora note—porque aqui mesmo está expressado o grande por quê de todo este assunto—ainda que Salomão merecesse que o reino fosse separado, Deus deixaria uma tribo, não por indulgência para com Salomão, mas sim “por amor a david”!

Deus fez uma aliança perpétua e incondicional com David, a qual Ele não pode e não quebrará. A dinastia de David não pode ser quebrada. Por essa razão a promessa do ceptro continua vigente e ao governante lhe é permitido governar, sem faltar uma só geração, sobre uma parte dos filhos de Israel.

Em 1 Reis 11:26 lemos de Jeroboão, filho de Nebate, um Efrateu ou Efraimita, servo de Salomão. Ele foi constituído governante sobre a “casa de José—ou Efraim e Manassés.

Por meio do profeta Aías, o Eterno diz a Jeroboão: “Eis que rasgarei o reino da mão de Salomão e a ti darei as dez tribos … Porém não tomarei nada deste reino da sua mão … por amor a David meu servo, ao qual eu elegi, porque ele guardou os meus mandamentos e os meus estatutos. Mas tirarei o reino da mão do seu filho e a ti darei as dez tribos. E ao seu filho darei uma tribo, para que o meu servo David [recorda porquê] tenha sempre uma lâmpada diante de mim em Jerusalém, a cidade que eu escolhi para nela colocar o meu nome. E te tomarei a ti e reinarás sobre tudo o que deseje a tua alma e serás rei sobre Israel” (1 Reis 11:31-37).

Estas palavras deixam em claro dois factos: A nação de Israel seria tirada ao filho de Salomão e entregue a Jeroboão. Não era só uma tribo ou umas poucas tribos, mas sim a nação chamada Israel, a qual passaria a ser governada por Jeroboão, da tribo de Efraim.

O título nacional de “Israel” foi dado ao reino formado pelas dez tribos. Verdadeiramente o nome “Israel” estava sobre os filhos de José! (Gênesis 48:16). Onde quer que eles estejam, a Bíblia os chama pelo nome nacional de israel. Para o mundo a sua identidade actual está perdida. Mas na profecia bíblica são eles—não os Judeus—que são chamados israel! E eles encabeçavam a nação formada pelas dez tribos de israel.

Por outra parte, por causa da Sua promessa a David, o Eterno deixou em Jerusalém uma tribo, Judá, sob a autoridade dos filhos de Salomão, para que um filho de David permanecesse no seu trono governando sobre os filhos de Israel. Deus tinha prometido incondicionalmente a David, que jamais chegaria o dia em que ele não tivesse um filho ou descendente seu sentado no trono, governando sobre os filhos de Israel.

Historicamente, vemos que essa promessa foi cumprida—vimos essa aliança sendo assegurada! Os filhos de Judá, ainda que não constituam todos os filhos de Israel nem sejam chamados por esse título nacional na Bíblia, são no entanto, filhos de Israel e assim Deus pode manter firme a Sua promessa a David; evitando abolir as promessas do ceptro dadas a Abraão, Isaque e Jacó. Ao mesmo tempo, Deus castigou Salomão tirando-lhe a nação de Israel e deixando um filho a David no trono, sobre uma tribo. Note este ponto importante, que ainda que o castigo tenha de ser aplicado, Deus jamais quebra nenhuma das Suas promessas.

A dinastia de David reina sobre Judá

Deus tinha prometido que: “o ceptro não seria tirado de Judá.” Ele não quebrou essa promessa. Agora note cuidadosamente que as dez tribos separadas são chamadas de “Israel” e que a única tribo que ficou sob Roboão, filho de Salomão, é simplesmente chamada de “Judá” ou a “casa de Judá.” Eles levam pois, o nome da tribo, enquanto o reino das dez tribos conserva o nome nacional de “Israel.”

Realmente, Israel rejeitou o seu rei e colocou a um novo rei, Jeroboão, sobre o trono de Israel. A tribo de Judá se separou então da nação de Israel de forma a poder manter a Roboão como seu rei. Então Roboão, neto de David, se converteu em rei, de uma nova nação. Essa nação nova não era o reino de Israel. Ela era o reino de Judá! Vejamos agora como isso ocorreu.

Quando Roboão sucedeu a Salomão no trono, o povo lhe exigiu imediatamente que reduzisse os pesados impostos estabelecidos por seu pai. O porta-voz do povo nesta ocasião foi o seu chefe Jeroboão, o qual suplicou ao novo rei: “Teu pai agravou o nosso jugo; agora pois, alivia tu a dura servidão de teu pai e o pesado jugo que impôs sobre nós e nós te serviremos” (1 Reis 12:4). A resposta foi: “Meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões” (vers. 11).

Israel se revoltou. A ordem dada ao povo foi: “Às tuas tendas, Ó Israel”! O desafio para a família real foi: “Provê agora em tua casa, David”! (1 Reis 12:16).

“Assim se rebelou Israel contra a casa de David até ao dia de hoje [o dia em que isto foi escrito]. E aconteceu que ouvindo todo o Israel que Jeroboão tinha voltado, enviaram alguém a chamá-lo à congregação e o fizeram rei sobre todo o israel, sem ficar tribo alguma que seguisse a casa de David, mas somente a tribo de Judá” (1 Reis 12:19-20).

Então: “Roboão … reuniu a toda a casa de judá com a tribo de Benjamim (versículo 21). Roboão começou a lutar para submeter a casa de Israel, mas Deus disse: “Não subireis, nem lutareis contra os vossos irmãos os filhos de Israel … porque isto foi feito por mim” (versículo 24).

Israel dividida em duas nações

Reparou você que o nome casa de Israel pertence agora ao reino das dez tribos (encabeçado por Efraim e Manassés, tendo como rei a um Efratita), o herdeiro das promessas da primogenitura?

Em troca, a tribo de Judá, juntamente com Benjamim e mais tarde Levi (quando Jeroboão expulsou a estes últimos de Israel), é chamada nas Escrituras não Israel, mas sim a casa de Judá. Eles são realmente filhos de Israel, mas já não são chamados por aquele título nacional. Enfatizamos muito nisto, porque todo o mundo crê exactamente o contrário.

Crê-se que os Judeus ficaram com o título de “Israel” e que as Dez Tribos saíram para fora da nação de Israel.

Mas foi Israel que estabeleceu o seu reino sob Jeroboão, na terra de Samaria, ao norte de Jerusalém. Não foi Israel, mas sim Judá—simplesmente três tribos separadas de Israel—que foram deixadas em Jerusalém.

As Dez Tribos que constituíam o reino de Israel, não permaneceram em Jerusalém. Em vez disso, Judá foi separada de Israel.

Israel em guerra contra os Judeus

Note cuidadosamente! A casa de Judá, que agora inclúi a tribo de Benjamim, sob o rei Roboão da dinastia de David, estava a ponto de lutar contra a nação de Israel—com as suas dez tribos encabeçadas por Efraim e Manassés.

Vejamos a prova bíblica de que o povo formado pelas dez tribos e chamado Israel e muitas vezes falado profeticamente como Efraim, não é nem nunca foi o povo Judeu! Recorde que o termo “Judeu” é simplesmente um apelido para “Judá.” Portanto, se aplica a uma nação, ou casa de Judá somente—nunca à casa de Israel.

Desde qualquer profunda Concordância Bíblica, você poderá aprender que a primeira vez que a palavra “Judeu” aparece em toda a Bíblia, é em 2 Reis 16:6. Em nenhum lado antes desse, o nome “Judeu” aparece. Note isso!

O rei Acaz começou a reinar sobre Judá (2 Reis 16:1), ocupando o trono de David (versículo 2). Ao mesmo tempo reinava em Israel um indivíduo chamado Peca. O rei Peca de Israel formou uma aliança com Rezím, rei da Síria, contra Judá e juntamente os exércitos aliados de Israel e da Síria, subiram contra Jerusalém. Eles atacaram o rei Acaz, mas não puderam vencê-lo (versículo 5). “Naquele tempo Rezím rei da Síria, [o aliado de Israel na luta contra Judá] restituíu Elate à Síria e lançou os Judeus para fora de Elate” (versículo 6). A primeira vez que a palavra “Judeu” é usada, nós vemos que Israel estava em guerra contra os Judeus!

Quem lançou aos Judeus fora de Elate? O aliado do Rei Peca de Israel! O exército que lutava com Israel, contra Judá! E os filhos de Judá que viviam na cidade de Elate eram chamados de Judeus, de uma forma que os distinguia da casa de Israel, contra quem esses Judeus estavam em guerra! Repare no significado disso! No primeiro lugar das Escrituras onde a palavra Judeu aparece, os Judeus estavam em guerra contra Israel! Eles formavam uma nação completamente independente. Eles são individualmente, filhos de Israel. Mas não têm o título nacional—de casa de Israel.

Está errado chamar “Israel” aos actuais Judeus de hoje. Eles não são a nação de Israel—eles são Judá! E onde quer que esteja Israel hoje, recorde que Israel tem um nome nacional que não significa judeu! Sejam quem forem hoje as Dez Tribos Perdidas de Israel, elas não são os Judeus! Cada vez que vejamos em profecia os nomes “Israel”, “casa de Israel”, “Samaria” ou “Efraim” sendo usados, recordemos o seguinte: jamais se refere aos Judeus, mas sim a Israel, o qual estava em guerra com os Judeus!

Os Judeus não são a casa de Israel

Em nenhum lugar em toda a Bíblia, o termo “Israel” se refere exclusivamente aos Judeus. No sentido não nacional, as palavras “Israel”, “filhos de Israel” ou “varões Israelitas” (Actos 2:22) podem e algumas vezes se referem ou incluem aos Judeus. Por exemplo, a expressão “varões Israelitas”, a qual frequentemente ocorre no Novo Testamento, se refere num sentido colectivo aos Israelitas como indivíduos, mas não num sentido nacional. Geralmente se refere aos Judeus como descendentes individuais do patriarca Israel (Jacó).

Não é correcto chamar Judeu a Moisés, pois não foi descendente de Judá mas sim de Levi. Abraão não foi Judeu, nem também o foram Isaque, Jacó, Adão, ou Noé. Os descendentes do patriarca Judá são racialmente Judeus e também todos os que se uniram nacionalmente à tribo de Judá—os das tribos de Benjamim e Levi.

Os Judeus são Israelitas, tal como os Californianos são Americanos. Mas a maioria dos Israelitas não são Judeus, tal como a maior parte dos Americanos não são Californianos. Os Judeus são somente a casa de Judá, uma parte dos Israelitas. Mas quando esses povos são referidos como nações, em vez de indivíduos colectivos, o termo “Israel” nunca se refere aos Judeus. “Casa de Israel” nunca significa “Judeus.” A “casa de Israel” são as dez tribos perdidas. As três tribos que se radicaram cerca de Jerusalém, sob os reis da dinastia de David, são chamadas simplesmente, de casa de Judá.

Mas a respeito de Efraim e Manassés, filhos de José, disse o moribundo Israel: “Seja perpetuado neles o meu nome” (Gênesis 48:16). E verdadeiramente, eles levam agora o nome de Israel.

Daqui em diante, a tribo de Judá, junta com Benjamim e Levi, é chamada “Judá”—não israel. As dez tribos encabeçadas por Efraim e Manassés, daqui em diante são chamadas “Israel.” Eles não são Judeus e jamais foram chamados assim! Daqui em diante, os filhos de Israel, ao todo doze tribos, estão divididos em duas nações!

E agora, pela primeira vez, a primogenitura passa a uma nação, Israel, encabeçada por Efraim e Manassés, enquanto o ceptro permanece em outra nação, chamada a “casa de Judá.” As duas fases das promessas a Abraão, estão agora divididas entre duas nações completamente diferentes!

Durante muitas gerações, Israel e Judá permaneceram como nações separadas, em territórios contíguos e cada uma com o seu próprio rei. Por quê tantos ministros religiosos e estudantes da Bíblia ignoram este facto quando quatro livros completos, 1 e 2 Reis e 1 e 2 Crônicas, contêm a história independente daqueles dois reinos rivais? Nos mapas que se incluem no final de muitas Bíblias, os territórios de uma e outra nação aparecem claramente delineados.

Judá reteve para si a cidade de Jerusalém, sua capital e o território chamado Judéia.

Israel ocupou o território ao norte da Judéia. A cidade de Samaria se converteu na sua capital e com frequência em profecia a casa de Israel é chamada “Samaria”. Esta é outra “chave” vital para o entendimento de profecia. “Samaria” em profecia nunca se refere aos Judeus—mas sempre às dez tribos, a casa de Israel.

Queremos deixar muito em claro que Israel e Judá não são dois nomes para designar a mesma nação. Elas eram, são e seguirão sendo, até à segunda vinda de Cristo, duas nações independentes. A “casa de Judá” sempre significa “Judeu.” Esta distinção é de vital importância se quisermos entender profecia. Os chamados estudiosos da Bíblia, em sua maioria, não podem entender as profecias correctamente, porque ignoram esta distinção!

No seguinte lugar na Bíblia onde o termo “Judeu” é mencionado, já a casa de Israel tinha sido conduzida ao cativeiro, perdida de vista e esse termo se aplica somente aos da casa de Judá.

Israel rejeita a autoridade de Deus

Convertido em rei sobre a casa de Israel, Jeroboão (da tribo de Efraim) procedeu imediatamente a levantar dois bezerros de ouro, introduzindo assim a idolatria no reino (1 Reis 12:28‑33). Fê-lo temendo perder o seu trono, pois creu que se os seus súbditos, subissem a Jerusalém para guardar a Festa dos Tabernáculos, poderiam regressar para Roboão. A introdução de práticas idólatras manteria a todos em casa e impediria que isso sucedesse.

Essa idolatria, juntamente com a violação do Sábado (Ezequiel 20:10-24), foi o grande pecado nacional que se converteu numa maldição para Israel. Geração após geração, Deus suplicou à casa de Israel que se afastasse das tradições de seus pais e que voltasse a guardar os mandamentos de Deus. Mas durante nove dinastias diferentes e sob 19 reis, Israel continuou cometendo estes pecados nacionais—pecados tão grandes ante os olhos de Deus, que Ele determinou que se convertessem numa nação derrotada e prisioneira.

Em 1 Reis 14:15-16 lemos: “O Eterno sacudirá a Israel [não a Judá] tal como a cana se agita nas águas; e arrancará a Israel desta boa terra que tinha dado aos seus pais e os espalhará [não a Judá] para além do rio Eufrates, porquanto fizeram os seus ídolos, provocando o Eterno à ira. E ele entregará a Israel [não a Judá] por causa dos pecados de Jeroboão, o qual pecou e fez pecar a Israel.”

Isto se refere especificamente à idolatria implantada por Jeroboão na nação de Israel—as dez tribos que possuíam as promessas de primogenitura. Eram estas as pessoas que tinham de ser espalhadas para além do rio. Não os Judeus. No entanto, os estudiosos de profecia, citam esta mesma passagem convencidos de que se refere à situação actual dos Judeus—o mesmo povo ao qual isto não se aplica. Esta é uma verdadeira chave para compreender as profecias, ocultas durante muito tempo. Se não recordamos firmemente esta verdade, jamais poderemos compreender correctamente as profecias.

O povo que segundo esta passagem bíblica seria espalhado para além do Eufrates, não foi o povo Judeu mas sim aquele outro povo encabeçado por Efraim e Manassés, possuidor da promessa incondicional de que seria uma grande nação e um conjunto de nações—com uma população de centenas de milhões, que possuiría as portas dos seus inimigos, convertendo-se num povo colonizador e estendendo-se até possuír colônias ao redor de todo o mundo.

No entanto muitos daqueles que chegam ao ponto de distinguir a diferença entre Israel e Judá—entre Judeus e as outras tribos—depois de o terem visto como uma grande e nova luz, continuarão por força do hábito a aplicar aos Judeus, textos proféticos que se referem a Israel!

Os termos “casa de Israel” ou “todo o Israel,” quando o significado é nacional, ou os termos “Jacó”, “Raquel”, “Efraim”, “casa de José” ou “Samaria”, tantas vezes usados na profecia bíblica, se referem às dez tribos que herdaram a primogenitura e não aos Judeus. Esta é uma chave mestra que abre o entendimento da Bíblia!

Israel desterrada e perdida

Nos anos 721-718 A.C., a casa de Israel foi conquistada e o seu povo foi desterrado para fora do seu próprio território—das suas cidades e lares—sendo levado cativo para a Assíria, na costa sul do Mar Cáspio. Depois … se perdeu de vista!

“Portanto o Eterno se indignou em grande maneira contra Israel e os tirou de diante da sua face; e ninguém mais ficou, senão somente a tribo de Judá” (2 Reis 17:18).

A quem removeu o Eterno Deus? A Israel! Israel foi o povo removido e afastado da face do Eterno, até que se perdeu de vista.

Quem ficou? somente Judá—somente os Judeus! Israel estava agora desaparecido! Eles se tornaram conhecidos até hoje, como as Dez Tribos perdidas.

Gentios substituem a casa de Israel

Leiamos agora 2 Reis 17:22-23: “Assim andaram os filhos de Israel em todos os pecados que Jeroboão cometeu, sem nunca se apartar deles; até que o Eterno removeu a Israel de diante da sua face, como falara por meio de todos os profetas, seus servos. Assim foi Israel [não Judá—não os Judeus] expulso da sua terra e levado cativo para a Assíria, até ao dia de hoje [escrito por volta do ano 620 A.C.].” Observe que aquele povo intitulado “Israel,” possuidor da primogenitura e que não eram Judeus, foi levado para fora da sua própria terra—Samaria. Eles deixaram essa terra—para nunca mais regressarem!

Leiamos agora o seguinte versículo desta mesma passagem: “E o rei da Assíria trouxe pessoas da Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e Sefarvaim e OS fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; e possuíram a Samaria e habitaram nas suas cidades” (2 Reis 17:24).

Estes eram os estrangeiros que viviam na terra de Samaria no tempo de Cristo e que nos Evangelhos eram chamados Samaritanos. É importante ter isto em mente, pois os Samaritanos do Novo Testamento, de nenhuma maneira se tinham misturado com os Israelitas. Somente um indivíduo—um sacerdote—de entre os Israelitas cativos, regressou à Samaria para ensinar aos Gentios que aí se estabeleceram, a religião corrupta de Israel (2 Reis 17:27-28).

Mas esse povo que veio da Babilônia não obedecia a Deus, nem aos Seus mandamentos, nem à Sua religião. Isto está demonstrado no seguinte versículo: “Porém cada nação fez os seus próprios deuses …” (2 Reis 17:29).

A religião estatal dos Assírios e Babilónios era a religião dos mistérios Caldeus. Esta era a religião de Simão, o Mago (Actos 8) que acreditou nos milagres de Filipe, apropriando-se para si mesmo do nome “Cristão” e tendo começado um novo e falso “Cristianismo” depois que o apóstolo Pedro o censurou pela sua maldade e amargura. Simão tomou o nome de Cristo, rejeitou a lei de Deus, acrescentou uma falsa “graça” licenciosa à religião dos mistérios Babilónicos, chamando-a “Cristianismo.” Este falso “Cristianismo” tem enganado a milhões de pessoas até esta presente geração maligna!

Em 2 Reis 17:5-18 e 18:9-12 há uma recontagem mais detalhada do cativeiro de Israel. A casa de Israel habitou então “muitos dias … sem rei” (Oséias 3:4). Uma vez que eles eram o povo intitulado “Israel,” foram eles, não Judá, quem perdeu a sua identidade!

Israel perdida, não Judá

As Escrituras nos dizem claramente que Israel perderia a sua identidade, a sua língua, a sua religião, o seu território e o seu nome.

Em Deuteronômio 32:26, Deus os tinha advertido por meio de Moisés: “Eu disse, que por todos os cantos os espalharei e farei cessar a sua memória de entre os homens.” Esta advertência não pode ser aplicada aos Judeus! A memória dos Judeus não deixou de existir. A recordação deles não poderia cessar a menos que a sua identidade e o seu nome se perdessem. Isto se aplica às tribos perdidas, não aos Judeus.

Agora note Isaías 8:17: “Esperarei pois ao Eterno, o qual esconde o seu rosto da casa de jacó.” O nome de Jacó foi mudado para Israel. Em outras palavras, isto se aplica à casa de Israel—ao reino das dez tribos—que foi separado da presença de Deus. Eles por consequência perderam o conhecimento do verdadeiro Deus e da verdadeira religião.

O Eterno deixaria de falar-lhes na sua própria língua Hebraica, mas “por outra língua falará a este povo” (Isaías 28:11). Isto não pode aplicar-se aos Judeus, que ainda lêem as Escrituras na língua Hebraica.

Isaías 62:2, “E os Gentios verão a tua justiça e todos os reis a tua glória [depois do regresso de Cristo]; e chamar-te-ão por um nome novo, que a boca do Eterno designará.” Ainda que esta profecia se refira directamente ao futuro, depois do regresso de Cristo, também foi tipicamente cumprida, pelo facto de que agora Israel é conhecido por um nome diferente. Isto não se pode aplicar aos Judeus. Eles naquele tempo, tal como hoje, eram conhecidos como Judeus.

Israel jamais regressou

A casa de Israel jamais regressou à Palestina com os Judeus nos dias de Esdras e Neemias, como erradamente alguns acreditam. Aqueles que regressaram para reconstruir o templo e restaurar o culto em Jerusalém, 70 anos depois do cativeiro de Judá, foram unicamente os membros da casa de Judá que tinham sido levados para a Babilônia pelo rei Nabucodonosor.

Note bem estes factos.

1) Nos anos 721-718 A.C., israel principiou a ser “retirado da sua própria terra para a Assíria” (2 Reis 17:23). Eles foram rapidamente todos removidos—completamente. “E nada mais ficou senão somente a tribo de Judá” (2 Reis 17:18). Somente Judá, permaneceu.

2) Mais de 130 anos depois, Nabucodonosor, rei da Babilônia, levou os Judeus—Judá—que permaneciam na Palestina, para a Babilônia. De maneira que ninguém da casa de Israel vivia na Palestina quando Judá foi tomada cativa.

3) Aqueles que regressaram à Palestina para reconstruir o templo e restaurar o culto depois de 70 anos de cativeiro, eram todos da casa de Judá—todos Judeus—todos aqueles que Nabucodonosor tinha levado cativos. Eles regressaram outra vez “a Jerusalém e a Judá, cada um à sua cidade” (Esdras 2:1).

Unicamente os membros da tribo de Judá, com os remanescentes de Benjamim e Levi, que constituíam a casa de Judá, regressaram nessa ocasião: “Então se levantaram os chefes das casas paternas de Judá e de Benjamim e os sacerdotes e os Levitas” (Esdras 1:5). Claro que existem aqueles que rejeitam esta verdade que Deus entendeu por bem revelar nos nossos dias—e que falsamente afirmam que todos os Israelitas, incluindo as dez tribos da casa de Israel, regressaram a Jerusalém no tempo de Esdras e Neemias.

Para sustentar essa idéia, citam alguns casos em que a palavra “Israel” é utilizada em conexão com indivíduos ou pessoas da casa de Judá, afirmando que se referem à casa de Israel. Repetimos para dar maior ênfase: Os judeus são Israelitas—mas somente uma parte dos Israelitas, são Judeus. O termo “Judeu” é o apelido nacional de Judá. Os Judeus são certamente varões de Israel—ou povo de Israel—mas não são a nação chamada casa de Israel, ou reino de Israel.

Aqueles que rejeitam esta verdade se baseiam em passagens como a seguinte: “E o restante de Israel, dos sacerdotes e Levitas, habitou em todas as cidades de Judá, cada um na sua herança” (Neemias 11:20). Porque a palavra “Israel” é usada, eles afirmam que se refere às doze tribos. Mas aqui está especificamente falando de sacerdotes e Levitas—e eles são da casa de Judá, não das dez tribos da casa de Israel. Certamente eles eram “o restante de Israel”—o “restante” das doze tribos; eles eram Israelitas mas não pertenciam à nação chamada a casa de Israel. Eles regressaram à sua herança na terra de Judá.

Neemias diz claramente: “Estes são os filhos da província, que saíram do cativeiro [do cativeiro na Babilônia—cativeiro de Judá, não da casa de Israel] dos que tinham sido levados cativos por Nabucodonosor rei da Babilônia …” (Neemias 7:6). Nenhuma das dez tribos tinha ficado na Palestina depois do cativeiro pelos Assírios mais de 100 anos antes (2 Reis 17:18).

Esdras diz: “E os filhos de Israel, os sacerdotes, os Levitas e o restante dos filhos do cativeiro, fizeram a dedicação …” (Esdras 6:16). Estas eram pessoas do reino de Judá—não do reino de Israel—mas eles eram “filhos de Israel.”

Em Esdras e Neemias são dados os nomes e as genealogias dos que regressaram da Babilônia, para a Palestina—e nenhum pertencia às Dez Tribos! Por conseguinte, aqueles que habitavam em Jerusalém nos tempos de Cristo, pertenciam a estas três tribos e não à casa de Israel. E a maioria, se não todos, os que se converteram ao Cristianismo, pertenciam à tribo de Benjamim, tal como o próprio Paulo.

A casa de Israel se tornou conhecida como as Dez Tribos perdidas! Agora são conhecidas por outro nome e falam outro idioma!

Por qual nome são eles conhecidos hoje? Quem quer que sejam e onde quer que estejam, são eles e não os Judeus, os donos da primogenitura. Seriam eles, não os Judeus, que depois de terminar o seu castigo, nos anos 1800-1803 D.C., teriam de herdar as promessas inquebráveis feitas a Abraão, de grandeza nacional, recursos naturais, riquezas e poder. Manassés teria de converter-se na maior nação do mundo e Efraim numa mancomunidade de nações! Quem serão eles hoje?

Chapter 7: A misteriosa comissão de Jeremias

Chegamos agora a uma das partes mais estranhas e fascinantes desta história de Israel—de facto é o vínculo entre a profecia e o seu actual cumprimento—no entanto totalmente irreconhecido pelos teólogos.

Depois da casa de Israel, o reino do norte cuja capital era Samaria, ter sido levada para o cativeiro na Assíria nos anos 721-718 A.C., o Reino de Judá permaneceu na parte sul da Palestina, conhecida como Judéia. Nesse então Judá, como nação, ainda não tinha rejeitado a religião e o governo de Deus. Deus mantinha a Sua aliança com David. Assim a dinastia de David permanecia no trono sobre uma parte dos Israelitas—a casa de Judá—os Judeus.

Mas depois que Israel desapareceu de vista, Judá também abandonou os caminhos e o governo de Deus e se lançou após os caminhos das nações Gentias, cometendo pecados ainda piores do que os de Israel, até que finalmente, o Eterno também castigou a Judá com o cativeiro e a escravatura.

Antes da apostasia de Judá, Deus tinha dito através do profeta Oséias: “Ainda que tu ó Israel, te prostituas, que ao menos não peque Judá …” (Oséias 4:15). Mas mais tarde o Eterno disse a Jeremias: “Viste o que fez a rebelde Israel, como ela … fornicou?… e o viu isto a sua traidora irmã Judá. E viu que por ter cometido adultério a rebelde Israel, eu a tinha despedido e dado a sua carta de divórcio; e contudo apesar de tudo isso, a sua aleivosa irmã Judá não teve temor, mas se foi e também ela se prostituíu … Resultou mais justa a rebelde israel do que a aleivosa judá” (Jeremias 3:6-11).

Aqui fica muito claro uma vez mais que as doze tribos de Israel se tinham dividido em duas nações totalmente separadas. No entanto os oponentes da verdade revelada neste livro negam estas claras Escrituras—e tratam de desacreditar aqueles que a revelam.

Agora vejamos como Judá (os Judeus)—mais de 130 anos depois do cativeiro de israel—também foi removida do seu território. Os Judeus foram levados como escravos para a Babilônia—não para a Assíria, aonde israel tinha sido levado.

“E disse o Eterno: Também a judá removerei da minha presença, tal como removi a israel e rejeitarei esta cidade de Jerusalém que eu escolhi e também à casa da qual eu tinha dito, ali estará o meu nome” (2 Reis 23:27).

Assim, mais de 130 anos depois do cativeiro de Israel, chegou o momento em que Deus também causou que os Judeus fossem levados como escravos e cativos para fora do seu território.

A estranha comissão de Jeremias

Para este propósito, Deus levantou a um profeta muito especial, cujo chamamento e comissão muito poucos compreenderam. Este profeta foi Jeremias, o qual desempenhou um estranho papel neste cativeiro.

O seguinte facto arroja um pouco de luz sobre a importância da sua missão: A Bíblia somente menciona a três indivíduos que foram santificados para as suas respectivas tarefas ainda antes de terem nascido—e desses três Jeremias foi o primeiro. Os outros dois foram João Baptista e Jesus Cristo!

O Eterno falou pela primeira vez a Jeremias quando este, segundo a evidência, era ainda um jovem de uns 17 anos de idade. Quando completou a sua missão, era já um ancião, um patriarca de cabelos brancos.

O primeiro capítulo do livro de Jeremias nos descreve este curioso e vital chamamento para realizar esta comissão: “Antes que no ventre te formasses eu te conheci e antes que nascesses te santifiquei; às nações te dei por profeta” (Jeremias 1:5).

Mas Jeremias teve medo: “Ah, Eterno Deus! Eis que eu não sei falar, porque ainda sou um moço.”

Mas o Eterno respondeu: “Não digas: Sou um moço porque a todos a quem eu te enviar irás e dirás tudo o que te mandar. Não temas diante deles, porque eu estou contigo para te livrar” (versículos 6-8)

Então o Eterno estendeu a sua mão e tocou na boca de Jeremias. “Eis que”, disse Deus, “Eu te ponho neste dia sobre nações e sobre reinos, para arrancares e para derrubares, para destruíres e para arruinares; e também para edificares e para plantares” (versículos 9-10).

Jeremias foi colocado sobre nações—mais do que uma. Ele era um moço Judeu, que vivia em Judá. Ele foi estabelecido como profeta não somente sobre Judá, mas também sobre nações—sobre reinos! Ele foi estabelecido sobre estes reinos para fazer duas coisas: primeiro, para “arrancar” ou “destruir” para “arruinar” ou “derrubar”; e em seguida para “edificar” e “plantar.”

Uma verdade desconhecida hoje

Veja na sua própria Bíblia! Deus usou Jeremias como profeta para advertir a nação de Judá das suas transgressões contra os caminhos e governo de Deus. Ele foi enviado para advertir a essa nação rebelde do castigo que ameaçava vir sobre ela—a invasão e o cativeiro às mãos do exército Caldeu, se não reconhecesse a sua culpa e mudasse os seus caminhos. Jeremias foi utilizado como um intermediário—entre os reis de Judá e a Babilônia.

É bem sabido que Jeremias cumpriu a função de advertir a nação de Judá sobre o cativeiro iminente e a “destruição” ou “derrube” do trono de David no Reino de Judá.

Muitos sabem que a casa de Judá foi invadida pelo exército do rei Nabucodonosor; que os Judeus foram levados em cativeiro para a Babilônia; que deixaram de ser um reino; que deixou de existir um governante da dinastia de David, sobre o trono do Reino de Judá.

O que significa então tudo isto? Será que Deus esqueceu a sua promessa a David de que a sua dinastia nunca terminaria—que o trono de David tinha sido estabelecido em Salomão e que continuaria para sempre através de todas as gerações? Será que o Deus Todo Poderoso esqueceu o Seu juramento de que não alteraria esta promessa—ainda que os reis e o povo se rebelassem e pecassem? A fidelidade de Deus está em jogo. A inspiração da Bíblia Sagrada como Sua palavra revelada está em jogo! Mas note isto! Veja-o na sua própria Bíblia! Jeremias foi divinamente comissionado para arrancar e derrubar esse mesmo trono de David em Judá—mas note a segunda parte da sua comissão. para edificar e plantar! Edificar e plantar o quê?

Logicamente, aquilo que ele tinha sido usado para arrancar de Judá—o trono de david, o qual Deus jurou que preservaria para sempre! Jeremias não foi colocado sobre uma só nação, Judá—mas sim sobre nações. Sobre os reinos—o Reino de Israel, bem como o de Judá!

Ele foi usado para “arrancar” esse trono de Judá. Então que foi Jeremias comissionado fazer em Israel? Note a segunda metade da sua estranha e mal entendida comissão—para edificar e para plantar! Até onde o mundo sabe, o último rei que ocupou o trono de David foi Zedequias de Judá. Ele foi derrubado do trono e o trono arrancado de Judá no ano 585 A.C.—cerca de 600 anos antes de Cristo!

Que ocorreu então a esse trono? Onde esteve ele entre o ano 585 A.C. e a época de Cristo 600 anos mais tarde? Sabemos que Jeremias não o plantou e reconstruíu na Babilônia. Deus tinha prometido que o trono de David estaria sobre os israelitas através de todas as gerações—não sobre os Gentios. Nós conhecemos a história da continuidade do trono Gentio, na Babilônia.

O trono de David nunca mais voltou a ser plantado ou construído entre os Judeus! Não estava reinando sobre os Judeus nos tempos de Cristo. Eles estavam sob o domínio Romano. Jesus não ascendeu a tal trono. Esse trono não estava em funções em Judá—ele não existia nesse lugar ou sobre esse povo—ele não estava aí para que Jesus o tomasse. E o próprio Jesus disse claramente que o Seu Reino não era dessa presente época! No entanto, Ele nasceu precisamente para ocupar esse mesmo trono do seu pai, david! (Lucas 1:32). Mas Jeremias foi divinamente comissionado para plantar e reconstruir esse trono—durante o seu tempo de vida! Jeremias foi colocado sobre as nações de Israel e Judá. Para arrancar o trono de David que estava em Judá. Mas ainda mais! Para o voltar a plantar e construir—necessariamente na casa de israel, a qual tinha estado muitos dias sem um rei. Por esta razão e como Israel tinha perdido a sua identidade, eles acreditavam ser uma nação gentia! Portanto a identidade e a localização da replantação tinham que permanecer ocultos para o mundo até este tempo do fim, no qual nós vivemos.

O derrube do trono

A vida e obra de Jeremias constituem uma história fascinante. Os primeiros capítulos deste livro falam do seu ministério, advertindo aos Judeus do perigo do cativeiro. Ele advertiu os reis, os sacerdotes, profetas e o povo, proclamando a mensagem de Deus. Como resultado disso eles o lançaram na prisão—negando-se a escutar e obedecer. Então Deus os fez levar cativos.

Os historiadores sabem que a Babilônia conquistou a Judá em três etapas diferentes. O primeiro cerco teve lugar no ano 604 A.C., data que ficou firmemente estabelecida. No entanto, a nação não passou inteiramente para as mãos dos Gentios babilónicos, até que se cumpriu um ciclo de mais 19 anos, ou seja em 585 A.C. O livro de Jeremias nos descreve o papel cumprido por este profeta nesse cativeiro.

Mas agora note um facto interessante. O último rei, segundo as Crônicas bíblicas e mesmo a história secular que ocupou o trono de David, foi o rei Zedequias de Judá. Recorde este nome. Leiamos agora em 2 Reis 24:18: “Tinha Zedequias vinte e um anos de idade, quando começou a reinar e reinou em Jerusalém onze anos. O nome de sua mãe era Hamutal, filha de Jeremias, de Libna.”

Agora note uma breve descrição de como foi derrubado e arrancado o trono de David: “No nono ano de Zedequias, rei de Judá, no mês décimo, veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, com todo o seu exército contra Jerusalém e a sitiaram. E no décimo primeiro ano de Zedequias, no mês quarto, aos nove dias do mês, abriu-se uma brecha no muro da cidade. E entraram nela todos os príncipes do rei da Babilônia e acamparam na porta do meio: os quais eram Nergal-Sarezer, Sangar-Nebo, Sarsequim, Rabe-Sáris Nergal Sarezer, Rabe-Maque, juntamente, com todos os restantes príncipes do rei da Babilônia. E vendo-os Zedequias, rei de Judá e todos os homens de guerra, fugiram e saíram de noite da cidade pelo caminho do horto do rei, pela porta entre os dois muros; e saiu o rei pelo caminho da campina. Mas o exército dos Caldeus os seguiu e alcançaram a Zedequias nas campinas de Jericó; e o prenderam e o fizeram subir a Riblá na terra de Hamat, onde estava Nabucodonosor, rei da Babilônia e ele o sentenciou. E matou o rei da Babilônia em Riblá, aos filhos de Zedequias diante dos seus olhos e matou também a todos os nobres de Judá. E arrancou os olhos do rei Zedequias e o aprisionou com correntes para o levar para a Babilônia” (Jeremias 39:1-7).

Nos 11 primeiros versículos do capítulo 52 encontramos uma descrição quase idêntica dos mesmos acontecimentos, com uma frase adicionada: “… e o meteu na prisão [a Zedequias] até ao dia da sua morte.”

Destas passagens se sub-entendem os seguintes factos:

1) O rei da Babilônia matou a todos os filhos de Zedequias, herdeiros do trono de David.

2) Também matou a todos os nobres de Judá, eliminando assim a todos os possíveis pretendentes ao trono.

3) Finalmente depois de arrancar os olhos a Zedequias, o último rei que tinha ocupado o trono de David, foi levado para a Babilônia onde morreu encarcerado.

4) Assim, tal como parece e tal como todo o mundo tem acreditado, o trono de David desapareceu, sem filhos nem possíveis herdeiros, que mantivessem a dinastia viva. A verdade é que desde esse dia até hoje, o trono nunca mais voltou a existir em Judá, em Jerusalém, nem entre os Judeus!

Que sucedeu ao Rei Joaquim?

É verdade que um antigo rei de Judá estava nessa época preso nos calaboiços da Babilônia—e que ele tinha filhos que poderiam ter perpetuado a linhagem de David. O antigo rei Jeconías—chamado também Joaquim—que tinha sido levado para a Babilônia em correntes, recuperou a sua posição honrosa 37 anos depois do cativeiro (ver 2 Reis 25:27-30). Inclusivamente lhe foi dado o título de “rei” juntamente com outros “reis” vassalos cativos.

Um dos filhos de Joaquim foi Salatiel, pai de Zorobabel, descendente real através do qual a linhagem de David continua, até culminar em Jesus Cristo (Mateus 1:12). E Zorobabel—ou Zerubabel—foi nomeado governador—não rei—por Ciro, rei da Pérsia. Este, movido por Deus, ditou um decreto através do qual os remanescentes Judeus puderam regressar a Jerusalém para reconstruir a Casa de Deus, setenta anos depois do cativeiro.

Mas nem Joaquim nem os seus filhos ou netos voltaram a reinar sobre Judá. Por quê?

Se houve um descendente da linhagem de David que sobreviveu ao cativeiro, por quê não foi ele restaurado no trono uma vez de regresso a Jerusalém? Por quê? Simplesmente porque Deus não o permitiu.

É Deus quem faz reis—e quem os desfaz! Deus tinha decidido tirar a coroa à linhagem reinante de Perez (chamado também Fares ou Pares em diferentes traduções da Bíblia) e colocá-la na cabeça de um descendente de Zara. No entanto, tinha que permanecer uma descendência real da estirpe de David para que Cristo pudesse nascer como descendente seu, séculos mais tarde. E Deus também tinha que cumprir a sua promessa a David de que nunca lhe faltaria um descendente seu sobre o trono! Muitas profecias complexas e fascinantes teriam de cumprir-se—algumas delas parecendo contraditórias—uma tarefa difícil de realizar, uma assombrosa comissão de Deus, para Jeremias!

“Vivo eu, diz o Eterno, que se Conías [Jeconías ou Joaquim] filho de Joaquim rei de Judá, fosse um anel na minha mão direita, ainda de aí o arrancaria”! (Jeremias 22:24). Deus tinha decretado o final desta linha de reis. Ele lhes estava removendo a coroa—não permitindo que os filhos de Jeconías reinassem no trono de Judá! Deus estava trespassando o trono a outro ramo da família de Judá.

Esta é a sentença de Deus, pronunciada por meio de Jeremias: “Assim diz o Eterno, escreve o que sucederá a este homem privado de descendência, homem que não prosperará em todos os seus dias; porque nenhum da sua descendência logrará sentar-se sobre o trono de david, nem voltará a reinar sobre Judá”! (Jeremias 22:30).

Deus falou! Jeremias escreveu! A história se desenvolveu e Deus fez o que tinha determinado! Jeconías teve filhos—o próprio Deus causou que isso fosse escrito—(ver 1 Crônicas 3:17; Mateus 1:12), mas no que diz respeito ao trono de david, ele foi privado de descendência, pois nenhum dos seus filhos conseguiu ocupar esse trono!

A coroa tinha sido retirada da linhagem de Perez, removida do território de Judá, os herdeiros imediatos do trono tinham morrido e Jeconías estava preso na Babilônia sem filhos que pudessem ocupar o trono, tal como dispôs o Deus Todo Poderoso!

Assim, Jeremias tinha cumprido a primeira parte da sua grande comissão. O trono tinha sido derrubado, o reino completamente destruído. Judá começava agora a sofrer o seu castigo nacional.

Para onde foi Jeremias?

Que passou com a segunda parte da importante comissão de Jeremias?

O profeta estava entre esses prisioneiros Judeus. Ele tinha de ser libertado para poder cumprir a segunda parte da sua comissão.

“E Nabucodonosor tinha ordenado a Nabuzaradã, capitão da guarda, a respeito de Jeremias, dizendo: Toma-o e vela sobre ele e não lhe faças mal algum, antes como ele te disser, assim procederás com ele” (Jeremias 39:11-12). “Tomou, pois, o capitão da guarda a Jeremias e lhe disse … agora pois, eis que hoje te soltei das correntes que estavam sobre as tuas mãos. Se te agrada vir comigo para a Babilônia, vem e eu velarei por ti; mas se te parece mal vir comigo para a Babilônia, não venhas. Olha, toda a terra está diante de ti: vai para onde parecer bom e recto aos teus olhos … E lhe deu o capitão da guarda provisões e um presente [dinheiro] e o deixou ir” (Jeremias 40:2-5).

Assim, Jeremias ficou completamente livre para fazer o que desejasse. Inclusivamente lhe foi dado dinheiro e liberdade total, para que pudesse cumprir a segunda parte da sua comissão. Para onde foi ele?

Chegamos a uma inverosímil, fascinante e assombrosa parte do livro de Jeremias, que muito poucas pessoas tiveram em conta. “Assim veio Jeremias a Gedalias, filho de Aicão, a Mizpá e habitou com ele no meio do povo que havia ficado na terra” (versículo 6).

Gedalias era governador de um remanescente de Judeus, nomeado nessa posição pelo rei da Babilônia e desde que Jerusalém foi destruída, ele fixou a sua sede em Mizpá. Mas o rei de Amom juntamente com um Judeu chamado Ismael, tramou o assassinato de Gedalias. O plano foi levado a cabo e o governador foi assassinado, juntamente com uma parte dos Judeus. Jeremias estava entre os sobreviventes.

“Depois levou Ismael cativo a todo o resto do povo que estava em Mizpá, mesmo as filhas do rei e a todo o povo que tinha ficado em Mizpá, o qual Nabuzaradã, capitão da guarda [da Babilônia], tinha confiado a Gedalias … e os levou cativos Ismael, filho de Netanias e passaram aos filhos de Amom” (Jeremias 41:10).

Há algo importante nesta passagem! Leia outra vez! Entre estes Judeus se encontravam as filhas do rei! As filhas de Zedequias, rei de Judá, pertencentes à dinastia de David!

O Rei Zedequias tinha morrido encarcerado na Babilônia (Jeremias 52:11). Todos os seus filhos tinham morrido, tal como todos os nobres de Judá. Todos os pretendentes ao trono de David, herdeiros de Zedequias, tinham morrido—excepto as filhas do rei! Agora nós vemos porquê Jeremias foi para Mizpá!

A fuga de Jeremias

Pouco depois, um indivíduo chamado Joanã, substituiu Ismael como líder. Temendo as represálias de Nabucodonosor e do exército Caldeu, Joanã e os capitães recorreram ao profeta “e disseram ao profeta Jeremias: Aceita agora a nossa súplica diante de ti e roga por nós ao Eterno teu Deus … para que o Eterno teu Deus nos ensine o caminho por onde havemos de andar e o que temos de fazer” (Jeremias 42:2-3). Eles eram como tantos dos chamados Cristãos de hoje, que vão ao ministro de Deus assegurando solenemente que querem saber a vontade divina; que prometem, tal como estes “obedecer à voz do eterno nosso Deus” (versículo 6).

Será que o diziam sinceramente? Tais pessoas muito poucas vezes são sinceras. A natureza humana quer ser boa—ou sentir-se boa—mas não quer fazer o bem.

A palavra de Deus veio a Jeremias e ele lhes respondeu que não temessem porque Deus os protegeria e os livraria. Mas o povo queria fugir para o Egipto e o Eterno os advertiu que não o fizessem, pois a espada de Nabucodonosor que tanto temiam, os venceria ali e que eles morreriam. “Se vocês estais completamente resolvidos a entrar no Egipto para morar ali, sucederá que a espada que temeis, vos atingirá ali … e lá morrereis” (Jeremias 42:15-16).

Mas o povo, como de costume, rejeitou a advertência de Deus. Joanã respondeu assim a Jeremias: “Tu dizes mentiras; o eterno nosso Deus não te enviou para dizer: Não entreis no Egipto para ali habitar” (Jeremias 43:2-3). “Não obedeceu, pois, Joanã … nem ninguém do povo, à voz do eterno” (versículo 4). As pessoas que em alta voz professam que querem fazer a vontade de Deus, poucas vezes aceitam a própria Palavra de Deus como sendo a Sua vontade, a menos que esta seja também a sua própria vontade!

Joanã pois, “tomou … a todo o remanescente de Judá … a homens, mulheres e meninos, às filhas do rei e ao profeta Jeremias e a Baruque, filho de Nerías [o escrivão ou secretário de Jeremias], e entraram em terra do Egipto” (Jeremias 43:5-7).

Quando chegaram a Egipto, Deus advertiu novamente a estes Judeus, por boca de Jeremias, que os matariam ali à espada e à fome e acrescentou: “não regressarão senão alguns fugitivos”! (Jeremias 44:12-14). Sim, alguns poucos deste grupo se encontravam sob a protecção divina. Uma missão divina tinha de ser cumprida. Eles tinham de escapar! E o Eterno continua: “E os que escaparem da espada e voltarem da terra do Egipto à terra de Judá, serão poucos em número” (Jeremias 44:28).

Sob a proteção divina

Baruque, foi um constante companheiro e secretário de Jeremias. É importante que notemos aqui a promessa de protecção que ele recebeu de Deus: “Assim diz o Eterno, Deus de Israel, a ti ó Baruque, … Eis que aquilo que edifiquei eu derrubo e que arranco o que eu plantei e isso em toda esta terra … mas a ti te darei a tua vida por despojo em todos os lugares para onde fores” (Jeremias 45:2-5). Baruque, tal como Jeremias, contava com a protecção divina!

Antes disto, o Eterno tinha dito a Jeremias, “Certamente que o teu remanescente será para o bem.” O único “remanescente” deixado para a missão de Jeremias de transplantar o trono, foram as filhas do rei. “De certo” continuou o Eterno no mesmo versículo, “no tempo da calamidade e no tempo da angústia, farei que o inimigo te dirija súplicas” (Jeremias 15:11). E Deus o cumpriu literalmente, tal como está descrito no capítulo 39:11-12 e no capítulo 40:2-6, que já vimos anteriormente.

Note, que teria de ir bem com a realeza dada a Jeremias através da qual ele iria edificar e plantar—e que Jeremias teria de ir para uma terra que desconhecia! Quem mais teria de ir para essa terra desconhecida? As dez tribos da primogenitura, o reino de Israel!

Portanto, Jeremias e o seu pequeno remanescente real, teriam de escapar do Egipto, regressar a Judá e depois—ir para onde? Para o lugar em que já as “dez tribos perdidas” tinham ido, tal como veremos!

Esta mesma profecia a completa Isaías: “Porque de Jerusalém sairá um remanescente e do monte Sião os sobreviventes. O zelo do Eterno dos exércitos fará isto” (Isaías 37:32). “E o restante da casa de Judá que tenha escapado, voltará a lançar raízes para baixo e dará frutos para cima” (versículo 31).

Esta mesma profecia também aparece em 2 Reis 19:30-31. É uma profecia de Deus pronunciada pela boca de Isaías no ano 14 do reinado do Rei Ezequías de Judá, quando o Rei Senaqueribe, da Assíria ameaçava invadir a Judá. Esta era uma profecia que teria de cumprir-se mais tarde—não durante o reinado de Ezequías. Alguns críticos, que não querem reconhecer a verdade, sustentam que o remanescente em questão é o mesmo de 2 Crônicas 30:6. No entanto, esta última passagem não é uma profecia mas sim a recontagem histórica de algo que ocorreu durante o primeiro ano do reinado de Ezequías. E esse remanescente não escapou de Jerusalém, mas eram os Judeus que fugiram das forças de Senaqueribe, quando estas ameaçavam com a invasão a Judá—e escaparam dentro de Judá, mas não para fora de Judá. E aqui não se diz nada de “lançar raiz para baixo e dar fruto para cima,” tal como diz em lsaías 37 e 2 Reis 19.

Esta profecia é tão importante que a Bíblia a repete duas vezes! Ela se refere ao remanescente que mais tarde teria de escapar com Jeremias. Este remanescente com Jeremias—que incluíu pelo menos uma das filhas do rei—teria de lançar raiz para baixo! Isto é, ser replantado!

E depois, dar fruto para cima! Ser edificado! Incumpriu Deus a Sua aliança solene de manter sempre o trono de David? Onde foi esse trono replantado e reedificado? Podemos nós encontrá-lo na Palavra de Deus? Claro que podemos! A Bíblia identifica claramente tanto o lugar como o povo onde foi restabelecido o trono!

Chapter 8: A misteriosa rotura

Para onde foi Jeremias com o seu secretário Baruque e com uma ou mais das filhas do rei? A história se detém neste ponto. Os estudiosos da história bíblica sabem desde há muito tempo que as Dez Tribos—chamadas pelo nome de “casa de Israel”— perderam a sua identidade e o seu rasto histórico e que hoje existem irreconhecidas entre as nações Gentias. Deus ocultou do mundo a sua identidade e a sua localização.

No entanto, neste tempo do fim, quando o conhecimento teria de aumentar e os “sábios” de compreender (Daniel 12:4, 10), o segredo nos será revelado por meio de profecias que não poderiam ser entendidas até agora. Mas primeiro, nós devemos considerar uma misteriosa “rotura” ou “brecha” que ocorreu nos dias de Judá, filho de Jacó.

Judá foi pai de gêmeos. O primogênito foi o descendente real, através do qual a promessa do ceptro teria de ser transmitida. Aparentemente, a parteira sabia que nasceriam gêmeos. A Bíblia nos conta que chegado o momento do parto, um dos gêmeos “pôs uma mão de fora … e a parteira tomou um fio encarnado e o atou na sua mão, dizendo, Este saiu primeiro”. Mas o menino voltou a retirar a mão e o outro foi quem nasceu primeiro.

A parteira exclamou: “Que rotura [ou “brecha”] te abriste! E chamou o seu nome Perez”, que significa “rotura” ou “brecha”. O outro irmão se chamou Zerá (Gênesis 38:27-30).

Por que narraria a Bíblia este estranho incidente, a menos que esta brecha aberta entre os meninos ou os seus descendentes fosse sarada em algum momento futuro? Mas isto nunca ocorreu no seu tempo de vida.

Zerá, o do fio encarnado, teve cinco filhos (1 Crônicas 2:6). Houve algum descendente seu que finalmente tivesse ocupado o trono, sarando assim a rotura? David, Zedequias e Cristo—foram todos da linhagem de perez—não de Zerá.

Consideremos o seguinte: 1) O facto da rotura significa a transferência do ceptro da linhagem de Perez à de Zerá. 2) Esta transferência nunca ocorreu antes do Rei Zedequias de Judá, o qual foi descendente de Perez 3) Portanto, isto teve que ocorrer depois de Zedequias ter sido deposto. 4) Como a linhagem de David (Perez) tem de permanecer no trono por todas as gerações, isto somente poderia ocorrer numa reviravolta do trono, mediante um matrimônio entre um herdeiro da linhagem de Perez ao trono e outro da linhagem de Zerá, curando assim a rotura.

Ao revés, ao revés, ao revés

A história nos mostra que os descendentes de Zerá se tornaram errantes, viajando para o norte dentro dos limites das nações Escitas e que mais tarde os seus descendentes emigraram para a Irlanda nos dias do Rei David.

Mas entretanto, a linhagem de Perez—David—Zedequias, possuidora do ceptro—estava alta—exaltada. A linhagem de Zerá, sentindo-se com o direito de possuir o ceptro e com a esperança de que algum dia seria assim, estava humilhada, diminuída—no que se refere ao poder real.

Agora consideremos uma passagem profética muito mal compreendida. Principiemos a ler no versículo 18 do capítulo 21 de Ezequiel. Aqui se vê claramente que o Eterno fala do cativeiro de Judá às mãos do rei da Babilônia. A partir do versículo 25, Ele diz: “E tu, ó profano e impío príncipe de Israel [Zedequias], cujo dia virá no tempo da consumação da maldade. Assim disse o Senhor Eterno: Remove o diadema, e tira a coroa [como efectivamente ocorreu na primeira metade da comissão de Jeremias]; isto não será mais assim; exalta ao humilde e humilha ao exaltado. Eu revirarei, revirarei e revirarei a coroa; e ela não será mais, até que venha aquele a quem pertence de direito e a ele a entregarei”.

Entendamos isto claramente. “Remove o diadema, e tira a coroa”. O Rei Zedequias da dinastia de David tinha a coroa. Aqui diz que lhe seria removida. Ela foi removida. Ele morreu na Babilônia; tanto os seus filhos como todos os nobres de Judá foram mortos.

“Isto não será mais assim”. O diadema não teria de cessar, mas haveria uma mudança, o trono seria revirado—outro levaria a coroa. A promessa de Deus a David, não poderia falhar!

“Exalta ao humilde e humilha ao exaltado”. Quem é o “exaltado”? O rei Zedequias de Judá. Agora ele teria de ser humilhado. Ele perderia a sua coroa. Até esse ponto, Judá tinha estado “exaltada” enquanto Israel tinha sido “humilhada”—pois Israel tinha estado muitos dias sem rei (Oséias 3:4). A linhagem de Perez tinha sido a “exaltada” e a de Zerá a “humilhada”.

“Eu revirarei, revirarei e revirarei a coroa, e isto não será mais; e ela não será mais, até que venha aquele a quem pertence de direito e a ele a entregarei”. O quê teria de ser revirado? O diadema e o trono. Não uma vez apenas—mas três vezes seria revirado. Revirado através da humilhação de Zedequias, da casa de Judá e da linhagem de Perez e exaltando agora, a casa de Israel e a linhagem de Zerá! A primeira das três reviravoltas foi realizada na primeira metade da comissão de Jeremias.

“E isto não será mais.” Significa isto que o trono—a coroa—deixaria de existir? De jeito nenhum! Como poderia ser revirada duas vezes mais—isto é transferida de uma para a outra, se tivesse deixado de existir? Como poderia ser entregue a Ele—Cristo—a quem pertence de direito, na Sua segunda vinda, se tivesse deixado totalmente de existir? Como poderia aquele que estava “humilhado” ser agora exaltado pela coroa, se essa coroa já não existisse? O significado desta frase é: “Não haverá mais nenhuma reviravolta, até à segunda vinda de Cristo”! E então lhe será entregue a Ele.

Deus não quebraria a promessa inalterável que fez a David. Este teria um descendente que levaria posta essa coroa por todas as gerações! A segunda parte da comissão de Jeremias, teria de ser realizada. Era preciso transplantar e reconstruir o trono. A coroa teria de ser revirada—transferida para outro! Mas onde? Para quem?

Um “enigma” e um narrador de “parábola”!

A estranha verdade de como transplantar e reconstruir o trono de David está representada em “um enigma e uma parábola”, cuja linguagem simbólica tinha sido incompreendida até estes últimos dias. No entanto, hoje a sua clareza é tal que até um menino pode compreendê-la!

A encontramos no capítulo 17 de Ezequiel. Deveríamos ler todo o capítulo cuidadosamente. Note primeiro, que esta mensagem profética não está dirigida a Judá, aos Judeus, mas sim à casa de Israel. Esta é uma mensagem para levar luz à casa de israel, às dez tribos que se encontram perdidas nestes últimos dias!

Deus ordenou a Ezequiel que propusesse primeiro um enigma e depois uma parábola. O enigma está descrito do versículo 3 ao 10. Depois, a partir do versículo 12, o Eterno explica o seu significado: “Diz agora à casa rebelde [Deus chama, “casa rebelde” às dez tribos de israel (Ezequiel 12:9) para quem Ezequiel tinha sido instituído como profeta (Ezequiel 2:3; 3:1, etc.)], Não entendestes o que significam estas coisas? Fala para eles dizendo… e então o enigma é claramente explicado.

Uma grande águia veio ao Líbano e tomou o ramo mais alto do cedro. Segundo a explicação, a águia representava o Rei Nabucodonosor da Babilônia, o qual veio a Jerusalém e levou cativo ao rei de Judá. Depois arrancou a ponta mais alta dos seus raminhos e o levou para a terra de mercadores. A explicação nos mostra que se tratava dos filhos do rei, cativos também. A expressão “tomou também da semente da terra” (Ezequiel 17:5), significa que Nabucodonosor tomou parte do povo e dos poderosos de Judá. Ele “plantou esta semente “como um salgueiro. E brotou e se fez uma videira de muitos ramos, de pouca altura” (versículos 5-6). Isto nos diz que os Judeus receberam uma aliança mediante a qual, ainda que estivessem governados pelos Caldeus, podiam viver em paz e crescer. A “outra grande águia” do versículo 7, representava ao Faraó do Egipto.

Assim, o enigma representa a primeira metade da comissão de Jeremias. Agora vejamos a revelação a respeito da segunda metade—a transplantação do trono de David! Esta aparece na parábola, nos versículos 22-24: “Assim disse o Senhor Deus: Também eu tomarei um rebento do topo do alto cedro.” Da explicação dada pelo próprio Deus, nós aprendemos que o cedro representa a nação de Judá; o seu mais alto ramo era o seu rei. O enigma nos diz que Nabucodonosor tomou o seu ramo mais alto—o rei. A parábola nos diz que Deus—não Nabucodonosor, mas sim Deus—tomaria do mais alto ramo. Não todo o ramo, mas sim do ramo—os filhos de Zedequias. Mas Nabucodonosor já tinha tomado e matado a todos os seus filhos.

Agora Deus, por meio de seu profeta Jeremias, iria tomar do mais alto ramo e o iria “plantar” (versículo 22). “Da ponta dos seus renovos cortarei o mais tenro e o plantarei sobre um monte alto e sublime,” continua o Todo Poderoso! Assim que ele iria tomar “um renovo tenro”! Os renovos do mais alto ramo, representam os filhos do Rei Zedequias! Certamente que se os varões já tinham morrido, este renovo tenro representava então uma filha! “… e o plantarei”. Poderia esta linguagem simbólica dizer claramente que esta jovem princesa Judía se converteria na descendente real, através da qual o trono de David seria novamente plantado? Aonde? “… sobre um monte alto e sublime”, disse o Eterno. Na Bíblia, em linguagem simbólica, um “monte” sempre representa uma nação.

Mas qual nação?

“No monte alto de israel o plantarei,” responde o Eterno. O trono de David terá agora de ser plantado em israel, depois de ter sido arrancado de judá! Poderia a linguagem ser mais clara? “… e produzirá ramos [os ramos tenros—a filha do rei] e dará fruto e se tornará num cedro magnífico”.

Se acabou o trono de David, com Zedequias de Judá? Esqueceu Deus a Sua aliança? Não! Comparemos esta passagem com Isaías 37:31-32: “E o que tenha ficado da casa de Judá e tenha escapado, voltará a lançar raízes para baixo [será plantado] e dará fruto para cima”. O que foi removido de Judá, teria de ser plantado em israel! Depois que esta princesa Hebraica é “plantada” no trono, agora em Israel, perdida de vista—esse trono teria de dar fruto. A princesa teria de casar, ter filhos e os seus filhos de continuar a dinastia de David!

“… e habitarão debaixo dele aves de toda a espécie; à sombra dos seus ramos habitarão” (Ezequiel 17:23). O Israel “perdido” adquiriria assim o trono e se converteria de novo numa nação auto governada, a qual com o tempo se estenderia pela terra e cresceria em domínio e poder. Herdaria as promessas incondicionais da primogenitura, de acordo com a aliança de Deus com Abraão!

“E todas as árvores do campo …” (versículo 24). Nesta parábola e enigma, uma “árvore” é comparada a uma nação. Em outras palavras “todas as nações da terra.” “… e saberão todas as árvores do campo, que eu, o Eterno abati a árvore alta”. Judá, a árvore alta que reteve o trono 130 anos depois do cativeiro de Israel, ficava agora sumida na escravatura. “… levantei a árvore baixa”. Durante 130 anos Israel tinha sido um “árvore baixa.” Agora seria exaltada, se converteria de novo numa nação próspera com um rei Davídico. “… fiz secar a árvore verde [Judá] e fiz reverdecer a árvore seca [Israel].”

Comparemos esta linguagem com Ezequiel 21:26: “Remove o diadema e tira a coroa … exalta ao humilde, e humilha ao exaltado. Eu revirarei …” etc.” Aqui se descreve a transferência do trono de Judá para Israel. Israel já levava quatro séculos de independência na Irlanda. Israel já tinha uma linhagem real na qual a filha de Zedequias foi enxertada. Os Israelitas Irlandeses eram uma colônia antiga que não tinha ido para o cativeiro na Assíria.

Israel, encabeçada pelas tribos de Efraim e Manassés, possuidoras da primogenitura, teria de crescer e prosperar através do tempo. “Eu o Eterno o falei e o cumpri” (Ezequiel 17:24).

Sim a primogenitura está agora em Israel. Israel, apesar de perdida e supondo ser uma nação Gentia, é composta por aquele mesmo povo que teria de converter-se numa grande multidão—numa grande nação e num conjunto de nações, que teria de possuir as portas dos seus inimigos, converter-se num povo colonizador, estender-se pelo mundo e receber a bênção de grandes recursos e riquezas nacionais. E quando se convertesse assim numa nação poderosa e dominante no mundo, o trono de David seria encontrado transplantado entre eles!

Mas então, para onde se dirigiu Jeremias, acompanhado da descendência real, a fim de encontrar a casa perdida de Israel e plantar ali o trono de David? Onde estão eles hoje? Como se sarou a “brecha” ou “rotura” e como ascendeu ao trono, um filho de Zerá? Podemos nós sabê-lo?

Claro que podemos! A exacta e precisa localização está revelada na profecia bíblica! Além disso nós podemos seguir nos recontos da história, o rumo tomado por Jeremias!

Chapter 9: A nova terra de Israel

Nós estamos prontos agora para buscar a actual localização das tribos perdidas da casa de Israel. Nós sabemos que elas existem hoje como uma nação e um conjunto de nações, que são poderosas e que acreditam ser Gentios. Quando as encontremos, nós teremos encontrado o trono de David!

Muitas passagens da profecia falam destes povos nos últimos dias. São profecias que não se podiam entender antes deste “tempo do fim.” Profecias contendo uma mensagem que teria de ser levada a esses povos por aqueles a quem Deus as revela!

Primeiro, fixemos claramente estes factos:

O profeta Amós escreveu nos dias do décimo terceiro rei—(Amós 1:1) de um total de 19 que teve a casa de Israel: “Eis que os olhos do Senhor Deus estão sobre este reino pecador [a casa de Israel—a casa de Judá ainda não tinha pecado], e eu o destruirei [o reino, ou governo, não as pessoas] de sobre a face da terra … Porque eis que darei ordem e sacudirei a casa de Israel entre todas as nações, assim como se sacode o grão no crivo, sem que caia na terra um só grão” (Amós 9:8-9).

As pessoas crêem que esta profecia se aplica à dispersão dos Judeus. Mas isto não tem nada a ver com os Judeus ou a casa de Judá, mas sim com as dez tribos da casa de Israel—que foram levadas cativas para a Assíria e de lá emigraram dispersando-se entre outras nações, antes mesmo que os Judeus fossem levados para a Babilônia. Esta profecia diz que israel (não Judá) teria de ser sacudida entre as nações e perder a sua identidade—no entanto Deus os tem mantido e protegido: “sem que caia na terra um só grão.”

Uma nova pátria

Seria durante este tempo que a casa de Israel teria de estar “muitos dias sem rei” (Oséias 3:4). É muito claro que este povo se dispersou entre as nações, tal como o indicam muitas passagens do Novo Testamento. Ainda que muitos deles se tenham espalhado entre as várias nações durante o primeiro século A.D., uma parte deles se encontrava, já em tempos de Jeremias—140 anos depois do cativeiro—estabelecida num lugar de sua propriedade.

Mas estes Israelitas que possuíam a primogenitura teriam de chegar a uma nova terra própria. O Eterno diz em 2 Samuel 7:10 e em 1 Crônicas 17:9: “Assim mesmo prepararei um lugar para o meu povo Israel, e o plantarei ali [Jeremias teve a comissão de plantar o trono entre eles], para que habite nele e não seja mais removido”. Lendo o contexto desta passagem, vemos que não se refere à Palestina, mas sim a uma terra diferente onde teriam de reunir-se estes Israelitas dispersos depois de terem sido removidos da sua terra prometida, a Palestina, enquanto essa terra permanecia em mãos dos Gentios.

Note cuidadosamente! As tribos de Israel sairiam de Palestina, se dispersariam entre as nações, durariam muito tempo sem rei e perderiam a sua identidade, mas depois seriam “plantadas” numa estranha terra longínqua que se converteria na sua própria nação. E além disso, depois de alcançarem esse lugar, não se moveriam mais de aí! Isto é, pelo menos nesta era anterior à segunda vinda de Jesus Cristo.

Outras profecias indicam que estes povos possuidores da primogenitura, se converteriam em colonizadores e se estenderiam pelo mundo, mas que sempre conservariam a sua “pátria”, sede do governo e do trono de David.

Isto é muito importante! Uma vez que “esta sua própria terra” fosse alcançada e o trono de David fosse aí plantado, já não voltariam a ser removidos. Portanto, este povo se encontra hoje no mesmo lugar onde Jeremias plantou o trono de David, há mais de 2.500 anos!

Por conseguinte, as profecias respeitantes aos nossos dias, ou que assinalam onde estará esse povo pouco antes da segunda vinda de Cristo, nos assinalarão também o lugar exacto onde Jeremias o plantou. A casa de Israel regressará ainda à Palestina depois do regresso de Cristo—para então sim plantar vinhedos na Samaria, o seu país original. As profecias nos mostram desde onde emigrará o povo de Israel, numa época futura, o qual nos revela a sua localização actual. As duas seguintes “reviravoltas” do trono também estariam localizadas neste mesmo local.

Encontrado o Israel perdido

Sem mais incertezas, vejamos onde se situam em profecia estes possuidores do trono de David, da primogenitura e das grandes promessas materiais. Recordemos que vários nomes se referem a eles, distinguindo-os de Judá—os Judeus, tais como: “Efraim,” “José,” “Jacó,” “Raquel” (a mãe de José), “Samaria” (sua antiga pátria) e “Israel”.

Segundo Oséias 12:1: “Efraim … segue ao vento leste”. O “vento leste” sopra em direcção oeste. Portanto, Efraim deve ter-se dirigido para o oeste desde a Assíria. Quando o Eterno jurou a David que perpetuaria o seu trono, Ele disse: “Fixarei também a sua mão esquerda (ceptro) sobre o mar …” (Salmos 89:25). O trono, pois, teria de ser “fixado,” plantado, “sobre o mar.”

Por meio de Jeremias, o Eterno disse: “Já a rebelde Israel se mostrou mais justa do que a aleivosa Judá. Vai, pois e apregoa estas palavras para o lado norte e diz, Volta, ó rebelde Israel, diz o Senhor” (Jeremias 3:11-12). Aqui se distingue claramente entre Israel e Judá. Israel, desde logo, estava ao norte de Judá enquanto esteve na Palestina—mas quando estas palavras foram escritas por Jeremias, Israel já tinha sido removido da Palestina há mais de 130 anos atrás e tinha emigrado, com os Assírios, em direcção norte (e oeste) da localização original da Assíria.

Nestes últimos dias têm de ir mensageiros “para o norte” (de Jerusalém) para poderem localizar ao Israel perdido e proclamar-lhe esta advertência. A localização, pois, se encontra agora para o norte, para o oeste e sobre o mar.

O mesmo capítulo diz, no versículo 18: “Naqueles dias andará a casa de Judá com a casa de Israel e virão juntamente da terra do norte, para a terra que eu dei como herança aos vossos pais”. No futuro êxodo, na vinda de Cristo, o povo de Israel regressará à Palestina proveniente do norte!

Depois de exclamar: “Como poderei abandonar-te, ó Efraim?”, o Eterno diz através de Oséias: “Os filhos virão tremendo desde o ocidente” (Oséias 11:8, 10).

E de novo: “Eis que eu os farei voltar da terra do norte e os reunirei das extremidades da terra” (Jeremias 31:8). Esta profecia é para ser considerada nos “últimos dias” (Jeremias 30:24 e 31:1) e está dirigida a “Israel” (versículos 2, 4, 9), a “Efraim” (versículos 6, 9) e a “Samaria” (versículo 5). A palavra traduzida como “extremidades” aparece como “costas” em outras versões. Isto nos dá outra pista: “As costas da terra” nos indica que são nações que dominam o mar e que se estenderam amplamente mediante a colonização.

Referindo-se à casa de israel, não a Judá (Isaías 49:3, 6), Deus diz: “Eis que, estes virão de longe; e eis que estes desde o norte e do ocidente e estes da terra de Sinim” (Isaías 49:12). No idioma Hebreu, em que se escreveram estas passagens originalmente, não existe a palavra “noroeste” mas este termo é designado pela frase “do norte e do ocidente”. Esta expressão significa literalmente, noroeste! A versão Vulgata traduz “Sinim,” como “Austral,” ou “Austrália.” Portanto, nós temos a sua localização a noroeste de Jerusalém e espalhados mesmo ao redor do mundo.

Portanto, o Israel actual—o mesmo Israel dos dias em que Jeremias “plantou” o trono de David—está especificamente localizado ao noroeste de Jerusalém e sobre o mar! Mas localizemos esta terra ainda mais especificamente!

O mesmo capítulo 49 de Isaías começa assim: “Escutai-me ó ilhas.” O povo a quem está dirigido, Israel, é chamado “Ó ilhas” no primeiro versículo e “Ó Israel” no terceiro. Este termo “ilhas” às vezes é traduzido como “costas.”

O capítulo 31 de Jeremias, que situa a Israel na “terra do norte”, diz: “Sou um pai para Israel e Efraim é o meu primogênito. Ouvi a palavra do Eterno, ó nações [Efraim e Manassés] e anunciai-o nas ilhas longínquas …” (Jeremias 31:9-10).

E também diz: “Calai-vos perante mim, ó ilhas … tu ó Israel, servo meu, tu Jacó a quem elegi” (Isaías 41:1, 8).

Em Jeremias 31:10, a mensagem tem de ser anunciada “nas ilhas longínquas” e “ao chefe das nações” (versículo 7). Hoje, tal como nos tempos de Jeremias, a casa de Israel se encontra nas ilhas, as quais estão “no mar,” sendo o principal país ao noroeste de Jerusalém. É um povo que habita “sobre o mar”, ou seja que domina o mar. Dificilmente poderíamos errar ao identificá-lo agora!

Tome um mapa da Europa e trace uma linha em direcção noroeste desde Jerusalém, atravessando o continente Europeu até chegar ao mar e depois às ilhas que há nesse mar! A linha assim traçada leva directamente às Ilhas Britânicas!

Existem tantas provas que os nossos povos de raça branca e de língua Inglesa actuais—a Grã-Bretanha e os Estados Unidos—são em realidade as tribos de Efraim e Manassés, possuidoras da primogenitura e pertencentes à casa “perdida” de Israel, que somente temos espaço neste livro para uma pequena porção.

Os nomes Hebraicos da Grã-Bretanha

A palavra Hebraica para “homem” é iysh ou ish. Em inglês, a terminação “ish” significa de ou pertencente a (uma nação ou pessoa específica). No idioma Hebraico original, as vogais não se escreviam. Portanto, omitindo a vogal “e” de berith mas deixando a “i” na sua forma inglesa para conservar o som de “y”, temos a forma inglesada da palavra Hebraica que significa pacto, brith.

Os Hebreus no entanto, nunca pronunciavam a letra “h”. Ainda hoje, muitos Judeus escrevem o nome Sem, como Shem, mas o pronunciam “Sem”. Igualmente, a palavra Hebraica para “pacto”, na sua forma Inglesa, se pronunciaria brit.

E a palavra para indicar “homem do pacto” ou “povo do pacto” seria portanto, simplesmente brit–ish, que em inglês é precisamente o gentílico Britânico. Será pois, somente coincidência que o verdadeiro povo do pacto seja hoje chamado “british” (Britânico)? E que além disso viva nas “british isles” (Ilhas Britânicas)!

A casa de Israel teria de perder não somente a sua identidade, mas também o seu nome. Teria de possuír um novo nome, uma vez que já não seria conhecida pelo nome de Israel, tal como o disse Deus claramente em Isaías 62:2, referindo-se a estes últimos dias e ao milênio.

Deus tinha dito a Abraão: “Em isaque será chamada a tua descendência,” e esta promessa se repete em Romanos 9:7 e em Hebreus 11:18. Em Amós 7:16, os Israelitas são chamados “a casa de isaque”. Como descendentes de Isaque, são filhos de Isaque (em inglês, Isaque’sons). Tirando a “I” de “Isaque” (já que no Hebraico não se usam as vogais), fica o nome moderno de saque’s sons ou de uma forma mais abreviada, “saxons” (que significa “Saxões”)!

O Dr. W. Holt Yates diz: “A palavra ‘Saxons’ é derivada da expressão ‘sons of Isaque’ [filhos de Isaque] quando esta perde o prefixo ‘I’.”

Muitos confundem aos Anglo-Saxões com os Alemães ou os Antigos Saxões que ainda vivem na Alemanha. Os Saxões Alemães derivam o seu nome de uma palavra antiga do Alto Idioma Alemão, Sahs, que significa “espada” ou “faca”. Esses Alemães que carregavam a espada, eram um povo totalmente diferente dos Anglo-Saxões que emigraram para a Grã-Bretanha.

Dã um rasto de serpente

Como a intenção do Eterno era que Israel fosse encontrado e identificado nos últimos dias, é de esperar que dito povo deixasse alguns sinais ou algum rasto na sua trajectória desde a Assíria, terra do seu cativeiro original.

Falando para Efraim (versículo 20), o Eterno diz em Jeremias 31:21: “Levanta para ti pilares no caminho, faz para ti postes altos, aplica o teu coração à alta estrada, ao caminho por onde andaste, ó virgem de Israel …” Nas Sagradas Escrituras encontramos esses “pilares no caminho” ou sinais de estrada, que eles deixaram ao longo da rota em que viajaram.

Antes de morrer, quando Jacó predizendo o que seria de cada uma das tribos, disse em Gênesis 49:17: “Dã será serpente junto ao caminho”. Outra tradução do texto Hebraico diz: “Dã será rasto de serpente”. É significativo o facto de que esta tribo de Dã, uma das Dez Tribos, dava o nome de Dã, seu pai, a cada um dos lugares por onde passava.

A tribo de Dã ocupou inicialmente uma faixa da costa Mediterrânea a oeste de Jerusalém. Em Josué 19:47 lemos: “E faltou território aos filhos de Dã; e subiram os filhos de Dã e combateram a Lesém e a tomaram … chamaram a Lesém, DÃ, segundo o nome de Dã, seu pai.”

Em Juízes 18:11-12 se narra que a família de Dã tomou a Quiriat-Jearim e “chamaram àquele lugar o acampamento de Dã, até ao dia de hoje”. Pouco depois, o mesmo grupo de 600 Danitas armados chegou a Laís, a qual capturaram “e puseram o nome de àquela cidade, conforme o nome de Dã seu pai” (versículo 29). Note, pois, como essa tribo deixou o seu “rasto de serpente” pelo caminho—como deixou sinais que nos permitem seguir-lhes a pista até hoje.

Recorde que no Hebraico, as vogais não se escreviam. O som das vogais era suprimido ao falar. Assim, o equivalente de Dã em outro idioma poderia escrever-se simplesmente “Dn.” Poderia ser pronunciado “Dan”, “Den”, “Din”, “Don” ou “Dun,” sem deixar de ser o mesmo nome original Hebreu.

A tribo de Dã ocupou dois distritos ou províncias diferentes na Terra Santa, antes do cativeiro na Assíria. Uma colônia habitou na costa marítima da Palestina. Eles eram marinheiros na sua maioria e a Bíblia nos diz que Dã habitou junto aos navios (Juízes 5: 17).

Quando a Assíria capturou a Israel, estes Danitas abordaram os seus navios e viajaram rumo ao ocidente através do Mediterrâneo e para o norte, até à Irlanda. Pouco antes de morrer, Moisés tinha profetizado a respeito desta tribo: “Dã é cachorro de leão que salta desde Basã” (Deuteronômio 33:22). Ao longo das costas do Mediterrâneo, esta tribo deixou o seu rasto nos nomes “Den”, “Don” e “Din”.

A história e as Crônicas da Irlanda nos dizem que os novos colonizadores desse país nesse mesmo momento histórico eram os “Tuatha De Danaan,” o qual traduzido, significa, “Tribo de Dã.” Às vezes o nome aparece simplesmente como “Tuatha De,” que quer dizer “povo de Deus.” E na Irlanda encontramos muitos “sinais” desta índole: Dans-Laugh, Dan-Sower, Dun-dalk, Dun-drum, Don-egal (baía e cidade), Dun-gloe, Lon-don-derry, Din-gle, Duns-mor (que significa “mais Dãns”). Além disso, o nome Dunn em idioma Irlandês, significa o mesmo que Dã em Hebreu: juiz.

A colônia nordestina de Danitas, foi levada para a Assíria em cativeiro e de lá viajaram por terra com as restantes Dez Tribos.

Terminado o cativeiro na Assíria, habitaram durante algum tempo a terra imediatamente ao ocidente do Mar Negro. Aí encontramos os rios Dniepre, Dniester e Don.

Depois, tanto na geografia antiga como na mais recente encontramos os seguintes sinais: Dan-au, o Dan-inn, o Dan-aster, o Dan-dari, o Dan-ez, o Don, o Dan e o U-don; o Eri-don, até aos Din-amarqueses. Dinamarca significa “a marca de Dã”.

Quando chegaram às Ilhas Britânicas, estabeleceram os “sinais” com nomes como Dun-dee e Dun-raven; na Escócia os nomes “Dan,” “Don” e “Dun” são tão comuns como na Irlanda. Assim, o “rasto de serpente” deixado por Dã, nos estabeleceu sinais que nos conduzem directamente às Ilhas Britânicas!

As antigas crônicas da Irlanda.

Agora averiguemos brevemente o que se encontra nas antigas Crônicas, nas lendas e na história da Irlanda e teremos a visão do lugar onde Jeremias “plantou” a Israel e a sua actual localização.

A história antiga da Irlanda é muito extensa, ainda que salpicada de lendas. No entanto, tendo presentes os acontecimentos e as profecias da Bíblia, é fácil distinguir entre a lenda e a verdadeira história, ao estudarmos as antigas Crônicas da Irlanda. Descartando as lendas óbvias, retiramos o seguinte, tomado de diferentes livros: Muito antes do ano 700 A.C., uma colónia forte chamada “Tuatha de Danann” (Tribo de Dã), chegou em navios à Irlanda, afugentou as outras tribos e se estabeleceu aí. Mais tarde, nos dias de David, chegou à Irlanda vinda do Próximo Oriente, uma colónia da linhagem de Zara.

Então, no ano 569 A.C. (data em que Jeremias transplantou o trono), chegou à Irlanda um ancião, patriarca de cabelos brancos, por vezes também referido como “santo”. Com ele veio uma princesa filha de um rei oriental e um companheiro seu de nome “Simão Brach” (a ortografia deste nome varia nos diferentes textos históricos: Breck, Berech, Brach ou Berach). A princesa tinha um nome Hebraico—Tefi—que era um apelido, pois o seu nome verdadeiro era Tea-Tefi.

Na literatura moderna daqueles que reconhecem a nossa identidade nacional, têm confundido esta Tea-Tefi, filha de Zedequías, com uma Tea anterior, filha de Ith, que viveu nos dias de David.

Entre este grupo real se encontrava o filho do rei da Irlanda, que tinha estado em Jerusalém durante o cerco. Aí ele tinha conhecido a Tea-Tefi. Eles se casaram pouco depois do ano 585—quando a cidade caíu. O seu filho mais novo, de uns 12 anos de idade, os acompanhou para a Irlanda. Além da família real, Jeremias levava consigo algumas coisas notáveis, entre elas uma harpa, uma arca e uma pedra maravilhosa chamada “Lia-fail” ou “pedra do destino”. Uma interessante coincidência, (será?) com respeito a este nome, é que, ainda que o Hebreu se escreva da direita para a esquerda e o Português tal como o Inglês se escrevam da esquerda para a direita, “Lia-fail” se lê e pronuncia da mesma forma tanto da frente para trás, como de trás para a frente.

Outra estranha coincidência—ou será coincidência?—é que muitos reis na história da Irlanda, Escócia e Inglaterra têm sido coroados sentados sobre esta mesma pedra—incluindo a actual rainha. A pedra jaz hoje na Abadia de Westminster em Londres e o trono da coroação está construído ao redor e sobre ela. Ao lado existe um letreiro que diz: “Jacob’s pillar stone” (A pedra coluna de Jacó) (Gênesis 28:18).

O esposo real da princesa Hebraica Tea, recebeu o título de “Herremón” quando ascendeu ao trono do seu pai. Muitos têm confundido este Herremón com outro muito anterior, que viveu em tempos de David e se casou com Tea, a filha de seu tio Ith. O filho do segundo Herremón e da princesa Hebraica continuou no trono de Irlanda e a sua dinastia permaneceu sem interrupção com todos os reis de Irlanda; depois foi removida e transplantada na Escócia; foi removida novamente, passando para Londres, Inglaterra, onde essa mesma dinastia continua hoje reinando, com a Rainha Isabel II à cabeça.

Outro facto interessante é que as coroas que usaram os reis da linhagem de Herremón e outros soberanos da antiga Irlanda tinham doze pontas!

A Rainha Isabel no trono de David

Unindo a história e as profecias bíblicas com a história da Irlanda, pode alguém negar que esta princesa Hebraica era filha do Rei Zedequias de Judá e como tal, herdeira do trono de David? Que o velho patriarca era Jeremias e o seu companheiro o escriva ou secretário, Baruque? Que o rei Herremón era descendente de Zara e que contraíu matrimônio com uma filha de Perez, sarando assim a antiga rotura? Que uma vez removido ou arrancado o trono de David por Jeremias, foi replantado na Irlanda, depois removido novamente e replantado por segunda vez na Escócia, removido pela terceira vez e plantado finalmente em Londres? Quando Cristo regresse à Terra para ocupar esse trono, Ele ocupará um trono vivo, em existência, não um trono inexistente, (Lucas 1:32).

A Mancomunidade Britânica de Nações, é a única multidão unida de nações que existiu em toda a história do mundo. É possível que o povo de língua Inglesa cumpra exactamente todas as especificações da primogenitura e que não seja o povo da primogenitura?

Os Estados Unidos se expandiram rápidamente em recursos e riquezas nacionais depois de 1800, mas alcançaram domínio mundial junto das nações, mais tarde que a Mancomunidade Britânica. Eles se converteram num gigantesco poder mundial nos finais da Primeira Guerra Mundial.

Os Estados Unidos são Manassés

As bênçãos proféticas pronunciadas por Jacó quando estava a ponto de morrer, indicam que Efraim e Manassés herdariam a primogenitura conjuntamente; que permaneceriam unidos por longo tempo, para finalmente se separarem.

Em Gênesis 48, Jacó primeiro transmitiu a primogenitura conjuntamente aos dois filhos de José, mencionando a ambos. Depois falou deles separadamente—Manassés teria de converter-se numa grande nação e Efraim num conjunto ou multidão de nações.

E na sua profecia para os últimos tempos, Jacó disse: “Ramo frutífero é José, ramo frutífero junto a uma fonte, cujos ramos se estendem sobre o muro” (Gênesis 49:22). Por outras palavras José—Efraim e Manassés em conjunto—teriam de converter-se num povo colonizador nestes últimos tempos, estendendo colônias ao redor do mundo a partir das Ilhas Britânicas.

Efraim e Manassés cresceram juntos até formar uma multidão e depois se separaram segundo a bênção profética de Jacó em Gênesis 48. Os povos da Inglaterra e dos Estados Unidos cumpriram esta profecia.

Cabe perguntar-se no entanto, como é que os Estados Unidos podem ser Manassés, se grande parte dos seus habitantes vieram de muitos países para além da Inglaterra? A resposta é a seguinte: Uma grande parte da tribo de Manassés permaneceu com Efraim até à separação da nova Inglaterra (nome dado ao sector nordeste dos Estados Unidos). Mas segundo a profecia, os seus antepassados teriam de ser sacudidos como se sacode o grão num crivo, sem que caísse em terra um só grão, isto é, sem que nenhum se perdesse (Amós 9:9). Efectivamente, o povo Norte Americano se filtrou por entre muitas nações. Efraim e grande parte de Manassés emigraram juntos para a Inglaterra, mas muitos outros descendentes de Manassés, se filtraram através de outras nações, como por um crivo e de lá emigraram para os Estados Unidos, depois da colónia da Nova Inglaterra se ter convertido em uma nação independente. Isto não quer dizer que todos os estrangeiros que emigraram para os Estados Unidos, sejam da tribo de Manassés, mas sem dúvida, muitos o são. Por outra parte, Israel sempre absorveu aos Gentios que se convertiam em Israelitas, através do matrimônio e da vivência em terras de Israel.

Assim o povo Norte Americano é reconhecido como uma mistura de gente proveniente de diferentes países do mundo. Mas este facto não contradiz a sua ascendência (Manassés) mas sim a confirma. São muitas as provas de que os Estados Unidos são Manassés. Este tinha de separar-se de Efraim e converter-se na maior e mais rica nação na história do mundo. Nenhum outro país cumpriu essa profecia. Manassés foi em realidade a tribo número treze. As tribos originais foram doze. José era um desses doze. Mas quando José se dividiu em duas tribos e Manassés se converteu em uma nação independente, se tornou na tribo número treze.

Será simples coincidência o facto de que esse país, principiou como nação, com treze colônia?

Agora bem, que pode ser dito com respeito às outras das chamadas “Dez Tribos Perdidas”? Ainda que a primogenitura fosse de José e as bênçãos caíssem sobre a Mancomunidade Britânica de Nações e os Estados Unidos da América, também as oito tribos restantes, eram parte do povo escolhido de Deus. Elas também têm sido abençoadas com grande abundância de prosperidade material—mas não com o domínio da primogenitura.

Por falta de espaço, não podemos entrar numa descrição detalhada da identidade de todas estas tribos entre todas as nações no século vinte. Basta dizer que essas oito tribos formaram nações da Europa Ocidental tal como a Holanda, Bélgica, Dinamarca, o norte da França, Luxemburgo, Suíça, Suécia e Noruega. O povo da Islândia é também de origem Viking. As actuais fronteiras políticas da Europa, não mostram necessáriamente as divisões entre os descendentes destas originais tribos de Israel.

Chapter 10: A primogenitura retida durante 2.520 anos!

O cumprimento mais assombroso da profecia bíblica nos tempos modernos foi o repentino florescer das duas maiores potências mundiais—uma, a mancomunidade de nações formando o maior império mundial de todos os tempos; a outra, a nação mais rica e poderosa do mundo actual. Estes povos que herdaram a primogenitura alcançaram, com rapidez incrível, a possessão de mais de dois terços—perto de três quartos—da riqueza e dos recursos cultiváveis de todo o planeta. Este auge sensacional, partindo da virtual obscuridade e num curto espaço de tempo, é uma prova indiscutível de divina inspiração. Jamais em toda a história, ocorreu outra coisa semelhante.

Mas por quê os herdeiros da primogenitura somente receberam esse poderio e essa prosperidade sem precedentes depois do ano de 1800 A.D.? Por que não os receberam as tribos de Efraim e Manassés há milhares de anos atrás—nos tempos de Moisés, Josué, David ou Elias?

Uma “nação” e um “conjunto de nações”

Recordemos agora que a promessa da primogenitura foi dada às tribos de Efraim e Manassés—não às outras tribos nem aos seus descendentes. Estas duas tribos, no entanto, formavam parte do reino nortenho de Israel.

Vejamos de novo a promessa original: “Uma nação e um conjunto de nações sairão de ti” (Gênesis 35:11).

Pouco antes de morrer, Jacó (Israel) transferiu a promessa a Efraim e a Manassés, filhos de José, dizendo: “… seja perpetuado neles o meu nome” (Gênesis 48:16). Portanto, são eles—os descendentes de Efraim (o povo Britânico) e de Manassés (o povo Norte Americano)—não os Judeus, que são referidos em profecia com os nomes de Jacó ou Israel. Depois, Jacó acrescentou: “… e que eles se multipliquem em grande maneira”.

Depois, falando de Manassés e dos seus descendentes unicamente, Jacó profetizou: “… também ele será um povo [nação] e também ele será grande; contudo o seu irmão menor [Efraim] será maior do que ele e a sua descendência [de Efraim] será uma multidão [um conjunto ou mancomunidade] de nações” (Gênesis 48:19).

No ano de 1800 A.D., o Reino Unido e os Estados Unidos eram países pequenos e insignificantes. O primeiro estava formado somente pelas ilhas Britânicas com uma parte muito pequena da Índia e do Canadá, além de umas poucas ilhas pequenas. Os Estados Unidos consistiam apenas de 13 colônias e de três estados adicionados a elas. Nenhum destes países possuía grande riqueza ou poder.

Mas a partir do ano de 1800, estas duas pequenas nações começaram a surgir espectacularmente até atingirem um grau de opulência e domínio nunca antes visto. O império Britânico não demorou a estender-se ao redor do mundo a tal ponto que o sol nunca se punha sobre as suas possessões. Canadá, Austrália e África do Sul receberam posição de domínio—convertendo-se em nações livres, auto-governadas independentemente da Inglaterra—constituindo um conjunto ou mancomunidade de nações unidas, não por um governo legal, mas unicamente pelo trono de David!

Mas por quê, essa grandiosa primogenitura oferecida incondicionalmente a Abraão, reprometida a Isaque e a Jacó, não se tornou efectiva durante milhares de anos—senão depois do ano 1800 A.D.? A resposta é fantástica – excitante!

Para entender este auge milagroso, é necessário examinar o capítulo central das profecias do Antigo Testamento—o capítulo 26 de Levítico.

Profecia para agora

Esta notável profecia além de ser uma advertência para o povo de Israel nos dias de Moisés, é uma profecia que diz respeito aos nossos tempos. Poucos sabem que as profecias do Antigo Testamento pertencem principalmente a este século 20—muitas vezes, as profecias nem se referem àqueles tempos antigos.

Os ministros e dirigentes eclesiásticos de hoje se formaram nos seminários teológicos das suas respectivas religiões. Eles foram ensinados primordialmente a partir de livros sectários—não da Bíblia! Muitas dessas denominações dizem: “Nós somos uma igreja do novo Testamento”, supondo que as profecias do Antigo Testamento se referem somente a tempos do Antigo Testamento, carecendo de significado para nós hoje. Isto é um erro e um engano! Muitas das profecias do Antigo Testamento não foram escritas para os Israelitas daquela época, nem foram lidas por eles. A Igreja de Deus do Novo Testamento, está actualmente estruturada sobre o fundamento dos Profetas do Antigo Testamento, bem como dos apóstolos (Efésios 2:20).

Daniel escreveu depois que Israel e Judá tinham sido levados como escravos para longe da Palestina. Ele não tinha forma de comunicar as suas profecias aos seus compatriotas escravizados—e além disso, o significado estava fechado e selado até aos nossos dias (Daniel 12:8-9).

Ezequiel não foi profeta para os Judeus da casa de Judá, ainda que estivesse junto deles no cativeiro. A sua profecia tinha de ser proclamada à casa de Israel—levada 130 anos antes e desaparecida de vista por altura do tempo de Ezequiel. Dita profecia teria de ser proclamada hoje à casa de Israel, neste século 20, por meio dos ministros de Deus que agora sim conhecem a sua identidade!

E esta profecia de Levítico 26, ainda que tenha sido escrita por Moisés antes de que os Israelitas entrassem na terra prometida, é uma profecia de duplo cumprimento. Foi uma advertência para os que viveram em tempos de Moisés, mas o seu cumprimento final, tal como veremos, se efectuou e continua a efectuar-se nos nossos dias. E através deste cumprimento duplo, que caracteriza muitas profecias, se está advertindo também aos povos Britânicos e Norte Americanos sobre eminentes acontecimentos! Levítico 26 é a profecia básica do Antigo Testamento. Ela contém uma essencial, viva e tremenda mensagem e uma advertência para os nossos povos actuais!

A profecia principal

Nesta profecia fundamental, Deus reafirmou a promessa da primogenitura—mas com certas condições—para os que viveram durante a época de Moisés! As tribos de Efraim e Manassés unidas às demais, formavam uma só nação. Obediência às leis de Deus teria trazido enormes bênçãos nacionais não somente a Efraim e a Manassés, mas também a toda a nação, que automaticamente teria disfrutado delas.

Note cuidadosamente que dois dos Dez Mandamentos são mencionados para dar ênfase. Estes eram os principais mandamentos de prova! Eram testes de obediência, de lealdade e de fé em Deus. Deus disse: “Não fareis para vós ídolos, nem escultura … para vos inclinardes a ela; porque Eu sou o Eterno vosso Deus. Guardareis os meus sábados …” (Levítico 26:1-2).

Existia uma condição—um grande “mas”—para receber o actual cumprimento desta estupenda primogenitura no seu tempo! Deus disse: “Se andardes nos meus estatutos e guardardes os meus mandamentos e os puserdes por obra; então eu vos darei as chuvas no seu tempo e a terra dará a sua colheita …” (versículos 3-4). Toda a riqueza vem da terra. Eles teriam colheitas abundantes todo o ano, uma após outra. Versículo 6: “E eu vos darei paz na terra … e não haverá quem vos espante … e a espada [ou guerra] não passará pela vossa terra”. Que grandiosas bênçãos! Que nação há que goze de paz contínua, sem interrupção e sem temor a uma invasão militar?

Neste mundo, desde logo, toda nação tem algum inimigo. Que ocorreria, pois, em caso de ataque? Versículos 7-8: “E perseguireis aos vossos inimigos e cairão à espada diante de vós. Cinco de vós perseguirão a um cento e cem de vós perseguirão a dez mil …”

Uma vez que muitas nações deste mundo têm sido agressoras, Israel estaria sujeita a ataques. Mas uma nação que tivesse a superioridade militar necessária para derrotar aos seus agressores, se converteria na nação predominante e mais poderosa do mundo—especialmente se além disso tivesse grandes riquezas e recursos naturais. Versículo 9: “Porque eu olharei por vós e vos farei crescer e vos multiplicarei e confirmarei a minha aliança convosco”.

O grande “se”

Mas aqui vem a alternativa—SE as condições não forem cumpridas: “… se não me ouvirdes e não cumprirdes todos estes mandamentos … eu também vos farei isto: enviarei sobre vós terror, exaustão e calor ardente [febre], que consumam os olhos e atormentem a alma; e semeareis em vão a vossa semente, porque os vossos inimigos a comerão. Porei o meu rosto contra vós e sereis feridos diante dos vossos inimigos; e os que vos odeiam se assenhorearão de vós [reinarão sobre vós]” (versículos 14-17). Eles seriam invadidos, conquistados e escravizados de novo—tal como o tinham sido no Egipto antes que Deus os libertasse.

Em realidade que aconteceu?

Esses Israelitas se queixaram, murmuraram e duvidaram de Deus quase desde a mesma noite em que abandonaram o Egipto. Ao chegarem ao Mar Vermelho, Deus os livrou milagrosamente do exército que os perseguiu. Enviou maná e codornizes desde o céu para os alimentar. Deus fez emanar água potável de uma grande rocha para que bebessem. Mas eles sempre se queixavam, mantendo a sua atitude rebelde.

Os filhos de Israel, sob Moisés, chegaram ao deserto ao pé do monte Sinai. Aí, Deus chamou a Moisés à montanha e lhe falou. Aí Deus ofereceu a Israel a oportunidade de se converter na sua nação—sob o Seu governo e se eles fossem obedientes e leais ao Seu governo, receberiam a fabulosa primogenitura e o domínio mundial.

O eterno disse: “Agora pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar sobre todos os povos; porque toda a terra é minha” (Êxodo 19:5).. Note que Deus não os obrigou a converter-se na Sua nação—uma nação “peculiar” diferente dos reinos Gentios apóstatas. A decisão era deles!

O princípio de uma nação

Moisés regressou ao acampamento. Ele expôs o acordo (aliança) proposta por Deus ante a vasta congregação de talvez dois ou três milhões de pessoas.

“E todo o povo respondeu a uma só voz e disse: Tudo o que o Eterno falou, nós faremos” (Êxodo 19:8).

Durante dois dias o povo foi especialmente preparado para um acontecimento surpreendente. Teriam de escutar a voz do próprio Deus, proveniente da montanha. No terceiro dia, entre uma tremenda, fantástica e formidável mostra sobrenatural de relâmpagos e nuvens espessas revolvendo-se sobre o cume, a tremenda voz de Deus retumbou—extremamente alta—pronunciando aos seus ouvidos a lei básica do Seu governo—a grande lei espiritual definindo, em princípio, o caminho de vida de deus—o qual é o caminho para evitar os males que afligem o mundo—o caminho que produz paz, felicidade e prosperidade.

Essa vasta assembléia escutou a voz do deus eterno, proclamando-lhes os Dez Mandamentos! Grande foi o seu temor! Eles tremeram! Foi uma experiência única que jamais tinha sucedido antes—e que nunca se voltou a repetir.

Depois, por meio de Moisés, Deus esboçou em maior detalhe a Sua proposta para os estabelecer como a Sua nação. De novo o povo respondeu em voz unânime: “Faremos todas as palavras que o Eterno falou” (Êxodo 24:3). Moisés escreveu todos os termos desta aliança—deste acordo fazendo daqueles ex-escravos a nação de Deus. Este acordo, era também uma aliança de matrimônio, tendo ao Eterno como esposo e obrigando a esposa (Israel) a obedecer-Lhe.

Moisés leu os termos e as condições—o “livro do pacto—diante de todo o povo. Mais uma vez expressaram unânimente a decisão da sua parte: “Tudo o que o Eterno falou faremos e obedeceremos” (Êxodo 24:7).

O antigo pacto—um matrimônio

O acordo entre Deus e o Seu povo—chamado de “antigo pacto”—foi então ratificado e posto em vigência com sangue (Êxodo 24:5-8).

O mediador do “antigo pacto” foi Moisés. Ele desposou um povo mortal e humano com o Eterno, convertendo-o na sua nação. Eles prometeram a Deus a sua obediência como cidadãos leais. Este “antigo pacto” estava baseado na promessa de primogenitura que Deus tinha feito a Abraão. Mas os seres humanos, cheios de vaidade, inveja, cobiça e concupiscência, rara vez permanecem fiéis. Por isso, o Cristo vivo pronto virá para ser o Mediador de um novo pacto baseado em melhores promessas (Hebreus 8:6-10 e 9:15). Mas o novo pacto não se fará com seres humanos mortais que violem as Suas promessas. Deus tem estado—e continua preparando agora—um povo que se converterá em imortal. Estes seres imortais contrairão matrimônio com Cristo. Ele morreu, ressuscitou e enviou o Espírito santo de Deus, “para santificar e purificar” a esta “esposa” do Novo Testamento (Efésios 5:26-27).

A nova aliança será feita com um povo que já terá sido posto à prova ao longo de uma vida Cristã de obediência, fé, desenvolvimento do conhecimento e carácter e de triunfos; um povo então tornado imortal, santo e perfeito.

Esta nova aliança tem por base a promessa do ceptro feita a Abraão—e se realizará através do regresso do rei de reis, Jesus Cristo, da própria dinastia de David.

Os Israelitas se tornam idólatras

Vejamos qual foi o comportamento destes Israelitas mortais.

Uma vez ratificado o antigo pacto entre Deus e Israel, Ele chamou a Moisés a subir à montanha. Moisés permaneceu nela quarenta dias recebendo instruções detalhadas para a congregação (igreja) e para a nação—pois a igreja dos Israelitas e o estado eram um.

Decorridos vários dias da ausência de Moisés, o povo disse a Aarão: “Levanta-te e faz-nos deuses que vão adiante de nós; porque a este Moisés, o varão que nos tirou da terra do Egipto, não sabemos o que lhe tenha acontecido”. De maneira que tomaram as suas argolas e jóias de ouro e Aarão as tomou para fazer com elas um bezerro de ouro para seu ídolo (Êxodo 32:1-4).

Moisés baixou da montanha trazendo consigo as duas placas de pedra sobre as quais o Eterno tinha gravado os Dez Mandamentos com o Seu próprio dedo. Ao ver o ídolo de ouro e ao povo que o adorava gozando e dançando, perdeu a serenidade e com grande ira atirou as placas de pedra e as quebrou.

Claro que, tal como certas grandes entidades religiosas que se chamam “Cristãs” fazem hoje, estes argumentaram que o bezerro simplesmente representava a Deus—que era uma imagem do que eles pensavam ser a aparência de Deus.

Uma vez fabricado o bezerro, Aarão proclamou uma festa “ao Eterno” (Êxodo 32:5), durante a qual eles adoraram diante do ídolo. Vá hoje a uma igreja Anglicana ou Católica e pergunte ao padre ou sacerdote se as imagens da “Maria” ou de “Cristo” são ídolos—se eles estão ou não adorando ídolos. Eles com indignação dirão: “Não! Nós não adoramos ídolos. Nós não adoramos as imagens. Nós não afirmamos que as imagens sejam em realidade Cristo ou Maria—elas somente representam, ou nos mostram, como eram Cristo ou Maria!”

Esta é precisamente a maneira como os pagãos sempre adoraram aos seus ídolos! Mas a ira de Deus se acendeu por causa desta prática (Êxodo 32:7-10). Deus não aceita tal adoração! Veja também Deuteronômio 12:30-31.

Retida 40 anos

No segundo ano depois de sair do Egipto, os Israelitas passaram a um novo acampamento no deserto de Parã (Números 10:11-12). Ali Deus ordenou a Moisés que enviasse doze homens—um líder ou dirigente de cada tribo—para fazer o reconhecimento da terra prometida e regressar com um relatório sobre o terreno e os seus habitantes (Números 13:1-2).

O reconhecimento durou 40 dias. Ao seu regresso todos os homens, menos dois—Josué e Calebe—deram um relatório exagerado e negativo daquilo que tinham visto. Quando Josué e Calebe disseram a verdade, o povo quis apedrejá-los. Os Israelitas aceitaram o relatório negativo, queixaram-se de Deus, duvidaram, rebelaram-se e desobedeceram.

Alguma vez se perguntou o leitor porquê estes Israelitas estiveram 40 anos no deserto árido, estéril e desolado antes de chegarem à terra prometida? Não foi porque fossem necessários 40 anos para chegar até lá. Os espiões foram, percorreram-na de um extremo ao outro e regressaram—em 40 dias. Mas o povo resmungou, duvidou de Deus, desobedeceu e se negou a seguir adiante e possuír a terra; em lugar de decidirem marchar adiante e tomar posse deste grande prêmio que Deus queria dar-lhes, desprezaram-No, careceram de fé e recusaram entrar.

Esta terra prometida é um símbolo do glorioso Reino de Deus, que o Salvador Jesus Cristo, nos oferece. Mas hoje nós, os descendentes daqueles Israelitas, também o desprezamos preferindo a “escravidão” do pecado, falhando em exercitar a FÉ para seguir adiante e possuír o Reino de Deus. Nós também nos rebelamos, duvidamos e desobedecemos. E aqueles que desprezam assim o reino glorioso, não entrarão nele nem gozarão da vida eterna cheia de felicidade e realizações.

A esse povo rebelde, Deus disse: “Neste deserto cairão os vossos corpos … vós na verdade não entrareis na terra … excepto Calebe … e Josué … Mas os vossos filhos, dos quais dissestes que seriam por presa, eu os introduzirei e eles conhecerão a terra que vós desprezastes” (Números 14:29-31).

Depois adicionou: “E os vossos filhos pastorearão neste deserto quarenta anos e levarão sobre si as vossas infidelidades, até que os vossos cadáveres sejam consumidos no deserto” (versículo 33).

Agora vem o “princípio de um dia por um ano”: “Conforme o número dos dias que espiastes esta terra, quarenta dias, cada dia representando um ano; levareis sobre vós as vossas iniquidades durante quarenta anos e conhecereis o meu castigo” (versículo 34). Este castigo foi de facto a retençâo das bênçãos prometidas pela duração de 40 anos.

Novamente a idolatria

A essa geração de Israelitas não lhes foi permitido entrar na terra prometida. Eles gastaram quarenta anos no deserto. Foram os seus filhos que entraram na Terra Santa liderados por Josué.

E depois, que ocorreu?

Eles se dedicaram a ocupar a sua terra prometida, a lançar fora os muitos e pequenos reinos que lá estavam e durante a vida de Josué e por um pouco mais de tempo, serviram a Deus e prosperaram. Eles estavam no bom caminho para herdar as bênçãos da primogenitura ainda nos seus dias.

Mas depois da morte de Josué “e também de toda aquela geração … se levantou depois deles outra geração que não conhecia ao Eterno, nem as obras que Ele tinha feito por Israel. Então os filhos de Israel praticaram o mal ante os olhos do Eterno e serviram aos baalins. Deixaram ao Eterno Deus de seus pais … E se acendeu contra Israel o furor do Eterno, o qual os entregou em mãos de espoliadores, que os despojaram e os entregou em mãos dos seus inimigos ao redor; e não puderam resistir mais, diante dos seus inimigos. Por onde quer que saíam, a mão do Eterno era contra eles para o mal, tal como o Eterno tinha falado e jurado; e tiveram grande aflição” (Juízes 2:10-15).

Portanto, exactamente como Deus os tinha advertido nos versículos 14-17 de Levítico 26, Ele enviou terror sobre eles e semearam em vão a sua semente, porque os seus inimigos a comeram. Deus sim colocou o Seu rosto contra eles!

A Palavra de Deus é fiel! Que lástima que nem os indivíduos, nem as nações estejam dispostos a acreditar nela!

Mas esse não foi o final. Deus é misericordioso e clemente. Ele repetidamente nos concede outra oportunidade. A história continua no livro dos Juízes: “E o Eterno levantou juízes que os livraram da mão dos que os despojaram. Porém também não ouviram aos juízes, antes se prostituíram após outros deuses, aos quais adoraram; rapidamente se desviaram do caminho … (Juízes 2:16-17).

Isto ocorreu repetidas vezes. Quando ficavam submetidos debaixo do jugo de outra nação como vassalos, clamavam a Deus para que os livrasse. Mas também cada vez que Deus mandava um juíz para os salvar, o povo rapidamente se apartava de novo. Tão pronto como as coisas começavam a marchar bem, os Israelitas se voltavam novamente para a idolatria.

Mas eram eles assim tão diferentes de nós, seus descendentes actuais? A maior parte de nós somente buscamos a Deus quando estamos em apuros—quando para o nosso próprio interesse sentimos que necessitamos Dele!

Até esse momento o povo tinha murmurado, tinha tido falta de fé, tinha contrariado a Deus repetidamente, mas no entanto continuava a reconhecer a deus como seu único Governante. Ainda que não confiassem nem Lhe obedecessem, também não reconheciam a nenhum outro governante.

Eles rejeitam a Deus como Rei

Mas nos dias de Samuel eles rejeitaram mesmo a Deus como seu Rei nacional—como seu Governante civil. Eles exigiram um rei humano tal como os descrentes povos Gentios (1 Samuel 8:1-7). Isto ocorreu provavelmente perto dos finais do ano 1112 A.C.

Rejeitar a Deus como Governante foi o maior dos pecados. Até essa altura eles O tinham reconhecido—não tinham olhado para nenhum outro Rei. Isto parece ter iniciado os anos de pecado total, pelos quais Deus os castigou.

No entanto, sob o “antigo pacto” do monte Sinai, eles continuavam sendo a nação de Deus. Ele continuava tratando com Israel. Ele não se “divorciou” dela até 721-718 A.C., tal como veremos depois.

Eles sofreram debaixo da autoridade de Saul. Começaram a prosperar sob o Rei David e no reino de Salomão atingiram um alto nível de prosperidade. No entanto ainda não tinham chegado à posição de domínio mundial que lhes tinha sido prometida, segundo a primogenitura. A prosperidade de Salomão o levou à idolatria. Novamente a nação voltou a violar a condição necessária para receber a promessa.

Quando Roboão, filho de Salomão, ascendeu ao trono, ameaçou impor com tributos ainda mais fortes sobre o povo. Então a nação o rejeitou e estabeleceu como rei a Jeroboão, da tribo de Efraim.

Uma nação dividida

O resultado foi a divisão do reino! Judá se separou do resto da nação com o fim de reter a dinastia Davídica. Juntamente com Benjamim e a maior parte de Levi, eles formaram uma nova nação—o reino de Judá! Já não levavam o nome nacional de “Israel”. O povo deste recém formado reino de Judá, se tornou conhecido como os judeus. Os povos do reino de israel, que ocupavam a parte nortenha da Palestina ao norte de Jerusalém, nunca foram chamados de Judeus.

Agora as promessas da primogenitura e do ceptro estavam divididas em duas nações. Recordemos que Efraim e Manassés compartilhavam a primogenitura. Se a tivessem herdado nessa época, as outras dez tribos da nação de Israel teriam participado automaticamente dessas bênçãos—uma vez que pertenciam à mesma nação!

Mas sob Jeroboão a nação de israel, composta agora por dez tribos, flagrantemente violou as leis de Deus, particularmente os dois mandamentos de prova. Um dos primeiros actos de Jeroboão foi instituir a idolatria. Ele mudou a observância de algumas das festas outonais de Deus, passando-as do sétimo para o oitavo mês. Existe ampla evidência de que ele também mudou o Sábado de Deus do sétimo para o “oitavo” dia (o primeiro dia da semana). Isto o veremos mais adiante.

Apesar de tudo isto, Deus deu à nação muitas oportunidades para qualificar para as tremendas bênçãos da primogenitura. Durante o reinado de dezanove reis em sete dinastias diferentes, Deus contendeu com eles e lhes rogou por meio dos Seus profetas. Mas esta nação rebelde não mostrou nenhum desejo de seguir os caminhos de Deus. Eles tinham sido repetidamente castigados. No entanto continuavam a recusar aprender a lição que a experiência lhes deveria ter ensinado.

Os sete tempos proféticos

Continuemos agora em Levítico 26: “E se ainda com estas coisas não me ouvirdes, eu vos castigarei sete vezes mais, por causa dos vossos pecados” (versículo 18).

É importante entender isto!

Esta expressão “sete vezes” é traduzida ao Português de uma palavra Hebraica que contém dois significados. A palavra original escrita por Moisés foi shibah. Ela é definida como “sete tempos” ou “sete vezes”. Os “sete tempos” implicam duração ou continuação do castigo. Mas a palavra também tem o sentido de “sete vezes”, que é uma intensidade de castigo sete vezes maior. Neste sentido, o significado equivaleria ao de Daniel 3:19, onde o Rei Nabucodonosor ordenou furioso que o forno ao qual teriam de ser lançados os três amigos de Daniel, fosse aquecido sete vezes mais.

Agora entenda os “sete tempos”—ou sete proféticos “tempos.” Porque esta é efectivamente uma profecia. Em profecia um “tempo” é um ano profético de 360 dias. E com respeito ao castigo de Israel, cada dia representava um ano de cumprimento.

Este princípio de “um dia por um ano” é explicado em outras duas passagens que tratam da duração do castigo de Israel. Um deles já o vimos. Deus castigou à geração de Israelitas que Moisés conduziu para fora do Egipto, com a retenção durante quarenta anos, da entrada na terra prometida. Essa terra prometida era uma parte inicial da primogenitura. Deus os castigou seguindo o princípio de um ano por cada dia—um castigo com a duração de quarenta anos, pelos 40 dias de transgressão.

O “dia por um ano” de Ezequiel

Com o fim de gravar na mente de Ezequiel qual era a gravidade dos anos de rebelião contra o governo de Deus e contra as leis divinas, as quais causariam grandes bênçãos, Deus impôs nele, este mesmo princípio—mas ao inverso.

Os pecados da casa de Israel permaneceram 390 anos desde que eles rejeitaram a Deus como Rei. Naturalmente Deus não esperava que o profeta levasse um ano de castigo por cada dia de pecado de Israel, pois teria de ter vivido umas 2.000 vidas. Assim, Deus reverteu a aplicação do princípio. A Ezequiel lhe foi ordenado que carregasse com os pecados de Israel um dia por cada ano que eles tinham pecado. Mas continuava sendo o mesmo princípio “de um dia por cada ano”!

A Ezequiel lhe foi dito que se deitasse sobre o seu lado esquerdo, representando um cerco imaginário contra Jerusalém, gravado num tijolo diante dele. “E tu te deitarás sobre o teu lado esquerdo e porás sobre ele a maldade da casa de Israel; conforme o número dos dias que durmas sobre ele, levarás sobre ti as suas iniquidades. Pois eu te fixei os anos da sua maldade pelo número dos dias, trezentos e noventa dias; e assim levarás tu a maldade da casa de Israel. Cumpridos estes dias, te deitarás novamente sobre o teu lado direito e levarás a maldade da casa de Judá quarenta dias; um dia te dei por cada ano” (Ezequiel 4:4-6). O mesmo é mencionado no versículo 9.

Mas na outra aplicação do “princípio de um dia por um ano”, explicada anteriormente, quando também é aplicada a duração do castigo ao povo, este teve de levar o castigo na base de um ano por cada dia. Também neste caso, o castigo foi o número de anos durante o qual a promessa da entrega das bençãos foi postergada.

Quando chegamos à expressão “então eu vos castigarei sete vezes mais por causa dos vossos pecados” em Levítico 26, vemos claramente, tanto pela estrutura da frase como pelo cumprimento real, que isso se refere a uma duração de sete “tempos” ou anos proféticos. E neste “princípio de um ano por um dia,” nos dá sete anos de 360 dias—num total de 2.520 dias. Quando cada dia corresponde a um ano de castigo—e neste caso, tal como em Números 14:34, o castigo é a postergação de uma bênção—então o castigo se converte na retenção por parte de Deus, das bênçãos prometidas durante um lapso de 2.520 anos! E isso foi exactamente o que aconteceu!

O que é um “tempo”?

Mas notou agora você que eu disse que um “tempo” profético é um ano de 360 dias? Por que não um ano de 365 dias e 1/4? Por que não um ano solar?

Nos tempos bíblicos antigos, o ano estava formado por 12 meses de 30 dias. Antes que Deus desse ao povo o Seu calendário sagrado, na época de Moisés, já se usava o mês de 30 dias.

Leiamos Gênesis 7:11: “O ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo e as janelas dos céus foram abertas”. Passando ao versículo 24, lemos: E prevaleceram as águas sobre a terra cento cinquenta dias”.

Depois, Gênesis 8:3-4: “E as águas se iam escoando gradualmente de sobre a terra e se retiraram as águas ao fim de cento cinquenta dias. E repousou o arca no sétimo mês, aos dezessete dias do mês, sobre os montes de Ararate”.

Por conseguinte, o dilúvio começou no dia 17 do segundo mês. Decorridos 150 dias, a arca repousou sobre o monte Ararate, no dia 17 do sétimo mês, ou seja depois de cinco meses completos. Cinco meses de 30 dias são exactamente 150 dias. Portanto, os meses naquela época eram de 30 dias!

O mesmo cômputo aparece claramente tanto nos livros de Daniel, como de Apocalipse. Em Apocalipse 12:6, referindo-se a uma profecia que efectivamente se cumpriu durante 1.260 anos solares, a Bíblia fala de “mil duzentos e sessenta dias”. Aqui também um dia em profecia equivaleu a um ano de cumprimento. Em Apocalipse 13:5 (que se refere a um acontecimento diferente mas da mesma duração), este mesmo período de 1.260 dias, cumprido em 1.260 anos solares, se descreve como “quarenta e dois meses”. Assim, 42 meses segundo o calendário civil que nós hoje usamos não equivaleriam a 1260 dias mas sim a 1.276 dias—e se ocorresse num ano bissexto, a 1.277. E se o meio ano extra fosse na última metade do ano, o total seria de 1278 a 1280 dias. No entanto, os 42 meses de Apocalipse 13:5 equivalem ao mesmo período de 1.260 dias, segundo Apocalipse 12:6. Portanto, os 42 meses eram meses de 30 dias.

Apocalipse 12:14, fala do mesmo período empregando a expressão “um tempo e tempos e metade de um tempo”. O “tempo” é um ano profético; os “tempos” são outros dois anos proféticos; e a expressão completa são três e meio “tempos” proféticos, ou literalmente 1.260 dias—ou também equivalente a três anos e meio contando meses de 30 dias. Sete destes “tempos” seriam então 2.520 dias—e se aplicamos o princípio de um dia por um ano, seriam 2.520 anos!

Então em Daniel 12:7, encontraremos a mesma expressão: “um tempo, tempos, e metade de um tempo”.

Bastante espaço é tomado aqui para tornar este conceito simples, claro e compreensível, porque é de importância primordial para várias profecias.

Resumindo então, um “tempo” profético é um ano de 360 dias—ou simplesmente 360 dias. Ao combinar Levítico 26:18 com Ezequiel 4:4-6, Números 14:34 e Apocalipse 13:5 e 12:6, vemos claramente que durante aquele castigo a Israel cada dia de um “tempo” profético, equivaleu a um ano de cumprimento. Com respeito a Levítico 26:18 e Apocalipse 12:6 e 13:5, este significado está demonstrado e comprovado pelo facto de que a profecia se cumpriu precisamente no tempo indicado.

A primogenitura retida 2.520 anos

Voltemos novamente à profecia básica de Levítico 26.

Estes Israelitas não tinham escutado a Deus e não tinham merecido receber a maravilhosa e fabulosa bênção nacional da primogenitura. Tinham transgredido, em particular, os dois mandamentos de prova que aparecem nos versículos 1 e 2 desse capítulo. Deus os tinha castigado tal como Ele tinha dito que faria, segundo vemos nos versículos 14-17.

Agora Deus disse, como citamos atrás: “E se ainda com estas coisas não me ouvirdes”—as coisas com que Ele os castigou, descritas nos versículos 14-17—“eu vos castigarei sete vezes mais, por causa dos vossos pecados” (Levítico 26:18).

Pela maneira como está escrita esta advertência, comparada com a forma em que a frase “sete vezes” é outra vez mencionada e porque a primogenitura foi realmente retida, precisamente 2.520 anos—fica claro que o significado das “sete vezes” do versículo 18, se referem a uma duração de sete anos de 360 dias, sendo cada dia equivalente a um ano de cumprimento—num total de 2.520 anos! E o próprio reenforçamento do “princípio de um dia por cada ano” também implica a multiplicação da intensidade do castigo.

Em realidade eles tinham pecado os 390 anos mencionados na profecia de Ezequiel (Ezequiel 4:4-5). Mesmo desde o momento em que eles rejeitaram a Deus como Rei nacional, Ele lhes permitiu ficar na terra prometida mais 390 anos! Durante todos esses anos, Deus continuou a enviar-lhes profetas para lhes rogar e os advertir. Se eles se tivessem arrependido e regressado a Deus e aos Seus caminhos, eles teriam recebido as maiores bênçãos nacionais de toda a história. Mas não quiseram. Em vez disso optaram por agravar os seus pecados!

Assim finalmente, Deus lhes retirou completamente—durante 2.520 anos—esta oportunidade que lhes tinha dado de colherem grande prosperidade e domínio.

Israel se perdeu

Finalmente, Deus os lançou fora da terra prometida!

Durante esses 390 anos de pecado nacional (Ezequiel 4:5), de rejeição a Deus e aos Seus caminhos, Deus continuou a lidar com eles. Ele manteu contacto com eles. Ele lhes enviou os Seus profetas. Em qualquer altura durante todos estes anos de rebelião, eles poderiam ter-se arrependido, voltado para os caminhos de Deus e recebido esta vasta estatura nacional.

Mas agora, Deus terminou por os lançar fora da Sua terra! Ele “os tirou de diante da sua face” (2 Reis 17:18).

O versículo 23 o repete: “O Eterno retirou a Israel de diante da sua presença, tal como tinha dito por meio de todos os profetas, Seus servos; assim Israel foi levado cativo da sua terra para a Assíria, até hoje”.

Desde esse momento Deus deixou de lhes enviar profetas. Ele não lhes voltou a dar a oportunidade de receberem as maiores bênçãos nacionais de toda a história—até ao fim dos 2.520 anos! Ele escondeu, por assim dizer, o Seu rosto deles! Ele os removeu da Sua presença! Deixou de lhes rogar. Eles não tinham qualificado para receber as Suas bênçãos! Agora Ele os deixou na escravidão, valendo-se por si mesmos. Ele os deixou com os seus próprios projectos.

Israel tinha rejeitado inclusivamente o sinal que os identificava e reconhecia como o povo de Deus. Assim, rapidamente perderam mesmo a sua própria identidade! Já não eram conhecidos no mundo como o povo de Deus. Nem se chamavam a si próprios povo de Deus.

Israel se perdeu! Se converteu nas “dez tribos perdidas.” Perdidas em nome. Perdidas na sua identidade. Perdidas espiritualmente! Tinham perdido a sua tremenda primogenitura—pela duração de muitas gerações! Com o passo das gerações perderam mesmo o seu idioma Hebraico! Eles se consideravam a si mesmos como Gentios! O mundo supunha que eles eram Gentios!

Apóstolos na Grã-Bretanha?

Gerações mais tarde, Jesus de Nazaré, sabendo bem para onde eles tinham emigrado, enviou os Seus doze apóstolos para fazer chegar às tribos perdidas o Seu precioso evangelho do Reino de Deus—o governo de Deus! O apóstolo Paulo foi o enviado aos Gentios.

Nunca se perguntou o leitor porquê depois do capítulo 15 do livro dos Actos, não lemos nada mais a respeito dos doze apóstolos? Porque com a excepção de uma viagem feita por Pedro à Babilônia, todos tinham ido às tribos “perdidas” de Israel.

Com respeito aos apóstolos originais a Bíblia diz: “Jesus enviou estes doze e lhes ordenou, dizendo: não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de Samaritanos (Gentios); Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mateus 10:5-6). Sim! Às Dez Tribos perdidas!

Mas Jesus nunca rogou nem pediu a ninguém que se “salvasse!” Nem sequer os Seus apóstolos! Eles simplesmente proclamaram a verdade e deixaram em mãos de cada ouvinte a decisão de a aceitarem ou não.

Sim, as Ilhas Britânicas ouviram o evangelho de Cristo! Mas preferiram acolher a idolatria dos Druidas—um culto pagão—e a falsa “Cristandade” da religião Romana dos mistérios Babilónicos. E como se isso fosse pouco, deram também origem à religião do conceito diabólico do evolucionismo.

Finalmente conferida a primogenitura!

Mas quando esse período de 2.520 anos de retenção das promessas de primogenitura expiraram, Deus foi fiel à Sua promessa incondicional feita a Abraão! Não o fez pela bondade, superioridade ou merecimento dos povos Britânicos e Norte Americanos, mas sim por causa da fidelidade de Deus à Sua promessa. Assim, a partir do ano de 1800, essas duas nações possuidoras da primogenitura surgiram subitamente como as maiores potências mundiais de toda a história!

Esta riqueza e poder nacionais não chegaram por causa dos nossos povos terem de alguma maneira qualificado para as receber. De maneira nenhuma! Mas pense:

O próprio facto em si mesmo da retenção da primogenitura durante um período determinado, implica que ao final desses 2.520 anos, Deus conferiria a bênção. E recorde que Ele tinha feito esta promessa incondicionalmente aos descendentes de Abraão, graças à sua lealdade e obediência (Gênesis 26:5). Deus se comprometeu a outorgar esta estupenda bênção, independentemente da justiça ou maldade dos descendentes de Abraão. Mas Deus não se tinha comprometido a outorgá-la a nenhuma particular geração. Por essa razão, Deus pôde oferecê-la condicionalmente ao Israel do Antigo Testamento tanto nos dias de Moisés, como depois. O povo dessas gerações poderia tê-la recebido se tivesse cumprido com as condições! Ao negar a primogenitura a essas gerações—retendo-a 2.520 longos anos—Deus não estava violando a Sua incondicional promessa feita a Abraão.

Mas o próprio facto da retenção por uma duração definida de 2.520 anos, implica a concessão directa dessa benção nacional, no momento em que expirasse esse período definido da retenção—sem necessidade de nenhuma qualificação ou merecimento por parte do povo. Isso tinha de ser assim por causa da fidelidade de Deus à Sua promessa incondicional a Abraão.

Por conseguinte—depois de decorridos 2.520 anos, a partir de 1800-1803 A.D.– Deus causou que as nações da primogenitura—e unicamente elas—se convertessem subitamente nos recipientes de vastas riquezas nacionais, de grandeza e poder, que jamais nenhuma outra nação ou império algum tinham adquirido. Os descendentes da tribo de José—os Britânicos e os Norte Americanos—receberam em conjunto mais de dois terços—quase três quartos—da riqueza e dos recursos cultiváveis de toda a Terra!

Parece inacreditável! Todas as restantes nações do mundo em conjunto possuíam pouco mais do que um quarto da riqueza mundial. E entre elas se contavam os descendentes das outras tribos Israelitas. Elas incluíam tais nações, como a Alemanha, Itália, Rússia e a China—todas as restantes nações da Terra.

O acontecimento mais assombroso de toda a história universal, é esta aparição repentina desde uma virtual obscuridade, de duas nações vindas do nada e que em pouco tempo possuíram as mais fabulosas riquezas e poder econômico jamais possuídas por nenhum outro povo. A Bretanha se converteu em Grã-Bretanha—uma gigantesca e fabulosamente rica, mancomunidade de nações—e os Estados Unidos se converteram rapidamente na maior nação da história.

Mas mais assombrosos ainda são os factos incríveis que explicam—como—e por quê—essas duas nações estão perdendo as suas bênçãos com mais rapidez do que vieram!

Por quê? De seguida explicaremos os factos incríveis, as razões e também o que nos depara o futuro!

Chapter 11: Por quê Israel perdeu a sua identidade?

O mistério foi agora revelado! Não somente a resposta ao que aconteceu às “Dez Tribos Perdidas”—mas também por quê perderam elas totalmente a sua identidade!

A vanguarda principal dos Israelitas—o reino do norte—que levou o nome “Reino de Israel”—se converteu numa nação perdida para a história.

Segundo os registros históricos, até parece ter sido engolida pela terra.

Os textos da história mostram o seu cativeiro por parte da Assíria entre os anos 721 e, 718 A.C. Eles foram removidos das suas cidades, vilas e aldeias na parte norte da Palestina, levados como escravos para a Assíria, na costa sul do mar Cáspio. Mas por volta dos anos 604-585 A.C., quando Nabucodonosor rei da Babilônia, conquistou o reino de judá, os Assírios tinham emigrado para o noroeste—levando consigo as dez tribos de Israelitas!

Completamente perdidas

Eles tinham desaparecido completamente! Tinham desaparecido de vista! Até onde se deslocaram em direcção noroeste, ou onde finalmente se estabeleceram, constitui uma página em branco da história universal.

Como é que os teólogos e historiadores explicam isto?

Não sabendo a resposta correcta, eles o explicam erradamente. Eles supõem erradamente que todos os Israelitas eram Judeus e que os treze milhões de Judeus que existem hoje no mundo, constituem a totalidade da população Israelita que permanece presentemente viva. Alguns teólogos falsamente sustentam que a totalidade das dez tribos levadas cativas para a Assíria em 721-718 A.C., regressaram a Jerusalém em companhia dos Judeus para reconstruír o Templo 70 anos depois do cativeiro de Judá 604-585 A.C. Mas este é um erro crasso. Somente parte de Judá regressou. E aqueles que regressaram, eram todos membros das tribos de Judá, Benjamim e Levi. Estas genealogias aparecem nos livros de Esdras e Neemías.

Os Judeus pensam que são Israel—a totalidade de Israel—porque eles nunca perderam a sua identidade! Existe uma razão pela qual os Judeus não perderam a sua identidade, enquanto a casa de Israel sim a perdeu!

Deus lhes tinha dado um pacto eterno muito especial, contendo um sinal de identidade.

O pacto especial de identidade

Muito poucos sabem ou reconhecem que o Eterno fez com o Seu povo, no monte Sinai, um pacto especial e eterno, o qual incluía um sinal de identidade.

Devemos recordar que o povo de Israel era em realidade o único povo na terra com o qual Deus tinha tratado pessoalmente, como seu povo.

Adão e Eva tinham rejeitado a árvore simbólica que representava o Espírito Santo de Deus, bem como uma relação de Pai a filho com Ele. Os seus descendentes, com o acesso a Deus cortado, se afastaram tanto do caminho de Deus por altura de Noé, que o mundo estava repleto de corrupção e violência.

Mal decorridas duas gerações desde o Dilúvio, o mundo inteiro já estava seguindo as apostasias de Nimrode (Gênesis 10:8-12; 11:1‑9), cuja esposa-mãe fundou a religião apóstata pagã, que tem abrangido e enganado a humanidade desde então. Dito sistema religioso apóstata iniciado por Semiramis, se estendeu a todas as nações. Pervertendo a verdade, se desenvolveu com muitas variações e com diferentes nomes nacionais nos diversos países. Mas é o mesmo sistema básico de apostasia. Cortou ao mundo o acesso a Deus! E tem a todo o mundo hoje debaixo do engano—nas suas diferentes formas e levando o nome de diversas religiões.

Deus tinha escolhido a estes filhos de Israel por causa da obediência de Abraão, Isaque e Jacó. Enquanto estavam sob servidão e escravatura, Ele os chamou para que fossem Seu povo, a quem a Sua verdade—a Sua religião verdadeira, caminho de vida e o destino pretendido para a humanidade—deveria ser revelado. A verdade e o caminho de Deus, revelados àqueles Israelitas, é simplesmente a Sua mesma verdade e o Seu mesmo caminho, para todos os povos de todas as épocas! Se Israel tivesse seguido o caminho de Deus, teria cumprido a sua missão de ser um exemplo vivente para todas as nações.

Jesus não veio eliminar a verdade de Deus ou o Seu caminho de vida, nem trazer uma nova religião, mas sim revelar verdades adicionais a respeito do Reino de Deus e como nós poderemos nascer nele.

Verdadeiramente, a nação de Israel do Antigo Testamento recebeu certos ritos sacrificiais e rituais os quais serviram simplesmente para lhes recordar o pecado (Hebreus 10:1-4; 9:10), somente como um temporário substituto de Cristo—até que Ele viesse. Quando a realidade veio, o substituto se acabou. Mas a verdade e o caminho de Deus, permanecem eternamente! Portanto, Ele revelou a Israel qual é o seu caminho para todos os povos de todos os tempos—incluindo hoje!

Por conseguinte, este pacto especial de identificação que foi instituído perpetuamente, se aplica hoje a todos os Cristãos—a todos os que estão reconciliados com Deus e fazem parte do seu povo!

Este especial pacto eterno aparece em Êxodo 31:12-17. Ele tem a ver com aqueles dois mandamentos de prova, os quais tal como vimos no capítulo anterior, por Israel os ter violado, foi escravizado e perdeu a sua primogenitura.

O sinal identificador

“Falou mais o senhor a Moisés, dizendo, Tu pois, fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis os meus Sábados …” (Êxodo 31:12-13).

Note qual é o “dia do Senhor”. O Eterno chama aos Sábados, dias de descanso, “meus Sábados”. Os Sábados são Seus—não são de Israel—nem são nossos dias, mas sim de Deus. Eles não são “os Sábados dos Judeus” nem “o Sábado dos Gentios.” O Sábado é um espaço de tempo. Esse tempo, quando quer que chega, não é nosso, mas sim de Deus.

Isto se aplica tanto a nós hoje, como então aos nossos antepassados. Se o tomarmos para nós mesmos—para o nosso próprio uso, quer seja trabalho, prazer ou qualquer outra coisa—estaremos roubando esse tempo a Deus!

Veja de novo! Ele disse: “Vós guardareis os meus Sábados.” Em Êxodo 20:8, Deus ordenou que “santificássemos o Sábado.” Deus o fez tempo santo e nos ordena que o guardemos santo—que não profanemos o que é santo para Ele.

Agora sigamos analisando este pacto especial: “… porquanto este é um sinal entre Mim e vós pelas vossas gerações, para que saibais que Eu sou o eterno que vos santifica” (Êxodo 31:13). Que tremendo o significado desta parte da frase! No entanto, as pessoas a lêem sem reflectir, nem captar a verdade importantíssima que ela contém!

Note! Aqui está o propósito do Sábado: “porquanto este é um sinal …” O que é um sinal?

Ao caminhar pelo centro de uma cidade vemos letreiros por todos os lados. Estes são os sinais que identificam lojas, escritórios, fábricas. Se quiser saber o que é um sinal, só vá às Páginas Amarelas (o diretório telefônico que classifica aos negócios). Procure nomes tais como “Companhia de Sinais Néon Jones” ou “Sinais Smith Irmãos.” Se chamar por telefone a um destes negócios e pergunta, «O quê vocês fazem ou vendem?» Eles lhe dirão que fazem sinais para empresas, negócios, instituições, ou indivíduos profissionais que eles penduram em frente dos lugares onde eles têm seu negócio. O sinal identifica ao estabelecimento, instituição ou escritório que há dentro.

Um sinal identifica

Um sinal é uma placa ou anúncio para indicar algo. O Dicionário Larousse a define como uma “marca que se põe a uma coisa para a distinguir de outras. Algo que indica a existência de uma coisa”.

A palavra Hebraica usada por Moisés e traduzida como “sinal” é ôwth, a qual se define como “sinal, bandeira, farol, monumento, evidência, etc.—marca, milagre, marco.” Uma bandeira identifica a uma nação. Um farol anuncia ou avisa a existência de algo. Um marco é um sinal visível; algo que serve como um sinal identificador para tornar algo conhecido, tal como uma bandeira branca é uma marca de rendição.

Deus ordenou ao Seu povo que guardasse o Seu Sábado como um sinal. O Sábado é um sinal entre o povo de Deus e Ele: “um sinal entre Mim e vós,” diz o Mandamento. Ele é um sinal ou marca de identidade. Avisa, anuncia ou proclama certo conhecimento identificador. Mas que conhecimento? Deus responde: “… para que saibais que Eu sou o Eterno que vos santifico”.

Quem é Deus?

Leiamos essas palavras cuidadosamente! É o sinal que lhes identifica a eles quem é o seu Deus! É o sinal pelo qual nós podemos saber que Ele é o Eterno! Ele identifica a Deus!

Mas todo o mundo não sabe quem é Deus? Claro que não! O mundo inteiro está enganado—assim o afirma a sua Bíblia!

Este mundo tem um deus—um falso deus—Satanás o diabo! Ele se faz passar por um “anjo de luz” (2 Coríntios 11:14). Ele tem as suas organizações religiosas—as suas igrejas. Não todas são Budistas, Xintoístas, Taoístas, Confucionistas. Muitos se apropriaram do nome “Cristão,” mas os seus ministros, segundo o declara a Bíblia, são ministros de Satanás: “E não é de estranhar, porque o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz. Assim que, não é muito pois que também os seus ministros se disfarcem como ministros de justiça” (2 Coríntios 11:14-15).

Mas será que estes ministros se atrevem a chamar-se a si mesmos ministros de cristo? Leia o versículo 13 deste mesmo capítulo: “Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, que se disfarçam de apóstolos de Cristo.” Sim, Satanás é o grande falsificador. Ele se faz passar por deus. A Bíblia o chama o deus deste mundo (2 Coríntios 4:4). Ele faz passar os seus ministros como ministros de cristo—os quais acusam os verdadeiros ministros de Deus de serem “falsos apóstolos” para desviarem a atenção de si próprios!

Será que a “Cristandade” deste mundo, realmente conhece o verdadeiro Deus? O mundo enganado acredita que sim e a verdade é que um mundo enganado pode ser sincero nessa falsa crença. O deus de alguém, é a pessoa ou objecto ao qual se serve ou obedece. Mas o verdadeiro Deus é Aquele a quem nós deveríamos obedecer.

Este mundo não está ensinado a obedecer a Deus! O seu falso “Cristianismo” ensina que a lei de Deus já “foi eliminada.” Movido pelos falsos ensinamentos de Satanás, coloca a consciência humana, acima da lei divina! Não ensina, tal como Cristo fez, que nós devemos viver por cada palavra de Deus—toda a bíblia! O mundo ao pecar obedece a Satanás! Portanto, Satanás é o deus deste mundo!

O propósito do Sábado

Deus criou o Sábado e o deu ao homem, para que este recordasse e mantivesse o conhecimento e o culto ao Deus verdadeiro. Mas como é que o Sábado identifica a Deus—como distingue entre o Deus verdadeiro e o falso? Será que domingo não faz o mesmo? De jeito nenhum!

Vejamos o versículo 17 que fala sobre este pacto especial do Sábado: “Entre mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre; porque em seis dias fez o eterno os céus e a terra e ao sétimo dia parou e descansou” (Êxodo 31:17).

O dia em que Deus repousou da Sua obra criadora foi o sétimo. Não foi o domingo, o qual é o primeiro dia da semana. Somente o sétimo dia da semana assinala a criação.

Como este identifica quem é Deus?

Se você acreditar que outra pessoa ou coisa é Deus, eu lhe provarei que o meu Deus é o verdadeiro Deus, porque qualquer coisa que você pense ser Deus, foi feito ou criado pelo verdadeiro Deus. Aquele que criou e fez todas as coisas é superior a tudo o que fez—superior a qualquer outra coisa que possa ser chamada de deus.

A criação é prova de Deus—da Sua existência. O acto da criação—O identifica!

Deus tomou o mais perdurável, imperecível e indestrutível que o homem conhece—um espaço de tempo cíclico—o único dia que recorda o acto da criação. Ele tomou o único dia que aponta constantemente, em cada sétimo dia da semana, para o facto que Deus cessou de criar, ao repousar da Sua obra criadora no Sábado; este nos assinala a existência do Omnipotente, Todo Poderoso, Deus Governante—o Criador!

E Deus apartou este dia dos outros como o Seu dia—Deus o consagrou e santificou para ele—designando-o como o próprio dia em que ele ordena ao Seu povo reunir-se em adoração—o dia em que ao homem é ordenado repousar, dos seus labores e prazeres físicos—e renovar-se em congregação e comunhão espiritual com outros obedientes Cristãos!

Nenhum outro dia é um memorial e uma recordação da criação. Verdadeiramente Satanás convenceu a um mundo enganado, que Cristo ressuscitou num domingo ao amanhecer o próprio tempo que tem sido desde sempre usado pelos pagãos para fazer a adoração do sol. Mas esta suposição não é verdadeira! Solicite o nosso folheto intitulado (A Ressurreição Não Ocorreu ao Domingo!) Você ficará espantado! As verdades que ali se encontram abrirão os olhos do leitor desprevenido, pois verá as provas na sua própria Bíblia. Tal como todas as nossas publicações, este folheto se enviará gratuitamente a quem o solicite.

A ressurreição de Cristo em realidade ocorreu no Sábado, não ao domingo! Além disso, em nenhuma parte Deus nos ordena que celebremos o dia da ressurreição de Cristo! Esta é uma tradição pagã dos homens, sob a autoridade apóstata do homem—contrária aos mandamentos de deus!

Identifica o povo de Deus

Portanto aqui encontramos o grande propósito para o Sábado. Ele identifica a Deus! É o dia que Ele apartou para congregação e adoração e esse mesmo dia assinala a quem devemos adorar—ao criador e governante de tudo o que existe!

Mas isso não é tudo! O Sábado também foi dado como um sinal que identifica quem é o povo de Deus e quem não o é! Note isto! Não somente este pacto especial diz: “… para que saibais que Eu sou o Eterno …”; mas leia o resto dessa frase: “para que saibais que Eu sou o Eterno que vos santifico …” (Êxodo 31:13).

Note o profundo significado desta frase!

O que significa a palavra “santificar”? Significa “apartar para um fim ou uso santo”. O sétimo dia da semana da criação, o dia de Sábado, foi santificado—isto é Deus o apartou para um uso santo. Segundo vemos agora, este mesmo Sábado é o sinal de que Deus também santifica ao Seu povo—o aparta e distingue dos demais povos como Seu, para o seu propósito santo.

Em tempos do Antigo Testamento o povo de Deus era israel. Nesta época do Novo Testamento o Seu povo são os membros da própria Igreja de Deus—os cristãos verdadeiramente convertidos e gerados pelo Espírito Santo!

Mas como é que o Sábado os aparta—ou separa—daqueles que não são verdadeiramente povo de Deus?

Bom, se você já principiou a guardar o Sábado Santo de Deus como Ele ordena, já deverá, por experiência, conhecer a resposta. Se ainda não o fez, simplesmente comece a santificá-lo tal como Deus ordena—e pronto aprenderá que automaticamente o aparta de todas as outras pessoas! O mundo, as pessoas que você conhece—alguns membros da sua família, conhecidos no mundo do trabalho, ou amigos—eles o apartarão!

O Sábado é o sinal de Deus que identifica não somente a deus como criador e governante, mas também identifica aqueles que são verdadeiramente seu povo!

Mas como?

Uma definição de Deus

Vejamos outra definição de deus. Ainda que o único e verdadeiro Deus seja o Grande Criador e Governante do universo, existem também muitos falsos deuses. Satanás se faz passar por deus—e de facto a Bíblia o chama o deus deste mundo. O culto aos ídolos foi e continua sendo comum—mesmo em muitas igrejas que se dizem “cristãs.” Aquele ou aquilo a quem você servir e obedecer, será o seu deus!

A palavra “Senhor” significa chefe, amo, mestre—aquele a quem se obedece! Jesus exclamou:”Por quê me chamais: Senhor, Senhor e não fazeis o Eu que digo?” (Lucas 6:46). Se eles não Lhe obedeciam, Ele não era seu Senhor! Então, por quê Lhe chamavam eles Senhor, quando Ele não era o seu Senhor?

Também disse Jesus:”Não todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mateus 7:21). Somente aqueles que obedecem a Deus, podem ser filhos Seus e entrar no Seu Reino! O seu Deus é aquele a quem você obedece!

Também lemos na Bíblia:”Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis?” (Romanos 6:16).

Falando das imagens como falsos e imitadores deuses, o segundo mandamento ordena: “Não te ajoelharás diante delas, nem lhes prestarás culto [não lhes obedecerás]: porque Eu o Eterno teu Deus, sou um Deus zeloso, que visito a iniquidade [desobediência] dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me odeiam; e faço misericórdia a milhares, daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos” (Êxodo 20:5-6).

O verdadeiro mandamento de prova

Que significativo! O Sábado é o único mandamento dos dez, que é um sinal identificando quem são na actualidade os reais e verdadeiros Cristãos! Este é o verdadeiro mandamento de prova!

Um indivíduo pode ser honrado e recto no seu trato com os demais—pode ter fama de nunca roubar nem mentir. Mas isso não o distingue—nem identifica—como Cristão!

Muitos não Cristãos honram os seus pais—ao menos assim parece aos olhos dos outros. Muitos são considerados como fiéis, leais ao seu cônjuge; muitos se abstêm de jurar ou blasfemar e a maioria não são homicidas—aos olhos dos demais.

Mas o seu aparente cumprimento desses mandamentos não os marca como sendo diferentes—como sendo povo de Deus! Em realidade, poucos são os que guardam esses mandamentos em espírito, mas isto não é óbvio para o mundo. Pelo contrário é muito óbvio para o mundo, quando alguém guarda o Sábado de Deus!

Por isso o fazem tão poucas pessoas! Às pessoas não lhes agrada serem identificadas como diferentes—como pertencentes a Deus e apartadas do mundo! As pessoas querem ser identificadas aos olhos dos outros como pertencentes ao mundo—mas têm vergonha que os amigos, parentes e contactos comerciais, as identifiquem como pertencentes a Deus!

As pessoas do mundo parecem estar dispostas a reconhecer os nove mandamentos restantes—mas se rebelam rotundamente contra o mandamento do Sábado! E este é o teste crucial de obediência! Ele identifica aqueles que entregaram as suas vontades a Deus—que obedecem a Deus, sem importar o custo ou a perseguição.

Certamente que o Sábado o aparta! Que sinal!

Ele identifica ao verdadeiro deus, por ser o próprio dia que Ele apartou para que nos congregássemos e O adorássemos. O dia de Sábado identifica ao autêntico povo de Deus! Aos olhos do mundo, identifica aqueles que guardam o Sábado, como sendo o povo de Deus! Em realidade, são poucos os Judeus que guardam o Sábado santo! Ele pode não os identificar espiritualmente como povo de Deus! Mas pelo menos eles o reconhecem como um dia especial! E ainda que diante de Deus o profanem, o Sábado é o sinal que os identifica diante do mundo!

O sinal de Deus tem de ser aceite voluntariamente. Pelo contrário a “besta” (símbolo do iminente Sacro Império Romano na Europa) tem uma marca que vai muito pronto ser imposta à força! É uma marca que tem que ver com “comprar e vender”—com comércio, negócios, ganhar o sustento ou ter um emprego (Apocalipse 13:16-17; leia também os capítulos 13 e 17 de Apocalipse). Sim, este é o mandamento de prova—aquele do qual a sua própria salvação e vida eterna dependem!

Dissemos que Deus fez do Sábado um separado pacto, eterno e perpétuo, inteiramente independente e diferente daquele que chamamos a “Antiga Aliança” celebrada no Monte Sinai. Como, então, é o Sábado uma aliança?

Mas é uma aliança?

Vamos definir a palavra “pacto”. O Dicionário de Português o define como um “pacto ou aliança celebrada entre duas ou mais pessoas ou entidades, que se obrigam à sua observância”. Portanto, é um contrato ou acordo em que uma das partes promete certas recompensas ou pagamentos, em retorno por algo que a outra parte tem de realizar.

A Antiga Aliança feita entre Deus e os filhos de Israel, celebrada no monte Sinai, impôs certos termos e condições que o povo teria de cumprir: obediência aos Dez Mandamentos. Deus, por sua vez, prometia converter a Israel numa nação “sobre todos os povos.” As promessas eram puramente materiais e nacionais e se referiam somente a este mundo. Mas a nova Aliança está baseada em melhores promessas, (Hebreus 8:6) que consistem numa “herança eterna” (Hebreus 9:15).

Uma vez que uma aliança é assinada, selada ou ratificada—confirmada—nada mais pode ser adicionado (Gálatas 3:15). Nada que apareça por baixo da assinatura faz parte legal do acordo. Em Êxodo 24:6-8 se descreve a celebração da Antiga Aliança e de como esta foi selada com sangue. Note-se o final do versículo 8 que conclui com as palavras “o sangue da aliança que o Eterno fez convosco …” Já estava feito e concluído—completado.

A celebração do especial pacto eterno do Sábado, não aparece até sete capítulos mais tarde. Portanto, não faz parte da Antiga Aliança!

Mas é, ou não é, uma aliança?

A expressão na sua Bíblia diz que sim! Note em Êxodo 31:16: “Guardarão, pois, o Sábado os filhos de Israel, celebrando-o nas suas gerações por aliança perpétua”.

“Perpétua” significa contínua e ininterrupta. Mas teria esta de durar para sempre? A resposta está no versículo seguinte: “Entre mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre”.

Qual era a condição que teria de ser cumprida? Guardar o Sábado! “santo é para vós,” diz Deus no versículo 14. E qual é a recompensa prometida, pelo cumprimento dessa condição? O Sábado não é somente um sinal, mas também um pacto ou aliança entre mim e vós,” diz Deus, “para que saibais que Eu sou o eterno que vos santifico.” Aí está! Deus promete santificá-los—apartá-los como santos—como Seu povo santo. Pode você pedir uma promessa maior?

Sim, se trata de uma aliança! É uma aliança totalmente separada e diferente! Ainda que quiséssemos argumentar que a Antiga Aliança já foi “abolida” e que por isso os Dez Mandamentos foram abolidos também, ninguém poderia argumentar que este pacto duraria somente até à cruz. O pacto estará vigente “nas vossas gerações” (versículo 13); “um pacto perpétuo” (versículo 16) e “para sempre” (versículo 17).

Sinal somente para Israel?

“Sim,” diz o rebelde que não quer obedecer, “mas este pacto era entre Deus e os filhos de israel, por todas as suas gerações; é para sempre entre Deus e os israelitas.”

Bom, então admites que é uma obrigação perpétua dos Israelitas—e através de todas as suas gerações? Se você argumentar desta forma, existem duas respostas que o condenarão ao lago de fogo!

1) Ninguém pode negar que a observância do Sábado é obrigatória para o povo de Israel e que o é para sempre, por todas as suas gerações. Essas gerações existem hoje. Portanto, continua a ser obrigatório para eles hoje.

Também temos de reconhecer que a salvação e o Cristianismo estão abertos para os Judeus e para todos os Israelitas. O evangelho “é o poder de Deus para salvação a todo aquele que crê; ao Judeu primeiro e também ao Grego” (Romanos 1:16).

Portanto, o Judeu pode ser um cristão convertido! Mais ainda, a Igreja ao princípio estava formada quase inteiramente por Judeus! Qualquer Judeu que faça parte da igreja de Deus está obrigado a guardar o Sábado de Deus como um pacto perpétuo, por todas as suas gerações e para sempre!

Agora bem, existem para Deus duas categorias de Cristãos? É pecado para um Judeu Cristão transgredir o Sábado e pecado para os demais guardá-lo? Devem os Judeus Cristãos congregar-se ao Sábado e os de outras nacionalidades ao domingo? Não disse Jesus que uma casa dividida contra si mesma não prevaleceria?

Existem dois tipos de Cristãos? Gálatas 3:28-29 nos diz: “Nisto não há Judeu nem Grego, não há escravo nem livre, não há varão nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E se vós [Gentios] sois de Cristo, então sois descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa”.

Então se o Sábado é obrigatório hoje para os Judeus na Igreja de Deus e se todos somos um em Cristo—sem diferença entre uns e outros—então também é obrigatório para os Gentios!

Israel na actualidade

2) Também existe outra resposta para este argumento: Os povos dos Estados Unidos, da Mancomunidade Britânica e do noroeste da Europa são, de facto, os povos das dez tribos da casa de Israel. O povo Judeu, é a casa de judá.

Mas se o Sábado é o sinal de Deus que identifica ao povo de Israel e se esses povos são Israel, por que não guardam eles o Sábado hoje?

A resposta a esta pergunta é ao mesmo tempo a resposta a outra: Porquê são as Dez Tribos da casa de Israel chamadas “as Dez Tribos perdidas”? E porquê os seus descendentes se crêem Gentios? Porquê essas nações desconhecem a sua própria identidade?

Agora nós temos uma surpreendente, extraordinária e incrível verdade que revelar! Eis uma verdade assombrosa e mais estranha que ficção!

Aqui estão os factos que têm estado ocultos durante séculos, mais intrigantes que uma novela de mistério! Por que é o Sábado chamado desrespeitosamente e com desdém “o Sábado dos Judeus”? Por quê todo o mundo crê que todos os Israelitas são Judeus e que os Judeus são os únicos Israelitas que existem?

Aqui está uma espantosa surpresa para aqueles que acreditam nisso! Os Judeus são apenas uma pequena minoria dos Israelitas.

Israel perdeu o sinal

Em nenhum lado em toda a Bíblia nenhuma das dez tribos da nação de Israel é chamada “Judeus.” Este nome Judeusé aplicado unicamente ao Reino de judá. Verdadeiramente os actuais Judeus são Israelitas—mas somente uma parte dos Israelitas são Judeus!

Quase imediatamente depois de ter ascendido ao trono, Jeroboão começou a temer que os seus súbditos, viajando a Jerusalém para as festas anuais, desejassem de novo a Roboão como seu rei. Ele tomou, pois, rápidas medidas para assegurar a sua posição.

A tribo de Levi formava o sacerdócio. Eles eram os líderes—os melhor educados. Os Levitas que viviam dos dízimos, recebiam rendimentos duas ou três vezes superiores aos rendimentos dos demais. Com um golpe certeiro, Jeroboão rebaixou os Levitas e colocou como sacerdotes aos mais baixos e mais ignorantes de entre o povo. Assim ele os poderia controlar! Dessa forma ele poderia controlar a vida religiosa de toda a nação, tal como os reis Gentios sempre tinham feito. Ante isto, a maior parte dos Levitas regressaram ao reino de Judá—e se tornaram também conhecidos como Judeus.

Então imediatamente Jeroboão estabeleceu dois grandes ídolos para que o povo os adorasse. Ordenou que as Festas de Deus se celebrassem no oitavo mês—em vez do sétimo—num lugar da sua escolha ao norte da Palestina, em vez de em Jerusalém tal como deus tinha ordenado (1 Reis 12:28-32). Além disso, Jeroboão mudou o Sábado do sétimo para o oitavo dia—isto é para o primeiro da semana que é o domingo. Assim o dia fixado por ele para o culto, coincide com o dia pagão do sol, chamado hoje domingo!

Durante o reinado de 19 reis e sete dinastias sucessivas, as dez tribos da casa de Israel persistiram nos dois pecados de Jeroboão: idolatria e transgressão do Sábado. Alguns dos reis adicionaram outras malignas e pecaminosas práticas.

Mas nos anos 721 a 718 A.C., Deus fez com que o reino da Assíria invadisse e conquistasse a Israel. Esses Israelitas foram removidos das suas granjas e cidades e transportados como escravos para a costa sul do Mar Cáspio na Assíria. Mas a casa de Judá—os Judeus, uma nação diferente e independente—não foi invadida até ao ano 604 A.C.

Decorridas duas ou três gerações desde o cativeiro de Israel, surgiu a primeira potência mundial, o Império Caldeu. Sob o governo de Nabucodonosor os Caldeus (Babilônia) invadiram a Judá entre os anos 604 e 585 A.C.

Antes desse momento, os Assírios tinham abandonado a sua terra ao norte da Babilônia e tinham emigrado rumo ao noroeste—através das terras que hoje são a Geórgia, Ucrânia, Polônia, até chegarem ao que hoje é a alemanha. Os descendentes daqueles Assírios são hoje conhecidos por nós, como o povo alemão.

As dez tribos de Israel também emigraram para o noroeste. Ainda que os Assírios tenham escravizado a Israel, os Israelitas não permaneceram como escravos dos Assírios na Europa. Continuaram a sua viagem um pouco mais longe, até à Europa Ocidental, à península da Escandinávia e às Ilhas Britânicas! Por que se tornaram eles conhecidos como as “Dez Tribos perdidas”? Por que perderam o sinal que as identificava como nação!

O Rei Jeroboão tinha mudado o seu dia de culto do sétimo para o primeiro dia da semana—o dia do sol—Domingo! Todos os reis que lhe sucederam mantiveram esta prática, bem como a idolatria!

Enquanto permaneceram na terra de Israel e se chamaram a si mesmos “reino de Israel” a sua identidade era conhecida. Mas na Assíria deixaram de ser uma nação com o seu próprio governo e o seu próprio rei. Eles eram simplesmente escravos. Com o passo das gerações adoptaram o idioma Assírio. Perderam a sua língua Hebraica, tal como tinha predito a profecia bíblica. Perderam a sua identidade nacional.

Decorridas várias gerações, a tribo de José, dividida nas duas tribos de Efraim e Manassés, tomou o nome de British. Reteve alguns indícios da sua identidade Hebraica. Berith ou b’rith no idioma Hebraico significa “pacto” e a terminação ish significa “homem”. Assim, British (Britânico) significa “homem do pacto” o qual, em realidade eles são.

A tribo de Rubem se estabeleceu no país que hoje é a França. Ainda que tenham perdido a sua identidade nacional, os Franceses hoje têm as mesmas características do seu pai Rubem. O nosso folheto gratuíto Les Pays de Langue Française Selon la Prophétie, revelou esta ascendência e esta identidade nacional e milhares de Franceses estão principiando a aprender sobre a sua verdadeira identidade.

(Nota: O mencionado folheto é publicado unicamente em Francês.)

As dez tribos, conhecidas como a casa de israel, perderam o seu rótulo identificador—o Sábado de Deus.

Por isso é que eles perderam a sua identidade nacional!

Porquê são os Judeus reconhecidos?

Pelo contrário Judá, guardou o Sábado! Não o mantiveram santo por muito tempo nem o guardaram à maneira de Deus—mas pelo menos o reconheceram e o continuam reconhecendo hoje como o dia de repouso que se guarda e se observa. O resultado? Todo o mundo olha para eles como o povo escolhido de Deus! O mundo pensa que eles são a totalidade de Israel—e não simplesmente Judá!

Os Judeus não perderam a sua identidade! E uma vez que a sua identidade como descendentes raciais da antiga Israel é conhecida—e como não se conhece a identidade das “dez tribos perdidas” ainda que mais numerosas—o mundo supõe que os Judeus são Israel e não somente Judá. Os próprios Judeus o crêem! E até nisto o mundo também está enganado, inclusivamente na verdadeira identidade de quem realmente é o escolhido povo da primogenitura de Deus!

Sim, o Sábado, o dia de Deus—o verdadeiro dia do Senhor—é depois de tudo, um dia duplamente para o nosso povo: primeiro, porque ele é para todo o povo de Deus, mesmo para aqueles que nasceram Gentios e que são agora de Cristo; segundo, porque racialmente, através do nascimento carnal, é o dia que Deus deu aos nossos próprios antepassados e lhes ordenou que o santificassem para sempre!

Porquê foi Israel escravizado?

Sabe você por quê o reino de Israel foi invadido pela Assíria, conquistado e o seu povo exilado na escravatura em 721- 718 A.C.? Sabe por quê os Judeus (o reino de judá foi mais tarde levado em cativeiro e dispersado pelo mundo? Ambas as casas de Israel sofreram este castigo nacional e se viram obrigadas a abandonar a Palestina por terem transgredido o Sábado de Deus!

Faz isso alguma diferença? Certamente faz muita diferença para Deus! E Ele diz que não mudou—que é o mesmo ontem, hoje e sempre! (Hebreus 13:8).

Vejamos primeiro porquê Nabucodonosor invadiu e conquistou os Judeus e os levou escravos para a Babilônia nos anos 604-585 A.C.

Setenta anos depois desse cativeiro, de acordo com a profecia de Jeremias (Jeremias 29:10), grande parte dos Judeus regressaram à Palestina para reconstruir o Templo e restaurar o culto aí. O profeta Neemías conta porquê caíram na escravatura 70 anos antes: “Naqueles dias vi em Judá os que pisavam lagares ao Sábado e traziam feixes que carregavam sobre os jumentos; como também vinho, uvas e figos e toda a espécie de cargas, que traziam a Jerusalém no dia de Sábado; e protestei contra eles no dia em que vendiam mantimentos … E contendi com os nobres de Judá e lhes disse: Que mal é este que fazeis, profanando o dia de Sábado? Porventura não fizeram os vossos pais assim e não trouxe o nosso Deus todo este mal sobre nós e sobre esta cidade? E vós ainda mais acrescentais o ardor da sua ira sobre Israel, profanando o Sábado” (Neemías 13:15-18).

Aqui está em linguagem clara! A transgressão do Sábado foi a principal causa do cativeiro de Judá! O Sábado é tão importante para deus, que Ele castigou desta maneira severíssima ao seu próprio povo escolhido—com a derrota na guerra e o cativeiro num país estrangeiro! Deus define o pecado como transgressão da Sua lei (1 João 3:4), e a Sua lei diz: “Lembra-te do dia de Sábado para o santificares … o sétimo dia é o Sábado do senhor teu deus” (Êxodo 20:8- 10). Trabalhar no dia de Sábado ou profaná-lo procurando o prazer próprio, fazendo negócios, etc., é um enorme pecado e seu castigo é a morte eterna!

Advertência aos Judeus

Os Judeus não tinham desculpa. Eles já tinham sido advertidos pelos profetas. Leiamos as palavras de Jeremias: “Assim diz o Eterno: Guardai a vossa vida e não leveis cargas no dia de Sábado … nem façais trabalho algum, antes santificai o dia de Sábado, como ordenei aos vossos pais … Mas, se não me ouvirdes, para santificardes o dia de Sábado e para não trazerdes carga alguma, quando entrardes pelas portas de Jerusalém no dia de Sábado, entäo acenderei fogo nas suas portas o qual consumirá os palácios de Jerusalém e não se apagará ” (Jeremias 17:21-22, 27).

Essa foi uma advertência. Os Judeus não fizeram caso dela. Vejamos agora o que ocorreu!

“E no quinto mês, no décimo dia do mês, que era o décimo nono ano do rei Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nebuzaradã, capitäo da guarda, que assistia na presença do rei da Babilônia, veio a Jerusalém. E queimou a casa do senhor e a casa do rei; e também a todas as casas de Jerusalém e a todas as casas dos grandes, ele as incendiou” (Jeremias 52:12-13).

Quando Deus avisa, o castigo é seguro!

Porquê foi Israel derrotado?

Agora vejamos o que ocorreu à outra nação de Israelitas, o reino de Israel, 117 anos antes do cativeiro de Judá.

Deus tinha dado uma escolha a este povo em tempos de Moisés, muito antes que se dividissem em duas nações. Isto já o vimos em detalhe quando falámos de Levítico 26. Agora vejamos o que disse Deus àcerca disso por meio do profeta Ezequiel.

Ezequiel recebeu de Deus uma mensagem para a casa de Israel (não para Judá—os Judeus). O profeta se encontrava entre os cativos Judeus depois do seu cativeiro que ocorreu mais de cem anos depois da conquista de Israel. Por essa altura já os Assírios tinham emigrado desde o Mar Cáspio para a terra a que hoje chamamos Alemanha.

O povo da casa de Israel também emigrou com eles rumo ao noroeste através da Europa. Mas eles não se detiveram na Alemanha. Eles continuaram em direcção norte e oeste—até chegarem à Europa Ocidental—França, Bélgica, Holanda, aos países Escandinavos e às Ilhas Britânicas—onde eles se encontram até hoje com a excepção da tribo de Manassés, que emigrou muito depois para a América do Norte e se converteu nos Estados Unidos da América.

O profeta Ezequiel recebeu a comissão de ir desde onde estava, entre os Judeus, à casa de Israel: “Vai e fala à casa de Israel ” (Ezequiel 3:1) e “Vai e entra na casa de Israel” (versículo 4).

Mas Ezequiel nunca levou aquela mensagem à casa perdida de Israel. Não podia levá-lo porque era escravo também, junto dos Judeus.

Hoje, no entanto, ele lhes está levando a mensagem escrita no seu livro, na Bíblia e comunicando-a a esse mesmo povo por meio dos servos de Deus a quem foi revelado o verdadeiro significado da profecia e através da revista Pura Verdade e da transmissão televisiva O Mundo de Amanhã!

Esta é uma profecia! É uma mensagem para os nossos povos actuais! Você a está lendo neste momento! Que Deus o ajude a escutá-lo!

Uma profecia para nós, hoje

Falando primeiro à antiga Israel, Deus diz em Ezequiel 20:10- 12: “Os fiz sair da terra de Egipto e os trouxe ao deserto e lhes dei os meus estatutos e lhes fiz conhecer os meus juízos, pelas quais o homem que as cumpre viverá. E lhes dei também os meus Sábados, para que fossem um sinal entre mim e eles, para que soubessem que Eu sou o eterno, que os santifico”.

Note-se que esta passagem repete as palavras exactas do pacto eterno do Sábado em Êxodo 31:12-17! Depois prossegue: “Mas a casa de Israel se rebelou contra mim no deserto: não caminharam nos meus estatutos e rejeitaram os meus juízos … e profanaram grandemente os meus Sábados” (Ezequiel 20:13).

Uma geração mais tarde, Deus contendeu com os seus filhos: “Mas disse eu a seus filhos no deserto: Não andeis nos estatutos de vossos pais, nem guardeis os seus juízos, nem vos contamineis com os seus ídolos. Eu sou o Eterno vosso Deus; andai nos meus estatutos e guardai os meus juízos e executai-os. E santificai os meus Sábados e eles seräo um sinal entre mim e vós, para que saibais que Eu sou o Eterno vosso Deus” (versículos 18-20).

Os versículos anteriores fazem uma distinção enfática entre os estatutos, preceitos e Sábados de Deus por uma parte e os sábados, estatutos e preceitos de seus pais pela outra. O povo estava observando um dia diferente aos Sábados de Deus! Eles já tinham adoptado o dia dos pagãos, que hoje se chama Domingo—o dia do sol e da adoração ao sol.

“Mas os filhos se rebelaram contra mim”, prosseguiu Deus em Ezequiel 20:21, “… eles profanaram os meus Sábados”.

Então, o que fez Deus—algumas gerações mais tarde?

Ele os dispersou em cativeiro e escravatura (versículo 23). Mas por quê?

“Porque não executaram os meus juízos e rejeitaram os meus estatutos e profanaram os meus Sábados e os seus olhos iam após os ídolos dos seus pais” (versículo 24). Essa é a resposta! Tinha isso importância para Deus?

Mas continuemos lendo esta assombrosa profecia! Note que esta profecia é para nós , hoje!

Falando de um tempo já próximo, nos nossos dias, Deus diz para os nossos povos: “Vivo eu, diz o Senhor Deus, que com mão forte e braço estendido e furor desencadeado, hei de reinar sobre vós” (Ezequiel 20:33).

A expressão “furor desencadeado” se refere às sete últimas pragas que ocorrerão no momento da Segunda Vinda de Cristo (ver Apocalipse 16:1). O tempo em que Cristo reinará sobre nós, será no momento e depois da Sua Segunda Vinda. Portanto, esta é então, uma profecia para os nossos tempos.

Todas as profecias bíblicas que mostram onde estarão os povos actuais de língua Inglesa (Israel), quando regresse Cristo e quando se produza o grande êxodo para a Palestina, indicam que eles estarão em cativeiro e escravizados uma vez mais!

A profecia continua: “E Eu vos tirarei de entre os povos e vos reunirei das terras nas quais estais espalhados … com furor desencadeado; e vos trarei ao deserto dos povos [um êxodo futuro—ver Jeremías 23:7-8], e ali face a face entrarei em juízo convosco” (Ezequiel 20:34-35).

Note isto! Este é o Verbo falando—Cristo! Ele estará então sobre a Terra em pessoa! E nessa altura contenderá com os povos do mundo, face a face.

É tempo de despertar para a iminência e grande seriedade deste facto!

Talvez somente uma voz isolada o esteja avisando! Sim, mas Deus usou uma só voz para advertir o mundo nos dias de Noé; uma só voz nos dias de Elías; uma única voz em tempos de João Baptista; e depois de João Baptista ter sido encarcerado, uma só voz na pessoa do próprio Cristo! Se você colocar a sua confiança na voz da maioria pecadora, sofrerá as consequências juntamente com ela!

Note como Ele vai contender!

“Como entrei em juízo com os vossos pais no deserto da terra do Egipto, assim entrarei em juízo convosco, diz o Senhor Eterno … e apartarei de entre vós os rebeldes e os que transgrediram contra mim … e sabereis que Eu sou o Senhor” (Ezequiel 20:36-38).

Como litigou Deus com eles? Ele lhes ordenou: “Santificai os meus Sábados e não os de vossos pais, para que saibais que Eu sou o Eterno”. E aqueles que forem então levados para a Palestina, saberão que ele é o eterno.

Como saberão eles?

Pelo Seu sinal do Sábado!

Leia os versículos 42-44 na sua própria Bíblia! Deus diz que quando os nossos povos cessem a sua rebelião e guardarem o Seu Sábado, se lembrarão dos seus caminhos profanos e se aborrecerão a si mesmos por terem transgredido o Sábado! Estas são afirmações bastante fortes! Mas é a Palavra de Deus falando-lhe a você!

Chapter 12: A primogenitura—em o seu apogeu—e agora

Quão grandes, quão poderosos e quão ricos se tornaram os povos Britânicos e Norte Americanos? Que nos está subitamente acontecendo agora? Por quê perdeu a Inglaterra a maior parte das suas colônias—as suas possessões—os seus recursos, riqueza, poder e influência no mundo? Por quê já não é a Inglaterra chamada de Grande Bretanha—uma grande potência mundial?

Por quê são os Estados Unidos agora tão desacreditados, desprezados, odiados através de todo o mundo? Por quê não puderam vencer a Guerra da Coréia? Por quê os Estados Unidos não conseguiram vencer ao pequeno Vietname do Norte?

Primeiro, compreendamos realmente qual foi o grau de poder e grandeza atingido pela Inglaterra e pelos Estados Unidos.

As pessoas nem sempre se dão conta do que têm, nem o apreciam. Muito poucos compreendem a influência sem precedentes que os nossos países têm desfrutado. Nós julgamos todas as coisas por comparação. O normal Inglês, Australiano ou Canadense, nunca viajou pelas zonas mais atrazadas da China, da Índia, dos países do Médio Oriente ou da África. Não conhecem esses povos açoitados pela doença, miséria e o analfabetismo. Não imaginam o estado calamitoso no qual vive a maior parte da humanidade.

Por sua vez, a maioria dos Norte Americanos também não conhece a esqualidez dessas vastas e desprivilegiadas áreas—nem sequer conhecem os países da Europa, prósperos em comparação com o resto do mundo, no entanto pobres quando comparados com a forma de vida dos Americanos. Não, os nossos povos de língua Inglesa em geral não compreenderam o que têm. Nem sequer estão agradecidos. Não têm dado graças a Deus, nem aceitado as responsabilidades que acompanham as suas abundantes bênçãos.

Poucos compreendem que toda a posse desejada e valiosa, implica a obrigação de a usar correctamente. Será que um menino de oito anos de idade ao qual foi dada pelos seus pais uma nova e brilhante bicicleta, tem noção da responsabilidade que esta implica—a menos que os seus pais a inculquem nele—e lhe digam, que deve cuidá-la e usá-la com prudência para não se magoar nem magoar aos demais?

Quando Deus derramou sobre os nossos povos tamanha riqueza, poder e possessões econômicas que nenhum outro povo jamais tinha desfrutado, apreciaram eles aquilo que tinham recebido, ou sentiram a proporção do sentido de responsabilidade pelo seu próprio e sábio uso?

Não apreciaram! Nem sequer reconheceram quão grandes foram as suas bênçãos, muito menos sentiram nenhuma obrigação pela sua custódia diante do nosso Criador! quão grandes então foram as bençãos da primogenitura?

A riqueza da primogenitura

Leia de novo as promessas proféticas de Gênesis 22:17.

Deus disse a Abraão: “De verdade te abençoarei e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia que está à orla do mar; e a tua descendência possuirá as portas dos seus inimigos”.

Tomemos nota também da bênção profética que foi dada a Rebeca quando esta abandonou a sua família para se converter na esposa de Isaque: “E abençoaram a Rebeca e lhe disseram: Irmã nossa, sê tu mãe de milhares de milhares e que a tua descendência possua a porta dos seus inimigos” (Gênesis 24:60).

Tal como explicamos antes, as “portas” das nações inimigas, são os canais marítimos situados estrategicamente à entrada ou saída dessas nações. Ainda que toda a riqueza seja proveniente da terra, a prosperidade e influência à escala nacional, sempre se deve à indústria e ao comércio. O comércio internacional tem sido efectuado quase sempre por barco—através das vias marítimas do mundo e no continente por meio do comboio.

É tremendamente significativo, pois, que Robert Fulton tenha operado o primeiro barco de vapor em 1803—precisamente quando a Inglaterra e os Estados Unidos começaram vertiginosamente a multiplicar a sua prosperidade nacional! E também que os transportes ferroviários tenham florescido nesse mesmo século dezanove.

Tal como explicamos anteriormente e uma vez que a primogenitura se refere a nações, as “portas” dos nossos inimigos seriam passos estratégicos como o estreito de Gibraltar, o Suez, Singapura, o canal de Panamá, etc.

A Grã-Bretanha e os Estados Unidos tomaram possessão de todas as “portas” principais deste mundo! Portanto eles devem ser o Israel actual! Ditas “portas” foram factor decisivo na II Guerra Mundial. Elas se converteram não somente em passos estratégicos, mas também nas fortificações mais importantes do mundo. Mas hoje, nós já perdemos a maioria delas, sendo a mais recente o Canal de Panamá—e parece que Gibraltar também não demorará. Por quê?

Note em Gênesis 39:2, 23: “Mas o Eterno estava com José e foi varão próspero … o Eterno estava com José e tudo o que ele fazia, o Eterno prosperava.” Assim mesmo, Deus fez prosperar os descendentes de José, a Inglaterra e os Estados Unidos, dando-lhes a fabulosa primogenitura que lhes tinha prometido!

Recordemos a bênção profética pronunciada por Moisés, na qual predisse o que ocorreria a cada uma das tribos nestes últimos dias.

“E de José disse: Bendita do Senhor seja a sua terra, com o mais excelente dos céus, com o orvalho e com o abismo que jaz abaixo. E com os mais excelentes frutos do sol, e com as mais excelentes produções das luas e com o mais excelente dos montes antigos, e com o mais excelente dos outeiros eternos. E com o mais excelente da terra, e da sua plenitude, e com a benevolência daquele que habitava na sarça, venha sobre a cabeça de José [Efraim e Manassés] e sobre o alto da cabeça daquele que foi separado de seus irmãos. Ele tem a glória do primogênito do seu touro e os seus chifres säo chifres de boi selvagem [o escudo nacional da Inglaterra]; com eles rechaçará todos os povos até às extremidades da terra; estes pois são os dez milhares de Efraim, e estes são os milhares de Manassés” (Deuteronômio 33:13-17).

Os países que na actualidade sejam Efraim e Manassés, têm de ter possuído o mais selecto das riquezas agrícolas, mineiras e outras riquezas—as grandes minas de ouro e prata; o ferro, o petróleo e o carvão; a madeira e outros recursos.

Quais são as nações que cumprem estas profecias? Somente a Grã-Bretanha e os Estados Unidos! Por quê?

Mais da metade da terra cultivável em zonas temperadas, a obtiveram estas duas potências depois do ano 1800 D.C.! As férteis terras agrícolas do vale do Mississippi; os vastos campos de trigo e cereais do Médio Oeste Norte Americano, do Canadá e da Austrália; as enormes extensões florestais da costa norte do Pacífico e de muitas outras partes do mundo; os jazimentos de ouro da África do Sul, Austrália, Alasca e dos Estados Unidos; as abundantes minas de carvão dos Estados Unidos e das Ilhas Britânicas; as quedas de água, fonte de energia eléctrica e origem dos prósperos distritos industriais da Inglaterra e do leste da América do Norte; as selectas zonas frutíferas da Flórida e da Califórnia. Que outras nações possuíram em conjunto tanta abundância material?

E quase toda esta riqueza veio depois do ano 1800 D.C.!

Estatísticas actuais

Até que dimensão o Deus Todo Poderoso cumpriu as Suas promessas em nós, descendentes de José, nestes últimos tempos a partir de 1800 A.D.—promessas “dos mais excelentes frutos do solo… o mais excelente dos morros antigos … e as mais excelentes dádivas da terra e a sua plenitude”?

O Sr. Charles M. Schwab, magnata do aço, fez a seguinte afirmação ante a Associação de Banqueiros de Massachusetts em 5 de Janeiro de 1921: “Os nossos Estados Unidos foram dotados por Deus com tudo o que é necessário para ser e continuar sendo a maior nação industrial e comercial do mundo”.

A produção petroleira mundial em 1950, foi de quase 3.800 milhões de barris. Desse total, somente os Estados Unidos produziram mais de metade—quase 52 %. Juntos, os Estados Unidos e a Mancomunidade Britânica, produziram 60 % do crude, sem incluir os seus enormes investimentos no exterior. Mas por volta de 1966—ano em que o Escritório Colonial Britânico de Londres fechou as suas portas, assinalando a morte oficial do Império Britânico—esses 60 % de todo o crude mundial, já tinham sido reduzidos a 32 %.

A Inglaterra e os Estados Unidos extrairam 50 % mais carvão do que todas as outras nações em conjunto. Mas em 1966 a sua parte já tinha caído a menos de um terço da produção mundial—30,9 %!

Em conjunto a Mancomunidade Britânica e os Estados Unidos produziram em 1950, três quartos do aço do mundo e em 1951 este último país produziu sozinho, quase 60 % ou 105,200,000 toneladas. Também chegaram a produzir 30 % mais ferro em lingote do que produziram os demais países juntos.

Em 1966, este índice básico de riqueza se tinha reduzido a um terço (33,6 % do aço e somente 17,8 % (um sexto) do ferro em lingote.

Possuíram quase 95 % do níquel no mundo (proveniente principalmente do Canadá); 80 % do alumínio mundial; 75 % do zinco. E em 1966? Somente 3,6 % do níquel; 40,2 % do alumínio e 12,4 % do zinco.

Em 1950 a Mancomunidade Britânica dominava completamente a produção de cromita (da África do Sul). A Inglaterra e os Estados Unidos produziam dois terços da borracha mundial e dominavam na exploração de cobre, chumbo, estanho, bauxita e outros metais preciosos. Mas já em 1966 produziram somente 2,33 % da cromita mundial, 23,4 % do cobre, 9,9 % do chumbo, 6,3 % da bauxita e nada de estanho.

Em 1950 a Mancomunidade Britânica produziu dois terços do ouro mundial—cerca de 266 milhões de libras esterlinas ou 642 milhões de dólares—enquanto os Estados Unidos tinham o triplo das reservas de ouro, quando comparado com o resto do mundo. Mas por volta do ano de 1966, as minas de ouro Norte Americanas já estavam tão esgotadas que o dólar se viu seriamente ameaçado.

Ambos países produziam e utilizavam dois terços da energia elétrica no mundo—os Estados Unidos com 283.000 milhões de quilowatts-hora em 1948 e o Reino Unido e o Canadá muito adiante da Rússia, Alemanha e França juntas. Mas em 1966 a cifra tinha descido a 20,1 %.

Quanto a frotas mercantes, mais da metade da tonelagem pertenceu à Grã-Bretanha e aos Estados Unidos. Mas em 1966 esta cifra era somente de 32,5 %. As Ilhas Britânicas construíam mais barcos do que qualquer outro país do mundo. Mas antes de decorridas duas décadas, a Inglaterra e os Estados Unidos já tinham sido ultrapassadas por duas ou três nações Gentias. Em 1950 possuíam aproximadamente a metade da extensão ferroviária no mundo. Mas em 1966 possuíam em conjunto somente 26 % da capacidade transportadora ferroviária.

Houve um momento em que os Estados Unidos estavam fabricando 73 % de todos os automóveis, mas em 1966 juntamente com o Reino Unido, apenas fabricavam 55 % sendo 44% a produção dos Estados Unidos. O Japão, Alemanha, França e a Itália avançaram a passos gigantescos.

Como o obtivemos?

Como chegamos nós à possessão de toda esta vasta riqueza da terra? A adquirimos nós através da nossa própria sabedoria, visão, energia, habilidade e capacidade humanas?

Abraão Lincoln, décimo sexto presidente dos Estados Unidos, responde: “Nos encontramos a nós mesmos como possuidores pacíficos da porção mais favorável da Terra quanto a fertilidade do solo, extensão territorial e salubridade do clima … Nós … nos encontramos a nós mesmos como herdeiros legais destas formidáveis bençãos. Não foi por dura lide que as conseguimos nem estabelecemos.”

Depois, na sua proclamação em 30 de Abril de 1863, na qual convocou um dia nacional de jejum e oração, este grande presidente declarou: “É dever das nações, bem como dos indivíduos, reconhecer a sua dependência no poder predominante de Deus … e reconhecer a verdade sublime, anunciada nas Sagradas Escrituras e demonstrada por toda a história, de que somente são abençoadas aquelas nações cujo Deus é o Senhor … Nós temos sido os recipientes das bênçãos mais escolhidas do céu. Temos sido conservados estes longos anos em paz e prosperidade. Crescemos em número, em riqueza e em poder como nenhuma outra nação cresceu jamais; mas nos esquecemos de Deus! Nos esquecemos da Mão graciosa que nos preservou em paz e que nos multiplicou, enriqueceu e fortaleceu; e temos acreditado frivolamente no engano dos nossos corações, que estas bênçãos foram produzidas pela nossa própria sabedoria e virtude superiores.”

E porque Lincoln viu uma nação que tinha esquecido a Deus—uma nação ébria de um sucesso que não tinha colhido pelo seu próprio esforço—uma nação que se atribuía todo o crédito e louvor para si mesma, este grande presidente convocou a nação a um dia de jejum e oração para confessar este pecado nacional diante de Deus. O destino da nação estava em jogo quando ele emitiu essa proclamação. Mas Deus escutou e respondeu a esta grande oração nacional—e a nação foi então preservada!

Mas hoje o futuro dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha está ameaçado mil vezes mais. Hoje não temos um presidente ou um primeiro ministro com a visão, o entendimento e a coragem suficientes para colocar as nossas nações de joelhos diante de Deus.

Abraão Lincoln sabia que essas bênçãos materiais não tinham sido conquistadas, mas que tinham sido dadas aos nossos povos pelo Deus de Abraão, de Isaque e de Israel.

Hoje nós deveríamos enfrentar os factos e saber que toda esta vasta riqueza material sem precedentes nos foi outorgada, porque Deus a tinha prometido, incondicionalmente, a Abraão. E Ele a prometeu a Abraão, porque Abraão obedeceu a Deus e guardou as Suas leis e mandamentos.

A bênção da primogenitura foi negada aos nossos antepassados depois dos dias de Moisés, porque eles recusaram viver segundo as leis de Deus.

E hoje Deus nos adverte, por meio de muitas profecias em Jeremias, Ezequiel, Isaías, Miquéias e muitos outros, que a menos que esta nossa geração se arrependa dos seus pecados e se volte para Ele com jejum, com pranto e fervente oração, Ele destruirá as nossas cidades e todas as nossas fortalezas, com a espada estrangeira; Ele nos castigará entregando-nos em mãos de um invasor cruel; seremos invadidos, derrotados e reduzidos à escravidão! Que deus nos ajude a atendermos esta advertência!

Em conclusão, nós perguntamos: Se nós não formos a nação de Israel—as chamadas Dez Tribos “Perdidas”—o próspero Israel ou José—a nação da primogenitura—os actuais herdeiros das bênçãos que teriam de ser conferidas a partir de 1803, então quem mais poderá ser? Nenhuma outra nação ou conjunto de nações possuíram estas bênçãos da primogenitura—porque as nossas duas nações possuíram mais de dois terços—quase três quartos—das matérias primas, recursos naturais e riquezas de todo o globo terrestre, enquanto as demais nações unidas, tinham somente uma pequena parte.

Conhece você alguma prova mais contundente da inspiração divina da Bíblia Sagrada, como a Palavra revelada do Deus vivo? Seria possível a algum mortal, carente de inspiração divina, escrever as profecias que analisamos neste livro; fazer essas promessas a Israel (José) e depois de 2.520 anos, começando exactamente entre 1800 e 1803, ter o poder para as cumprir em forma precisa? Não se trata de quaisquer promessas pequenas ou frívolas. Elas incluiem a possessão de enormes riquezas e vastos recursos naturais de toda a terra.

Apresente estes factos aos seus amigos ateus ou agnósticos. Peça-lhes que respondam, se puderem, se alguém à excepção do Eterno Criador, teria poder para fazer e escrever tais promessas há milhares de anos atrás, para depois as cumprir séculos mais tarde no momento predito?

Como poderia qualquer Americano—ou qualquer pessoa de língua Inglesa, herdeiro das prometidas bençãos materiais de Deus—em face de um cumprimento tão formidável e estupendo de profecia—diante de semelhante demonstração do poder e da lealdade do Deus Todo Poderoso—aceitar e participar dessas promessas e depois descuidadamente ignorar as advertências de Deus de que os nossos pecados estão aumentando? Ou deixar de se ajoelhar diante do Grande e Todo Poderoso Deus, de se arrepender e interceder em fervorosa oração por todas as nações Israelitas e ajudar de todas as formas possíveis, a avisar estes povos sobre o iminente perigo? Parece impossível de conceber.

Chapter 13: E agora quê? As profecias para o futuro imediato

As bênçãos da primogenitura foram estupendas, tremendasalgo inigualável entre as demais nações ou impérios! Mas que fizeram os nossos povos com aquelas tremendas bênçãos?

Continuavam sendo Israelitas, ainda que eles mesmos não o soubessem. Continuavam sendo rebeldes, “altivos” e teimosos!

Uma vez que os povos Britânico e Norte Americanos—os Israelitas “perdidos” supondo-se agora Gentios—se encontraram desfrutando de tal riqueza e poder, estiveram menos dispostos do que os seus antecessores, a entregar-se ao seu Deus e a submeter-se aos seus caminhos. Não sentiam nenhuma necessidade Dele, agora! Parece que ninguém busca a Deus enquanto não se encontre desesperado ou em grandes problemas.

Deus tinha retido a primogenitura durante 2.520 anos e então, quando os nossos povos não mereciam nada de Deus, de repente Ele derramou sobre nós bênçãos sem igual na história—cumprindo assim a promessa incondicional feita a Abraão! Agora, Deus já não estava obrigado a continuar derramando sobre os nossos indignos povos, riquezas, prestígio ou grandeza. Uma vez que nos foi outorgada esta situação privilegiada, dependia do nosso povo continuar ou não desfrutando dela.

Voltemos agora a Levítico 26. Já vimos préviamente os versículos 1 ao 18. Deus disse que SE apesar de todos estes castigos os Israelitas continuassem a não querer escutar e obedecer a Deus, Ele os castigaria durante 2.520 anos. E depois, que ocorreria?

Se depois de 2.520 anos de retenção da bênção da primogenitura, o nosso povo—com a primogenitura—continuasse a rebelar-se, traria sobre si a sentença que se encontra no versículo 19: “E Eu quebrarei o orgulho do vosso poder e farei o vosso céu como ferro e a vossa terra como bronze.” Deus já começou a fazer isso!

Nós tínhamos orgulho no nosso poder!

Deus não podia falar acerca de quebrar o orgulho da nossa força nacional, até depois que o poder da primogenitura tivesse sido outorgado! Ele colocou as nossas nações na posição de possuirem o maior poder nacional, que qualquer outro país ou império jamais tenha tido. Nós tínhamos grande orgulho no nosso poder nacional—no nosso prestígio nacional.

Eu me recordo de escutar o presidente Teodoro Roosevelt falar do seu orgulho nesse poder—e em como ele o usou enquanto presidente. Os Alemães enviaram a um navio de guerra para a baía de Manila ameaçando com apoderar-se das ilhas Filipinas. As Filipinas estavam nessa altura em possessão dos Estados Unidos. O presidente Roosevelt enviou ao Kaiser uma nota lacônica na qual exigia o retiro imediato desse navio Alemão.

Mais tarde ele explicou: “O Kaiser não sabia então, que eu o dizia em sério!” “De maneira que enviei outra nota, mas esta segunda nota não foi para o Kaiser, mas sim para o Almirante Dewey, comandante da frota Norte Americana no Pacífico. Era uma ordem de que a frota inteira se dirigisse a toda velocidade para o navio de guerra Alemão e se este não se devolvia, que o afundasse! O Sr. Roosevelt narrava este incidente com força e altivez! Naquela época, antes da I Guerra Mundial, nós tinhamos absoluto orgulho no nosso poder nacional!

… Mas nós o perdemos!

No entanto hoje, até mesmo pequenas nações se atrevem a insultar-nos, pisotear ou queimar a bandeira dos Estados Unidos—e nós, apesar de tão poderosos como sempre, apenas esboçamos um débil protesto! Que aconteceu ao orgulho do nosso poder?

Nós já o perdemos! Deus disse: “Quebrarei o orgulho do vosso poder!” E assim o fez!

Outras profecias revelam que os próximos castigos serão secas, fome e epidemias que ceifarão milhões de vidas. Quando o céu esteja como ferro e a terra como bronze, o povo compreenderá que o ferro não dá chuva e que uma terra endurecida como o bronze pela falta de chuva, também não produz alimento!

Levítico 26:20 diz: “A vossa força se consumirá em vão, porque a vossa terra não dará a sua colheita e as árvores da terra não darão o seu fruto.”

Mas será que a Inglaterra e os Estados Unidos escutarão? Nunca o fizeram!

Então, o quê? Depois de tudo isso, que passará?

Versículo 21: “E se andardes contrariamente para comigo e não me quiserdes ouvir, vos trarei sete vezes mais pragas, conforme os vossos pecados.”

Aqui, tal como no versículo 18, encontramos a palavra Hebraica shibah. No Hebraico original, idioma em que Moisés escreveu, não se empregam duas palavras para dizer “sete vezes”, senão uma só: shibah.

Como se explicou anteriormente, esta palavra significa “sete vezes” mas também significa “sete tempos”. As “sete vezes” se referem à intensidade do castigo. Os “sete tempos” à duração do mesmo.

Agora castigo mais intenso

Pela maneira como está empregada esta palavra, pela construção da frase e pelo que realmente ocorreu, é seguro que no versículo 18 esta palavra Hebraica shibah se refere à duração do castigo—sete tempos proféticos, ou seja 2.520 anos!

Mas no versículo 21 a frase tem uma estrutura muito diferente; e como também não pode haver agora uma retenção de outros 2.520 anos daquilo que já foi outorgado, se torna bem claro que a palavra shibah no versículo 21, se refere a uma intensidade de castigo sete vezes maior. Note como a estrutura do versículo 21 é totalmente diferente da do versículo 18. Aqui não diz “sete vezes mais conforme os vossos pecados”, mas sim “sete vezes mais pragas.” A expressão “sete vezes” no versículo 21 qualifica as pragas que lhes sobrevirão.

Portanto agora, se as actuais tribos de Efraim e Manassés—a Grã-Bretanha e os Estados Unidos—se negarem a voltar para Deus em obediência e se recusarem a seguir o caminho de vida que produz, conserva e aumenta as bênçãos, então Deus as castigará de uma maneira ainda mais intensa—inclusivamente as privará totalmente desta colossal bênção sem precedentes—e as devolverá ao cativeiro e à escravatura—tal como nos mostram os seguintes versículos desta profecia.

Crê o leitor que potências tão fortes como a Grã-Bretanha e os Estados Unidos não podem cair dessa maneira? Será que você diz, “Isso não pode acontecer aqui? Você pensa que o grande deus que pôde dar-lhes tal posição de domínio mundial sem precedentes, não a pode retirar deles como sucedeu aos seus antepassados e lançá-los outra vez na escravatura?

Você necessita de abrir os seus olhos para o facto de que para o Império Britânico, já o sol se pôs! Você necessita de despertar para o facto de que os Estados Unidos, mesmo que conservando ainda o seu poder sem igual, têm medo—temor de o usar—tal como Deus tinha predito: “Quebrarei o orgulho do vosso poder”; que os Estados Unidos já deixaram de ganhar guerras—que apesar de todo o seu tremendo poder, foram incapazes de derrotar o diminuto Vietname do Norte! Os Estados Unidos se dirigem rapidamente para a queda mais estrondosa que alguma nação jamais tenha sofrido!

A escritura está na parede!

Você necessita agora de entender, que o restante da profecia de Levítico 26—bem como Deuteronômio 28—e muitas outras profecias, se referem a eles e a acontecimentos que muito pronto violentamente afectarão a sua vida!

Você deve estudar atentamente as profecias de Jesus, de Jeremias, de Isaías e de outros profetas que descrevem quão intenso será o castigo que Deus irá impor sobre os povos Britânicos e Norte Americanos.

São muitas as profecias que advertem com toda a certeza, que este castigo será tão intenso, como jamais sofreu nação ou povo algum!

Conhecendo a nossa identidade—como o povo Britânico e Norte Americano está identificado nas profecias—você necessita agora de estar atento ao que diz sobre nós em Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, Joel, Oséias, Amós e outras profecias—aquilo que Jesus predisse—bem como nestas profecias escritas por Moisés!

E você precisa também, de saber por quê um Deus justo e amoroso irá castigar o Seu povo escolhido—ao povo que Ele escolheu para um propósito glorioso mas que eles se negaram a cumprir.

O próprio facto do castigo, implica correção. Nós necessitamos de compreender que essa correção é aplicada para nos desviar dos caminhos errados e prejudiciais para nós—para que deixemos esses caminhos e sigamos os caminhos rectos, que produzirão as bênçãos desejadas! Entenda! Deus castiga a todos os filhos que Ele ama (Hebreus 12:6).

Entendamos também a natureza humana! A natureza humana quer ser boa—se considera a si mesma boa e quer ser considerada boa, mas ao mesmo tempo, quer fazer o mal. Quer receber o bem, enquanto semeia o mal. Não parece entender a verdade que aquilo que semearmos, isso mesmo ceifaremos! É um assunto de causa e efeito!

O castigo de Deus é um reflexo do Seu amor—faz-nos mudar para que não sigamos causando maus resultados ao caminho que nos traz felizes resultados! Deus está a ponto de nos impedir de trazermos males colossais sobre nós mesmos! Deus não está irado porque lhe estejamos causando mal a ele—mas sim porque nos fazemos mal a nós mesmos—a quem Deus ama!

O castigo é correção

As profecias não se limitam a revelar a intensidade multiplicada do castigo que já começou a ser infligido sobre os Estados Unidos e a Grã-Bretanha. As profecias registram também o resultado desse castigo intensificado. O resultado será um povo corrigido. O resultado nos abrirá os olhos para compreendermos o que trouxemos sobre nós mesmos. O castigo supremo nos ensinará, por fim, a nossa lição! O castigo quebrará o nosso espírito de rebeldia! Nos levantará da fossa de podridão e maldade em que nos afundamos. Nos ensinará o caminho para uma gloriosa paz, prosperidade, felicidade e abundante bem—estar!

Além das calamidades nacionais atrozes que já estão a ponto de se desatarem sobre nós, se vislumbra uma benção incomensuravelmente maior do que a primogenitura material e nacional que nós possuímos.

Nós temos que aprender que os bens materiais não são a fonte da felicidade. Eu já mencionei muitas vezes aos homens ricos que conheci—homens cujas contas bancárias estavam repletas—mas cujas vidas estavam vazias! A prosperidade material é algo desejável certamente—mas não é a fonte da felicidade.

Afinal de contas, a verdadeira felicidade é algo espiritual! A primogenitura foi somente uma das duas grandes promessas feitas por Deus a Abraão. A promessa do ceptro não se referia somente a uma dinastia de reis humanos. E o que é mais, nem sequer tinha que os incluir—pois os Israelitas teriam podido ser obedientes a Deus tendo-O a Ele como seu Rei. O ceptro apontava principalmente para cristo e para a nossa salvação espiritual através Dele.

Os nossos povos ainda têm que aprender algumas lições básicas. Os verdadeiros valores são espirituais. Em realidade a lei de Deus é uma lei espiritual. Ela envolve actos físicos—mas está baseada em princípios espirituais. E para a cumprir é necessário ter o Espírito Santo de Deus, habitando na mente!

O castigo implica correção. A correção é uma mudança de direção. Ela significa arrependimento—e arrependimento significa mudar de direção e ir por outro caminho!

Agora, antes de lhe mostrar estas sensacionais profecias, entenda por quê é necessário o castigo nacional e quem necessita de correção! Somente a necessitam aqueles que estão semeando a maldade—que estão violando os caminhos rectos de Deus—a Sua lei! Esses e somente esses, são os que estão trazendo sobre si mesmos, os males que resultam da transgressão.

E entenda isto! Ainda que as nações no seu todo tenham de sofrer este castigo sem precedentes, aquelas pessoas individuais que se entreguem à correção de Deus sem terem sido castigadas, serão protegidas desse castigo. Ninguém necessita de sofrer esta intensa tribulação!

Sete vezes mais pragas

Agora vejamos de novo o que é proposto em Levítico 26.

Depois da primogenitura nacional ter sido retida durante 2.520 anos e depois outorgada; depois de Deus ter outorgado aos nossos povos um grande poder nacional e agora, por causa da nossa rebeldia nacional contra as Suas leis, ter quebrado o orgulho do nosso poder; depois que Ele nos tenha castigado com secas e epidemias sem precedentes, então, se os povos Britânico e Norte Americanos, persistirem em continuar nos seus maus caminhos—se continuarem a recusar arrepender-se e voltar para Deus—Ele adverte: “Eu trarei sobre vós sete vezes mais pragas, conforme os vossos pecados” (versículo 21).

O que as pessoas não parecem compreender, é que o pecado traz sobre o pecador as consequências das suas más acções—as pragas do sofrimento. A Bíblia define o pecado como a transgressão da lei de Deus (1 João 3:4) e que a lei de Deus é espiritual (Romanos 7:14).

Entendamos isto! Eu já disse atrás que o dinheiro não é a fonte da felicidade. O dinheiro somente pode comprar coisas ou serviços materiais. Mas tem de existir um componente espiritual e não somente físico, para alcançar a felicidade. Por si as coisas materiais não podem produzir uma felicidade completa. A lei de Deus é espiritual. Por outras palavras, esta é o caminho para a paz, a felicidade e o bem-estar abundante. É o caminho que Deus providenciou para que nos produza a verdadeira felicidade.

Inversamente, então, não conseguimos nós ver que a transgressão é o caminho que produz infelicidade, dor, sofrimento, esvaziamento, penas, temores, angústias e frustrações? Todos estes males são causados pelas transgressões à lei de Deus. O pecador está realmente praguejado com estes males que traz sobre si mesmo.

Agora estudemos de novo o versículo 21 de Levítico 26. O castigo é correção. Para nos ensinar a lição que nós não quisemos aprender por experiência, Deus vai enviar sete vezes mais pragas do que aquelas que os nossos pecados já nos trouxeram!

Ou, tal como diz uma versão bíblica, “sete vezes mais pragas sobre ti de acordo aos teus pecados.” Um castigo sete vezes mais intenso—para correção!

De novo a escravatura

Note agora os versículos 23-25: “Se ainda com estas coisas não vos corrigirdes voltando para mim, mas ainda andardes contrariamente para comigo, também Eu andarei contrariamente para convosco e Eu, Eu mesmo, vos ferirei sete vezes mais por causa dos vossos pecados. Porque trarei sobre vós a espada … e sereis entregues na mão do inimigo.”

Outra vez a escravatura!

Entenda o real significado disto! Os pecados trouxeram um castigo. Este castigo o trouxemos sobre nós mesmos. Se nós continuarmos a recusar a aprender a lição e a corrigir-nos para nosso próprio bem, Deus diz, “Eu mesmo vos castigarei sete vezes mais.” Nós trouxemos sobre nós as consequências do pecado—agora o próprio Deus trará sobre nós um castigo sete vezes mais intenso—um castigo que é correção!

Agora leia desde o versículo 27: “E se com isto não me ouvirdes, mas ainda andardes contrariamente para comigo, também Eu para convosco andarei contrariamente em furor [as sete últimas pragas—Apocalipse 15:1], e Eu vos castigarei sete vezes mais por causa dos vossos pecados … e reduzirei as vossas cidades a um deserto … E vos espalharei entre as nações” (Levítico 26:27‑28, 31, 33).

Deus vai continuar multiplicando o castigo—a correção—sobre os nossos povos até que eles abandonem os seus maus caminhos—até que se voltem para os caminhos que conduzem à paz, à felicidade, à prosperidade e a todas as coisas boas!

Parece impensável!—que o nosso Criador tenha de forçar os nossos povos a serem felizes, a terem paz, a poderem desfrutar da prosperidade, a entregar-se e a aceitar—por decisão própria—a vida eterna de abundante bem-estar e alegria por toda a eternidade!

Parece inacreditável!—que a natureza humana, desejando estas bênçãos, se tenha empenhado teimosamente em ir por um caminho que lhes corta o acesso a Deuss e que conduz ao castigo—à correção—e que depois se recuse a ser corrigido até que a sua intensidade seja multiplicada sete vezes mais. Sim, sete vezes—em três sucessivas vezes!

Quão grande é o nosso Deus—e quanto amor Ele manifesta pelos nossos povos, ao tolerá-los e corrigí-los pacientemente, até que estes se dignem aceitar as Suas infinitas bênçãos!

Chapter 14: O que está profetizado acontecer, agora—aos Estados Unidos e a Grã Bretanha

Tal como Deus derramou sobre nós bênçãos materiais como nunca antes na história, agora quer corrigir-nos para que possamos desfrutar dessas bênçãos. Ele vai trazer sobre os nossos povos uma calamidade nacional como nunca antes atingiu nenhuma outra nação! Muitas profecias descrevem isto!

A tremenda profecia de Miquéias

Uma importante prova adicional da identidade do Israel moderno, se encontra numa fantástica, detalhada e muito específica profecia em Miquéias 5:7-15. Ela fala especificamente sobre o “remanescente” de Israel—o Israel actual—aonde quer que se encontre. Ela descreve a sua opulência, o seu predomínio beneficente junto das nações, e em seguida a queda dos povos dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha em detalhe!

Note: “E o remanescente de Jacó estará no meio de muitos povos [nações] como o orvalho da parte do Senhor, como o chuvisco sobre a erva, que não espera pelo homem, nem a filhos de homens ” (versículo 7). Recorde que o orvalho e as chuvas são absolutamente essenciais para a produtividade agrícola e que são símbolo de bênçãos e de prosperidade nacional provenientes de Deus.

Continuando: “E o restante de Jacó estará entre os gentios, no meio de muitos povos, como um leão entre os animais do bosque, como um leãozinho entre os rebanhos de ovelhas, o qual, quando passar, pisará e despedaçará, sem que haja quem as livre” (versículo 8).

Novamente, esta linguagem simbólica descreve à última geração de Israel como uma grande potência—como um leão entre as demais nações da terra.

“A tua mão se exaltará sobre os teus adversários; e todos os teus inimigos serão exterminados” (versículo 9). Efectivamente, os seus adversários foram destruídos a partir de 1803 quando Deus derramou a bênção da primogenitura sobre a Inglaterra e os Estados Unidos e durante a I e a II Guerra Mundial, até ao momento decisivo da guerra da Coréia no final de 1950.

Desde então, no entanto, essas bênçãos lhes estão sendo retiradas—e nem os Estados Unidos nem a Inglaterra, saíram por cima em nenhuma das maiores escaramuças, desde esse tempo! Portanto esta profecia mostra que ao mesmo tempo que nós estávamos recebendo as bênçãos de Deus, nós éramos também uma grande benção para as outras nações da terra—porque têm sido os nossos povos que têm resgatado as outras nações do mundo uma e outra vez através do Plano Marshall, do programa Ponto Quatro, da Aliança para o Progresso, das toneladas de trigo enviadas para a Índia e outros países que padeciam de fome, etc. O Programa Hoover acumulou quantidades enormes de alimentos depois da I Guerra Mundial e salvou a outras nações onde existia escassez de alimentos.

Em tempos antigos, José guardou trigo e alimentos e os compartilhou com outros. O José moderno também fez o mesmo. no entanto—nós continuamos sendo altivos e rebeldes contra Deus e a Sua lei, enquanto o nosso antepassado José serviu a Deus e o obedeceu de todo coração.

São os nossos povos que têm sido como um “leão” entre as demais nações da terra—preservando durante as duas grandes guerras mundiais a paz e a estabilidade do mundo para toda a vida humana neste planeta!

Repentina destruição

No entanto nesta detalhada profecia, Deus diz: “Acontecerá naquele dia, diz o Eterno, que Eu exterminarei do meio de ti os teus cavalos [cavalos de guerra, ou seja tanques, navios, foguetões] e destruirei os teus carros. Destruirei as cidades [com bombas de hidrogênio?] da tua terra e derrubarei todas as tuas fortalezas” (Miquéias 5:10-11).

Deus diz que Ele fará isso! deus é quem determina o desenlace das guerras (Salmos 33:10-19).

Poderia algo ser mais claro? Deus está identificando aqui aos grandes povos da terra, que são os mais ricos e beneficentes, os mais poderosos—no entanto ao mesmo tempo em que o seu poder atinge o seu ponto mais alto, Deus repentinamente “quebra” o orgulho da sua força (ver Levítico 26:19), destrói os seus meios bélicos e arrasa as suas cidades! Por quê?

Porque tal como o profeta continua a explicar, nós temos muita “feitiçaria” e muitos “adivinhos”—falsos ministros religiosos—nas nossa terras com as suas religiões idólatras que se recusam a ensinar com autoridade os Mandamentos e os caminhos de Deus!

Portanto, Deus nos castigará e nos destruirá—a menos que nos arrependamos—antes que é conduzido à total destruição que virá “sobre os Gentios,” a qual terá lugar ao final desta era e na Segunda Vinda de Jesus Cristo, como Rei de reis! (Miquéias 5:15).

Não existe nenhum outro povo que encaixe, nem remotamente dentro destas profecias! Mas os Estados Unidos e a Mancomunidade Britânica encaixam perfeitamente!

À medida que “o orgulho da nossa força” continua sendo quebrado, à medida que a Inglaterra continua perdendo as suas portas marítimas estrangeiras e as possessões à volta da terra, que os Estados Unidos vendem os direitos de propriedade sobre o Canal do Panamá—o controle dessa vital passagem marítima—e enquanto se vão escoando os nossos jazigos de ouro, que as perturbações meteorológicas vão aumentando, esta focal profecia por si só representa uma gigantesca prova, sobre onde os modernos “remanescentes” dos povos de Israel, residem na actualidade!

Castigo sobre todas as nações!

Aqui será tornado claro—através das próprias advertências proféticas de Deus—que esta grande e multiplicada intensidade de castigo correctivo, cairá sobre os Estados Unidos e a Inglaterra—incluíndo os povos dos países da Mancomunidade Britânica. Isto cairá sobre eles primeiro!

Mas não são estas as únicas nações que irão sofrer catástrofes com fins correctivos. Deus é Criador de todas as nações também! Ele está também preocupado sobre todos os povos e raças que nós temos chamado “Gentios.” Eles também são humanos. Eles também foram feitos igualmente à semelhança de Deus e com o mesmo potencial de se converterem em seres com o Seu caráter e imagem espirituais! Deus enviou o apóstolo Paulo aos povos Gentios!

Toda a humanidade se rebelou contra Deus, rejeitou e desprezou os Seus caminhos! Não poderá haver paz na terra, até que todas as nações se entreguem a Deus, sigam os Seus caminhos e se submetam ao Seu governo supremo!

A humanidade inteira, está agora sendo arrastada para uma crise que ameaça com a destruição total, desta civilização actual, construída pelo homem, mas inspirada por Satanás.

Por meio de Jeremias, Deus diz: “Chega o estrondo até à extremidade da terra, porque o Eterno tem pleito contra as nações; entrará em juízo contra toda a carne”—como? Neste momento o nosso programa televisivo O Mundo de Amanhã proclama mundialmente a Sua súplica pacífica, [na actualidade o faz através do programa A Chave de David], mas o mundo, com a excepção de alguns indivíduos espalhados, não escuta este tipo de “súplica.” As próximas palavras nos mostram como Deus irá suplicar: … Eu os entregarei à espada, diz o Eterno. Eis que o mal irá de nação em nação e uma grande tempestade se levantará desde os confins da terra” (Jeremias 25:31-32).

Deus usará uma Europa Fascista-Nazista, para castigar os Estados Unidos e a Inglaterra. De seguida usará os exércitos Comunistas, para eliminar o Império Romano Europeu.

Estamos entrando numa época de convulsão mundial—completo caos mundial! Existem guerras, revoluções e violência na Ásia, África, América Central e do Sul—bem como na Europa e América do Norte. A explosão demográfica é uma ameaça global à existência humana. Crime, violência, doenças, enfermidades, desigualdade social, pobreza, miséria, sujidade, degeneração, sofrimento—infestam a todas as nações!

Mas tal como a salvação é dada primeiro a Israel, também o será o castigo correctivo!

A nossa Grande Tribulação

Vejamos outra profecia de Jeremias:

“Porque assim diz o Eterno: Ouvimos uma voz de tremor; de temor e não de paz. Perguntai agora e vede se o varão dá à luz; porque tenho visto a todo o homem com as mãos sobre os seus lombos, como mulher que está de parto e se tornaram pálidos todos os rostos. Ah! porque grande é aquele dia, tanto, que não há outro semelhante a ele; tempo de angústia para Jacó” (Jeremias 30:5-7).

Recorde—ao passar a primogenitura aos dois filhos de José: Efraim e Manassés (Gênesis 48:16), Jacó disse: “Seja perpetuado neles o meu nome”—em Efraim e em Manassés—os quais são actualmente os Estados Unidos e a Grã-Bretanha. Portanto, isto nos diz sobre quem cairão tão penosas calamidades nacionais—a Grã-Bretanha e os Estados Unidos.

Agora bem, quando irão elas ocorrer? Não pense você que é algo que já sucedeu à antiga Israel. Continue a ler—veja quando esta profecia tem de ser cumprida!

Continue em Jeremias 30:7: “… tempo de angústia para jacó; mas ele porém será salvo.” [Depois que durante esse tempo de angústia tenha aprendido a lição!] Naquele dia, diz o Eterno dos Exércitos, Eu quebrarei o jugo de sobre o seu pescoço [o jugo da escravatura] e quebrarei os seus grilhões e estrangeiros nunca mais farão deles servos. Mas servirão ao Eterno seu Deus e a David seu rei, a quem Eu lhes levantarei.” (Isto fala da ressurreição de David—na segunda vinda de Cristo! O momento do cumprimento pois, será imediatamente antes da vinda de Cristo—vindo para libertar os nossos povos—tal como Moisés libertou ao antigo Israel da escravidão no Egipto.

Jesus o predisse!

Outras profecias também falam desse mesmo tempo de calamidade nacional, a qual será pior do que qualquer outra no passado. No Novo Testamento, a profecia central é a pronunciada por Jesus no monte das Oliveiras—Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21.

Os apóstolos tinham perguntado a Jesus em privado quando ocorreria a Sua segunda vinda—quando seria o fim deste mundo e começaria o maravilhoso mundo de amanhã. Jesus respondeu que o sinal pelo qual nós poderíamos saber quando tudo isso estaria próximo, seria a pregação do Seu verdadeiro evangelho em todo o mundo, como testemunho a todas as nações (Mateus 24:14). Mas que mais teria de ocorrer imediatamente antes da Sua vinda?

Jesus continuou: “Porque então haverá grande tribulação como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem haverá jamais. E se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria [ninguém ficaria com vida]; mas por causa dos escolhidos, aqueles dias serão abreviados” (Mateus 24:21-22).

Aqui está descrito o tempo de maior angústia—tribulação—em toda a história, como nunca houve. Jeremias o descreveu como “tempo de angústia para Jacó,” tão terrível “que não há outro semelhante a ele.”

Daniel também descreveu esta época, a pior de toda a história. Falando de um tempo no nosso futuro imediato, Daniel disse: “Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe [arcanjo] que está da parte dos filhos do teu povo; e será tempo de angústia, o qual nunca houve até então, desde que existem as nações” (Daniel 12:1).

Este é o mesmo castigo intenso que açoitará a Grã-Bretanha e os Estados Unidos. E quando? Prossigamos no mesmo versículo: “… mas naquele tempo serão salvos [da escravatura] todos os que do teu povo forem achados escritos no livro. E muitos dos que dormem no pó da terra [os mortos] serão despertados [ressuscitados], uns para vida eterna …” (versículos 1-2).

O momento é imediatamente antes da ressurreição dos justos, na vinda de Cristo. Tal como Moisés libertou aos antigos Israelitas da escravatura no Egipto, também cristo virá para libertar a Inglaterra e os Estados Unidos da já iminente escravatura Babilónica. (Veja Deuteronômio 18:5; Actos 7:37; Jeremias 23:5-8). Jeremias o descreveu como um “jugo” sobre o pescoço dos nossos povos. De quem virá o “jugo” da escravidão? Isaías nos diz!

A mensagem profética de Isaías 47 está dirigida à filha da Babilônia (versículo 1). Não à Babilônia dos tempos antigos. Nem à Babilônia de Nabucodonosor que existiu 600 anos antes de Cristo—mas sim a uma filha dessa Babilônia que tem de existir agora, no nosso século vinte. Em profecia uma mulher ou uma filha representam uma igreja—uma organização religiosa.

Nesta profecia a “mulher” é uma meretriz voluptuosa e uma “senhora de reinos.” Isto é uma grande igreja que reina sobre nações. Esta mesma Babilônia moderna aparece no capítulo 17 de Apocalipse—sendo aí chamada de “grande meretriz” que se senta ou governa sobre “muitas águas,” as quais são interpretadas no versículo 15, como “povos, multidões, nações e línguas.” O seu nome é “Mistério, Babilônia a grande, a mãe das prostitutas e das abominações da terra” (Apocalipse 17:5). Em outras palavras, esta é a religião dos mistérios Babilónicos—a mesma religião da antiga Babilônia—mas agora engrandecida e com domínio sobre muitas nações de diversos idiomas.

Os seus reinos sobre os quais ela governou, foram chamados “Sacro Império Romano” entre os anos 554 e 1814 D.C., império que foi revivido brevemente por Mussolini e que pronto ressuscitará pela última vez como uma união politico-militar de dez países Europeus (Apocalipse 17:8-14).

E no tempo desta “grande prostituta” que está sentada sobre a “besta” político-militar, tais reinos travarão uma batalha contra o glorificado cristo na Sua segunda vinda (Apocalipse 17:14).

Regressemos agora a Isaías 47. Deus diz a esta senhora de reinos: “Muito me agastei contra o meu povo, [Israel—Inglaterra—América] profanei a minha herança e os entreguei na tua mão [em tortura e escravatura]; porém tu não usaste com eles de misericórdia e até sobre os velhos agravaste muito o teu jugo” (versículo 6).

Esse jugo de escravatura cruel, será imposto sobre os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, pelas nações unidas da Europa! Já existe o Mercado Comum Europeu e recentemente implementaram o SME (Sistema Monetário Europeu). Os seus líderes falam constantemente da união política—o que implica também, união militar. Até agora não puderam conseguir uma completa união política. Esta só será possível mediante os “bons ofícios” do Vaticano, que é o único símbolo de unidade viável para eles. Já dois papas ofereceram contribuír com os seus “bons ofícios” para conseguir tal união.

Segundo as actuais indicações, a sede desta nova potência mundial estará localizada na Europa Central, ainda que a profecia não o diga literalmente. Dita potência iniciará a III Guerra Mundial. E nesta ocasião lhe será permitido vencer! Muitos dos antigos Assírios emigraram rumo ao noroeste desde a sua terra ao sul do Mar Cáspio—e se estabeleceram na Europa Central, tal como a Casa de Israel que emigrou desde a terra do seu cativeiro, até ao noroeste da Europa! Portanto, quando você lê sobre a Assíria em profecias que pertencem aos nossos dias, elas se referem à Europa Central.

Por conseguinte, a história se repetirá! Foram os antigos Assírios que invadiram a Casa de Israel e a levaram da Samaria, para a sua própria terra na Assíria.

E onde estão hoje os antigos babilônios—os Caldeus? Eles emigraram para o Ocidente e se estabeleceram na itália. A sua religião, era a dos mistérios Assírios—Babilónicos. Irá ser uma tremenda e chocante surpresa de tirar o fôlego, quando o mundo compreender que aquele Simão, o mágico de Samaria do tempo dos apóstolos originais, era o líder da religião dos mistérios babilónicos e que tinha o título de pater ou pedro, significando papa, o qual em realidade se apropriou do nome de Cristo e do princípio Cristão da graça, a qual ele transformou em licença para pecar, eliminando assim a lei de deus (Judas 4), e principiou aquilo que hoje é chamado de “Cristianismo.” Que espantado o mundo ficará quando descobrir que isso não é, nem nunca foi, a continuação da igreja de deus, fundada por Jesus Cristo e pelos
Seus apóstolos!

Este conhecimento, muito pronto cairá no mundo como uma bomba! As pessoas ficarão chocadas ao aprender como têm sido enganadas! Quando o tempo de Deus chegue, a “bombástica notícia” explodirá!

O que é a Grande Tribulação?

Agora isto se vai tornando dolorosamente claro! A Grande Tribulação é este castigo correctivo intensificado sete vezes, o qual Deus enviará pronto às nações, começando pelos Estados Unidos e Grã-Bretanha. Vejamos alguns breves excertos da descrição do profeta Ezequiel!

“Uma terça parte de ti morrerá de pestilência e será consumida de fome no meio de ti; outra terça parte cairá à espada ao teu redor; e a outra terça parte [a restante] a espalharei a todos os ventos [a escravatura] e desembainharei a espada. atrás deles assim se cumprirá o meu furor [as últimas pragas] e saciarei neles o Meu furor e Me consolarei; e eles saberão que Eu o Eterno falei no meu zelo, quando tenha cumprido neles o Meu furor” (Ezequiel 5:12-13).

Mais adiante: “Em todos os vossos lugares habitáveis, as cidades serão destruídas” (Ezequiel 6:6). Isto não teria sido possível antes da invenção das armas nucleares! Cidades completamente destruídas! todas elas—“em todos os vossos lugares habitáveis.”

Primeiro—seca e fome

Vejamos agora o que agrega o profeta Joel.

A sua profecia era para um futuro muito longínquo (versículos 1-3 do primeiro capítulo). O profeta descreveu uma praga de diferentes tipos de gafanhotos devorando os frutos e as colheitas—arrancando até a casca das árvores de fruto. “Fez da minha vide uma assolação e tirou a casca da minha figueira; despiu-a toda e a lançou por terra; os seus sarmentos se embranqueceram” (Joel 1:7).

Continuemos—agora virá uma seca devastadora: “O campo está assolado e a terra triste; porque o trigo está destruído, o mosto se secou, o azeite acabou… porque a colheita do campo pereceu… todas as árvores do campo se secaram e já não há alegria entre os filhos dos homens” (versículos 10-12). Isto ocorrerá imediatamente antes das horrendas pragas do “dia do senhor” (versículos 14-15).

A profecia continua: “As sementes apodreceram debaixo dos seus torrões, os celeiros foram assolados, os armazéns derrubados, porque se secou o trigo. Como gemem os animais! As manadas de gado estão confusas, porque não têm pasto; também os rebanhos de ovelhas estão perecendo. ó senhor, a ti clamo, porque o fogo [sol abrasador] consumiu os pastos do deserto e a chama abrasou todas as árvores do campo. Também todos os animais do campo bramam a ti; porque as correntes de água se secaram …” (Joel 1:17-20).

De seguida—invasão militar e derrota!

De seguida e por ordem, começando no capítulo 2 de Joel, toca o alarme de guerra: “Tocai a trombeta em Sião [alarme de guerra] e clamai em alta voz no meu santo monte; tremam todos os moradores da terra, porque o dia do senhor vem e já está perto” (versículo 1).

“Ainda assim, agora mesmo diz o Eterno: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns e com choro e pranto. E rasgai o vosso coração e não as vossas vestes e convertei-vos ao Eterno vosso Deus; porque ele é misericordioso e compassivo e tardio em irar-se e grande em benignidade e se arrepende do mal” (versículos 12-13).

POR FIM!—arrependimento na Tribulação

Uma vez que Deus tenha adicionado estes castigos sete vezes multiplicados aos nossos povos—quando toda a sua riqueza, a sua prosperidade, a sua terra—a sua primogenitura e tudo o que possuíram e amaram lhes for tirado—por fim, se humilharão e clamarão a Deus pedindo misericórdia e libertação!

Neste momento, a mensagem de advertência de deus está sendo proclamada com intensidade, através do programa televisivo O Mundo de Amanhã a todas as partes do mundo—como um testemunho! Cerca de dois milhões e meio de pessoas a lêem por meio das páginas da revista A Pura Verdade. (Na actualidade esta mensagem de advertência chega ao mundo através do programa televisivo “A Chave de David” e da revista gratuita “Trombeta de Filadélfia”), os quais chamam a atenção como testemunha, para as terríveis perturbações que já vão sucedendo.

Sabemos, desgraçadamente, que a grande maioria das pessoas não escutará! Nós estamos agradecidos que Deus abra os corações de uns poucos milhares em cada ano para que escutem a mensagem e a tomem em sério—para que se arrependam e venham a Deus por meio do Salvador Jesus Cristo.

Sim, são uns poucos milhares em cada ano—milhares que são inestimavelmente preciosos. Mas não a humanidade em geral. Não agora!

Sabemos muito bem que a verdadeira colheita do nosso labor na obra de deus, a qual prepara o caminho para a vinda de Cristo, não é agora! Mas quando estes povos percam tudo o que têm—quando estejam escravizados em terras estranhas—quando forem tratados cruelmente, espancados, mesmo martirizados e assassinados sem piedade pelos seus verdugos—então milhões de pessoas que permanecerem vivas, clamarão a Deus—se arrependerão—se voltarão para os caminhos de Deus. é quando a verdadeira colheita desta presente obra de deus será alcançada.

Então, milhões de pessoas recordarão ter ouvido a verdadeira mensagem de Deus!

Então eles dirão: “Aquela sim era a verdadeira mensagem, enviada por Deus!” Muitos a tomarão à ligeira agora—tal como os antigos Israelitas fizeram cada vez que Deus lhes enviava a Sua mensagem através dos profetas. Mas quando estas coisas realmente sucederem—quando as pessoas vejam que ninguém mais os avisou—então eles saberão quem são hoje realmente os falsos profetas! Então saberão qual é a verdade de Deus.

Lamentavelmente, a maioria não se dará conta até que seja demasiado tarde para se salvarem deste castigo intensificado sete vezes mais! mas para milhões, ainda não será demasiado tarde para a sua salvação—para o dom de Deus da vida eterna!

Milhões finalmente convertidos!

As profecias falam disto mesmo! O capítulo 30 de Jeremias, que já atrás citamos, termina com estas palavras: “… no fim dos dias entendereis isto”. Esta é uma profecia para os nossos dias, para agora!

Seguindo no capítulo 31, lemos: “Naquele tempo, diz o Eterno, Eu serei o Deus de todas as famílias de Israel e elas serão o meu povo. Assim diz o Eterno: O povo que escapou da espada [aqueles que ainda estiverem vivos] achou graça no deserto; sim, Israel quando Eu o fizer descansar.” Em outras palavras, os que fiquem com vida depois do cativeiro e da escravatura!

Continuando: “De novo te edificarei e serás edificada, ó virgem de Israel; ainda serás enfeitada com os teus pandeiros e sairás a dançar com gente festiva … Virão com pranto e com súplicas e Eu os guiarei; Eu os farei andar junto a ribeiros de águas, por caminho direito [a lei de Deus!] no qual não tropeçarão; porque Eu sou um Pai para Israel e Efraim é o meu primogênito. Ouvi a palavra do Eterno, ó nações e comunicai-o nas ilhas que estão longe e dizei: Aquele que espalhou a Israel o reúne e o guarda, tal como um pastor faz ao seu rebanho” (Jeremias 31:4, 9-10).

Mais tarde, Jeremias foi inspirado a escrever: “Naqueles dias e naquele tempo, diz o Eterno, os filhos de Israel virão, eles e os filhos de Judá juntamente; andando e chorando virão e buscarão ao Eterno seu Deus. Pelo caminho de Sião perguntarão, para ali voltarão os seus rostos, dizendo: Vinde e unamo-nos ao Eterno, numa aliança eterna [a Nova Aliança] que nunca será esquecida. ovelhas perdidas têm sido o meu povo: os seus pastores [professos ministros Cristãos] as fizeram errar …” (Jeremías 50:4‑6).

E no mesmo capítulo acrescenta: “Naqueles dias e naquele tempo, diz o Eterno, buscar-se-á a maldade de Israel e não será achada; e os pecados de Judá, mas não se acharão; porque perdoarei os remanescentes que Eu deixar” (versículo 20).

Oséias o resume

No livro de Oséias encontramos um resumo da história da rebelião de Israel contra os caminhos rectos de Deus; como Deus a aparta de si, se divorcia dela e lhe retém a primogenitura durante 2.520 anos; e mais tarde a redenção de Israel depois de sofrer três multiplicações do seu castigo, sendo cada uma delas, sete vezes mais intensa do que a anterior.

Ao mesmo tempo, Oséias mostra uma descrição muito concisa, directa e específica da atitude que têm agora os povos da Inglaterra e dos Estados Unidos!

Para representar esta completa história de infidelidade, rejeição, retenção da bênção, a correcção extrema e o despertar de Israel, Deus ordenou ao profeta que se casasse com uma meretriz—para mostrar o que Israel era para Deus. Esta lhe deu um filho e Deus lhe ordenou que lhe chamasse Jizreel, que significa “Deus dispersará.” Porque Ele disse: “…Eu farei cessar o reino da casa de Israel … Eu quebrarei o arco de Israel no vale de Jizreel” (Oséias 1:4-5). O reino—o seu governo—cessaram, efectivamente, com o cativeiro na Assíria em 721-718 A.C.

A esposa—meretriz de Oséias concebeu outra vez e deu à luz uma filha. Deus ordenou a Oséias que se lhe pusesse o nome “Lo-Ruama,” significando, “Não compadecida,” pois Deus disse, “porque não me compadecerei mais da casa de Israel, mas tudo lhes tirarei” (versículo 6).

Mais tarde esta lasciva esposa teve outro filho. “Põe-lhe por nome” disse Deus,”Lo-ami” [que significa “Não é povo meu”]: porque vós não sois meu povo, nem Eu serei vosso Deus” (versículo 9).

Ainda encontrarão a verdadeira riqueza

“Contudo”, prossegue o Eterno, “o número dos filhos de Israel será como a areia do mar, que não pode medir-se nem contar-se; e acontecerá que no lugar onde se lhes dizia: Vós não sois meu povo, se lhes dirá: VÓS sois filhos do Deus vivo. E os filhos de Judá [os Judeus] e os filhos de Israel [“As Dez Tribos Perdidas”] juntos se congregarão e constituirão sobre si uma só cabeça e subirão da terra; porque grande será o dia de Jizreel (Oséias 1:10-11).

Aqui, em poucas palavras, está representada a história do tratamento de Deus para com Israel. Hoje, o nosso povo diz que não é “Israel.” Que não é o povo de Deus! Eles pensam que os Judeus e somente os Judeus, são Israel. Mas muito pronto conhecerão a sua identidade. Milhares se inteirarão por este mesmo livro que você está lendo. E muitos milhões se inteirarão quando Cristo regresse!

Com respeito à possessão das grandes riquezas da primogenitura, Deus diz em Oséias 2: “Pois ela não reconheceu que eu lhe dei o trigo, o vinho e o azeite, e que lhe multipliquei a prata e o ouro que eles usaram para Baal. Portanto, voltarei e tomarei o meu trigo a seu tempo e o meu vinho no seu amadurecimento e tirarei a minha lã e o meu linho, com que cobriam a sua nudez [o seu pecado]” (versículos 8-9).

Mas finalmente, quando a correcção se torne bastante intensa, os nossos povos reconhecerão as suas transgressões, se arrependerão e buscarão ao seu deus!

Por fim—povo de Deus!

“E naquele dia, diz o Eterno, me chamarás Ishi [“meu esposo”], e nunca mais me chamarás Baali [“meu senhor”] (Oséias 2:16).

Este segundo capítulo termina dizendo: “… porque me compadecerei daquela que não obteve misericórdia (Lo-Ruama). E ao que disse que não era meu povo (Lo-Ami) lhe direi: Tu és o meu povo; e ele dirá: Tu és o meu deus” (versículo 23).

De seguida principia a mensagem de deus para os nossos povos actuais—especialmente para os povos Britânicos!

“Ouvi a palavra do Eterno, vós filhos de Israel [povos da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos!], porque o Eterno tem uma contenda com os habitantes da terra; porque não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus na terra. Só permanecem o perjurar, o mentir, o matar, o furtar e o adulterar; fazem violência, um acto sanguinário segue imediatamente a outro. Por isso a terra [dos Estados Unidos e da Inglaterra] se lamentará e qualquer que morar nela desfalecerá …” (Oséias 4:1-3).

Aos actuais ministros das igrejas da Inglaterra e dos Estados Unidos, Deus diz: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também Eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também Eu me esquecerei dos teus filhos. Como eles se multiplicaram, assim pecaram contra Mim; por isso Eu transformarei a sua honra em vergonha” (versículos 6-7).

Falando do castigo correctivo, cuja intensidade será multiplicada sete vezes mais, Deus afirma: “… e na sua angústia eles me buscarão” (Oséias 5:15).

A actual Grã-Bretanha!

Falando da Inglaterra na actualidade, Deus diz: “Porque como uma novilha obstinada se tem rebelado Israel [Grã-Bretanha]; como os apascentará agora o Eterno …?” (Oséias 4:16). Deus “apascenta” hoje o seu povo com a Sua palavra—o seu evangelho do reino de deus—a sua advertência sobre aquilo que virá pronto. O governo Britânico não permitiu dentro do seu território, que os meios de transmissão radiofónica pudessem ser aproveitados pelos servos de Deus, para proclamar a actual mensagem de deus aos povos Britânicos!

Mas Deus estava decidido a comunicar-lhes a Sua mensagem!

Assim, na primeira semana de 1953, a mensagem de Deus começou a chegar à Inglaterra desde o continente Europeu—quando o nosso programa O Mundo de Amanhã começou a ser transmitido através das poderosas ondas da Rádio Luxemburgo!

Quando essa emissora deixou de ser efectiva para esta mensagem, Deus levantou estações transmissoras colocadas em navios ancorados fora da jurisdição inglesa. O Mundo de Amanhã foi então transmitido para toda a Grã-Bretanha diariamente desde sete desses navios. Isso não foi ilegal. Eles não violavam nenhuma lei humana. Mas estavam sim proclamando fielmente a lei de Deus! No entanto, as autoridades Britânicas falsamente chamaram esses navios de “piratas”. Eles não eram navios piratas. Não estavam saqueando nada. Não invadiram a terra, não pilharam nem roubaram. Não prejudicaram ninguém!

Mas em muitos casos os governos do homem gostam de controlar o que o povo escuta ou não escuta! Querem controlar os seus pensamentos!

O governo Britânico e a Igreja Nacional da Inglaterra, não viam inconveniente em legalizar essa perversão repugnante que é a homossexualidade! perdoam pecados horríveis, mas não permitem que se abra uma porta dentro do reino unido através da qual a mensagem de deus possa ser transmitida!

Mas Deus fez com que a Sua mensagem chegasse à Grã-Bretanha.

Deus o disse! Deus o fez!

Deus disse: “Certamente o Senhor Eterno não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Amós 3:7). E no versículo anterior, declara: “Tocar-se-á a trombeta na cidade e não se alarmará o povo?”

Deus diz, na sua própria bíblia, que faria chegar a Sua advertência ao Seu povo Efraim—Grã-Bretanha: “Efraim será assolado no dia do castigo; [e a Grã-Bretanha se está agora encaminhando rapidamente para essa desolação profetizada] entre as tribos de Israel comuniquei algo que é seguro” (Oséias 5:9).

Também disse Deus, falando da Inglaterra e dos Estados Unidos: “Efraim se mistura com os povos; Efraim é um bolo que não foi virado [mal cozinhado]. Estrangeiros lhe comeram a força e ele não o sabe; também os cabelos brancos se espalharam sobre ele e não o sabe. E a soberba de Israel testificará diante dele; todavia não voltarão para o Eterno seu Deus, nem O buscarão em tudo isto. Porque Efraim é como uma pomba ingênua, sem entendimento; invocam o Egipto, vão para a Assíria [Alemanha]. Quando forem, sobre eles estenderei a minha rede; como aves do céu os farei descer; Eu os castigarei, conforme ouviram na sua congregação”—através das emissões do Mundo de Amanhã e das páginas da Pura Verdade! (Oséias 7:8-12).

Sim, Deus disse há muito tempo que faria chegar a advertência aos ouvidos da Inglaterra apesar de o ter feito desde a parte de fora da jurisdição inglesa, Deus milagrosamente fez chegar a Sua mensagem a toda a Grã-Bretanha.

A Grã-Bretanha já foi advertida!

E o governo Britânico não tem poder algum para deter o castigo correctivo, de intensidade multiplicada, que um Deus amoroso vai enviar!

O propósito de deus se cumprirá!

Eles compreenderão!

Algum dia as pessoas despertarão e compreenderão, que esta é a obra de deus!

Sobre o igrejismo na Inglaterra, Deus diz: “Efraim está unido aos ídolos; deixa-o!—um bando de embriagados que se entregam à fornicação; certamente os seus líderes amam a vergonha. Um vento os envolverá nas suas asas e se envergonharão dos seus sacrifícios” (Oséias 4:17-19).

Depois acrescenta: “Irei e voltarei ao meu lugar, até que se reconheçam culpados e busquem a minha face; estando eles angustiados, de madrugada me buscarão.

Vinde e voltemos ao Eterno; porque ele rasgou e ele nos curará; ele feriu e ele nos vendará. Depois de dois dias ele nos dará vida; e no terceiro dia nos levantará e viveremos diante dele” (Oséias 5:15‑6:2). A Grande Tribulação provavelmente durará uns 2 anos e meio—o “Dia do Senhor” ao redor de um ano—e então virá a ressurreição e a segunda vinda de Cristo!

O livro de Oséias na sua totalidade, tem uma incandescente mensagem e advertência para o actual povo britânico!

Você pode escapar a este castigo!

Deus nos avisa por meio da profecia que os nossos pecados estão aumentando rapidamente. E agora o dia da avaliação já está aqui! A espada estrangeira já nos atacou. Nesta assustadora e tremenda era nuclear, a III Guerra Mundial começará com a devastação nuclear das principais cidades Inglesas e Americanas, tais como: Londres, Birmingham, Manchester, Liverpool, Nova York, Washington, Filadélfia, Detroit, Chicago, Pittsburgh, sem prévio aviso! Deus ajude as nossas nações a despertar antes que seja demasiado tarde!

Sim, nós somos israel, o povo escolhido de Deus! Pense no que isso significa! Escolhidos, não para recebermos favores, enquanto ao mesmo tempo desafiamos o nosso Deus, mas escolhidos para um serviço que nós falhamos em realizar.

Nós deveríamos alegrar-nos enormemente ao descobrirmos a nossa verdadeira identidade—depois deveríamos arrepender-nos—converter-nos a deus—e apoiarmos esta cruzada através da rádio e da imprensa escrita, para advertir os nossos povos. Deveríamos clamar a Deus em verdadeira e fervorosa oração por libertação divina.

O castigo sete vezes intensificado que muito pronto virá sobre os povos Britânico e Norte Americanos—e por consequência a todos os povos da terra—é simplesmente a profetizada grande tribulação! Este será o tempo do mais intenso castigo e de maior angústia que jamais existiu!

Mas você, não necessita de o sofrer!

Este castigo terrivelmente severo é simplesmente a correção que os nossos povos tornaram necessária, para os trazer aos caminhos de vida que conduzem às bênçãos, em vez de às maldições horríveis. É uma correção—para o bem dos povos!

Tão certo como deus vive, este castigo não demorará! Este presente livro tem dado a advertência da parte de Deus e da Sua Palavra!

Farão caso desta advertência os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e as restantes nações? Ainda poderiam evitar esta terrível e colossal catástrofe, SE eles quisessem!

Mas se vocêvocê que está lendo isto, você como indivíduo—estiver disposto a ser corrigido, voluntariamente, antes que Deus lance este golpe castigador; se você se arrepender verdadeiramente, compreendendo quão terrivelmente errado você tem estado; se você conseguir ver-se como realmente é—uma pessoa rebelde, errada e maldosa; e se for capaz de se entregar ao todo poderoso deus, que ao mesmo tempo é Deus de amor e de compaixão—se você se render incondicionalmente e vier ao Omnipotente Deus, através de Jesus Cristo vivo como seu Salvador pessoal—então nenhuma praga o alcançará! (Salmos 91:8-11). Será achado digno de escapar a todas estas coisas horrendas e de estar de pé diante de Cristo no Seu regresso (Lucas 21:35-36).

Aqueles que fazem parte do verdadeiro Corpo de Cristo, serão levados a um lugar de proteção, até que termine esta Tribulação (Apocalipse 3:10-11, isto se aplica àqueles fiéis que participam na obra de Deus que está sendo agora proclamada ao mundo; Apocalipse 12:14; Isaías 26:20).

Mas você leitor, tem que tomar a sua própria decisão—e negligenciar fazê-lo, é tomar a decisão errada!

A maior parte das pessoas, tal como já sabemos, tomará à ligeira este sério aviso—o colocarão fora da sua mente—se voltarão para outras coisas de interesse mais imediato, mas em comparação de nenhuma importância! Precisamente por isso, é que o omnipotente Deus lhes irá tirar esses interesses insignificantes e lhes aplicará uma correção tão intensa, que por fim voltarão a si e se converterão a Ele e aos Seus caminhos que os conduzirá à eterna felicidade e abundantes bençãos!

Mas não é necessário que você sofra esta intensa correção, que será pior do que qualquer coisa do que o homem jamais tenha experimentado.

Sob a direção e a autoridade de Deus, Eu expus a verdade diante de si! Fazer caso omisso dela será muito mais trágico do que possa imaginar! Tomá-la a sério trará bênçãos, felicidade e glória indescritíveis!

A decisão é agora sua!

Apêndice

Desde 1980 as estatísticas que Herbert W. Armstrong usou para ilustrar o declínio do poder de Israel já mudou dramaticamente, adicionando muito mais impacto à tese do Sr. Armstrong. De seguida iremos mencionar alguns parágrafos do capítulo 12 deste livro, com as estatísticas actuais:

A produção petroleira mundial em 1950, foi de quase 3.800 milhões de barris. Desse total, somente os Estados Unidos produziram mais de metade—quase 52 %. Juntos, os Estados Unidos e a Mancomunidade Britânica, produziram 60 % do crude, sem incluír os seus enormes investimentos no exterior. Mas por volta de 1966—ano em que o Escritório Colonial Britânico de Londres fechou as suas portas, assinalando a morte oficial do Império Britânico—esses 60 % de todo o crude mundial, já tinham sido reduzidos a 32 %.

Em 1997, o declínio era ainda mais evidente, com a produção de petróleo nos Estados Unidos a cair para 11,1 % e no Reino Unido para 3,7 % da produção global de crude. Em 1999 a América, se viu na perigosa posição de estar na dependência de nações estrangeiras, para 60 % do seu vital abastecimento de petróleo.

A Inglaterra e os Estados Unidos extraíam 50 % mais carvão, do que todas as outras nações em conjunto. Mas em 1966 a sua parte já tinha caído a menos de um terço da produção mundial—30,9 %!

Em 1997 a produção de carvão nos Estados Unidos, já tinha sido reduzida a 24,1% dos totais mundiais e o Reino Unido já tinha esvaziado tão dramaticamente os seus depósitos de carvão, que em 1997 teve de importar 20 toneladas métricas de carvão duro.

Em conjunto a Mancomunidade Britânica e os Estados Unidos produziram em 1950, três quartos do aço do mundo e em 1951 este último país produziu sozinho, quase 60 % ou 105,200,000 toneladas. Também chegaram a produzir 30 % mais ferro em lingote, do que produziram os demais países.

Em 1966, este índice básico de riqueza se tinha reduzido a um terço (33,6 % do aço e somente 17,8 % (um sexto) do ferro em lingote.

A produção mundial de aço em 1997 foi de 795 milhões de toneladas, com os Estados Unidos produzindo somente 95 milhões, ou 12,4 % e o Reino Unido produzindo 18 milhões de toneladas, ou 2,3 % dos totais mundiais. A produção mundial de ferro em lingote em 1997 totalizou 549 milhões. A América nesse ano produziu somente 50 milhões de toneladas, uns míseros 9,1 % da produção mundial, enquanto a produção no Reino Unido, nesse mesmo ano tinha caído para 13 milhões de toneladas, ou seja 2,4 % da produção mundial de ferro em lingote.

Nós possuíamos em conjunto quase 95 % do níquel no mundo (proveniente principalmente do Canadá); 80 % do alumínio mundial; 75 % do zinco. E em 1966? Somente 3,6 % do níquel; 40,2 % do alumínio e 12,4 % do zinco.

De acordo ao Estudo Geológico dos Estados Unidos em 1997, este país e o Reino Unido contavam 0 % da escavação mineira mundial de níquel—nenhuma produção de níquel—ainda que em 1996 a América tenha debilmente produzido 1.330 toneladas métricas de níquel, ou seja 0,1 % da produção mundial. Em 1997 os Estados Unidos apenas produziram 16,8 % de alumínio e o Reino Unido apenas 1,1 %. A produção de zinco nos Estados Unidos (principalmente no Alasca) caiu em 1997 para 8,5 % dos totais mundiais e o Reino Unido, já nem sequer estava na lista dos países produtores de zinco.

Em 1950 a Mancomunidade Britânica dominava completamente a produção de cromita (da África do Sul). A Inglaterra e os Estados Unidos produziam dois terços da borracha mundial e dominavam na exploração de cobre, chumbo, estanho, bauxita e outros metais preciosos. Mas já em 1966 produziram somente 2,33 % da cromita mundial, 23,4 % do cobre, 9,9 % do chumbo, 6,3 % da bauxita e nada de estanho.

Em 1997, a América e o Reino Unido já não produziram nenhuma cromita, enquanto a Africa do Sul, (que já não fazia parte da Mancomunidade Britânica) continuava a dominar a produção mundial com 46,2 % dos totais mundiais. A Grã-Bretanha e os Estados Unidos já não produziam nenhuma borracha e em 1997 o Estudo Geológico Americano disse que 95 % da borracha mundial era produzida na Ásia, 4 % na África e 1 % na América Central e do Sul. Nesse mesmo ano, a produção de cobre nos Estados Unidos já tinha caído para 17 % do abastecimento mundial. Ainda que a exploração mineira de chumbo tenha aumentado entre 1993 e 1997 a um recorde de 15,2 % da produção mundial, a de estanho e bauxita, permaneceram ambas em menos de 1 % dos totais mundiais.

Em 1950 a Mancomunidade Britânica produziu dois terços do ouro mundial—cerca de 266 milhões de libras esterlinas ou 642 milhões de dólares—enquanto os Estados Unidos tinham o triplo das reservas de ouro, quando comparado com o resto do mundo. Mas por volta do ano de 1966, as minas de ouro Norte Americanas já estavam tão esgotadas que o dólar se viu seriamente ameaçado.

Em 1997 os Estados Unidos extraíram 14,8 % da produção mundial de ouro. A Grã-Bretanha não produziu nenhum ouro e teve de comprar cada onça que usou proveniente de fontes estrangeiras. Em 1965, os requerimentos de reservas de ouro para as obrigações de depósitos da Reserva Federal dos Estados Unidos, foram removidos. Essa manipulação enganadora abriu o caminho para a morte do sistema monetário Bretton Woods, em 15 de Agosto de 1971, quando o então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon retirou o seu país do padrão do ouro e recusou trocar por ouro, os dólares em países estrangeiros. Depois da crise do petróleo entre 1974 e 1979, o ouro teve uma subida especulativa, atingindo brevemente em Janeiro de 1980, o máximo de $970 a onça. Nos finais dos anos 90, o ouro caíu para $253.50, o seu preço mais baixo em 20 anos, levando assim os bancos centrais de muitos países, a venderem as suas reservas de ouro. A Grã-Bretanha—descrita em Oséias 7:11 como “uma pomba ingénua sem entendimento,” ou sem bom senso—vendeu mais de metade das suas reservas em 1999 e juntamente com o resto do mundo, preparou tudo para o futuro colapso e perca de confiança no sistema do papel moeda da humanidade.

Ambos países produziam e utilizavam dois terços da energia elétrica no mundo—os Estados Unidos com 283.000 milhões de quilowatts-hora em 1948 e o Reino Unido e o Canadá muito adiante da Rússia, Alemanha e França juntas. Mas em 1966 a cifra tinha descido a 20,1 %.

Em 1997 a produção mundial de eletricidade foi de 26.061 trilhões de watts por hora [chamados terawatts por hora—TWh], com os Estados Unidos produzindo 3.159 TWh ou cerca de 12 % do total mundial. A produção do Reino Unido foi 355 TWh, um 1.4 % da produção mundial.

Quanto a frotas mercantes, mais de metade da tonelagem pertenceu à Grã-Bretanha e aos Estados Unidos. Mas em 1966 esta cifra era somente de 32,5 %.

De acordo com a revista CIA World Factbook de 1998, em 1997 a frota mundial de 27.052 navios mercantes, totalizavam 743.923.664 toneladas de peso morto (DWT), das quais a Grã-Bretanha possuía apenas uns insignificantes 142 navios com um total de 2.224.715 DWT ou 0,3 % da frota mercante mundial. Nesse mesmo ano, os Estados Unidos possuíam 286 navios mercantes totalizando 13.257.000 DWT ou 1,8 % da tonelagem da frota mercante mundial. Estes números revelam que nos 31 anos entre 1966 a 1997, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos, caíram desde um total de 32,5 % a somente uns meros 2,1 % do total da frota mercante mundial. Aproximadamente 97 % do total da fretagem movida em 1996 desde e para os Estados Unidos, foi transportada por navios estrangeiros. Tais estatísticas alarmantes, revelam um real e presente perigo para a economia dos Estados Unidos bem como para a segurança nacional!

As Ilhas Britânicas construíam mais barcos do que qualquer outro país do mundo. Mas antes de decorridas duas décadas, a Inglaterra e os Estados Unidos já tinham sido ultrapassadas por duas ou três nações Gentias.

De acordo com a revista Navios Mercantes Jane, o Reino Unido caíu em 1996 para 26º lugar entre os construtores de navios do mundo, representando somente 0,25 % das ordens totais. Perto de 68 % da construção de navios em todo o mundo, foi realizada pelo Japão e pela Coreia do Sul, sendo este último país o maior construtor de navios mundial. Os Estados Unidos perderam a sua proeminente posição no mercado mundial de construção de navios e como resultado disso, há mais de 40 anos que não fazem a entrega de nenhum grande navio comercial, a qualquer cliente estrangeiro!

Em 1950 nós possuíamos aproximadamente a metade da extensão ferroviária no mundo. Mas em 1966 possuíamos em conjunto somente 26 % da capacidade transportadora ferroviária.

O total da tonelagem ferroviária nos Estados Unidos em 1998, foi de 1.039 milhões de toneladas e no Reino Unido de 120 milhões. Em conjunto, carregaram somente 15,8 % do transporte ferroviário mundial, com uma perda de mais de 10 % desde 1966.

Como outro indicador do declínio do sistema ferroviário do Reino Unido, em 1998 o peso do transporte feito por comboio dentro de todo o país, foi somente de 15 % de todos os movimentos de transporte internos (os outros 85 % pertenceram ao transporte rodoviário), o qual resultou na venda do sistema de transporte ferroviário a investidores estrangeiros.

Houve um momento em que os Estados Unidos estavam fabricando 73 % de todos os automóveis, mas em 1966 juntamente com o Reino Unido, apenas fabricavam 55 %—sendo 44 % a produção dos Estados Unidos. O Japão, Alemanha, França e a Itália avançaram a passos gigantescos.

De acordo com os Sinais Vitais de 1999, pelo Instituto de Vigilância Mundial, a produção mundial de automóveis de passageiros em 1998, foi de aproximadamente 38 milhões de veículos. A Europa, foi líder produtora de automóveis em todo o mundo, com 33 % do total. A Ásia produziu 31 % e a América do Norte (com os Estados Unidos, Canadá e México) ficaram em terceiro com 30 % da produção global de automóveis.

Os “Três Grandes” da América, (Chrysler, Ford e General Motors) tiveram em 1998, somente 79 % da produção automóvel na América do Norte. Fabricantes estrangeiros com fábricas de montagem na América do Norte (Honda, Toyota, Nissan, Subaru—Isuzu, Mazda, Mitsubishi, BMW e Mercedes-Benz) produziram em 1998 cerca de 21 % do total. Quando a porção dos fabricantes estrangeiros é subtraída do total da América do Norte, revela ainda mais claramente o que sucedeu durante os 32 anos que decorreram entre 1966 a 1998—que as companhias Americanas fabricaram em 1998, somente 24 % da produção mundial de automóveis.

As percentagens foram revertidas! Enquanto a América a uma determinada altura produzia 73 % do total mundial de automóveis, em 1998 os fabricantes estrangeiros, numa alarmante mudança de direção, produziram 76 % do total mundial da produção automóvel.

Verdadeiramente, tal como diz em Deuteronômio 28:43, “O estrangeiro que está no meio de ti, se elevará muito sobre ti; e tu muito baixarás”!